Agora é pra valer!!! Começa de verdade o ano dos encontros motociclísticos e dessa vez a estrada nos levará a Muritiba/Ba, para o VII Aniversário do Águias do Recôncavo... na noite anterior já deixamos tudo pronto para botar a pretinha de duas rodas na estrada, tudo é motivo de alegria, tudo é motivo de flash!!
Saímos às 6h34, no sábado (09/01), para percorrer 145 km. Quando viajamos sempre procuramos algo curioso, cenas do cotidiano pra registrar... e pra nós tudo é estória, como o fato de cruzarmos duas BR's, a 324 e a 101.
Já próximo à Muritiba, pela 101, passando pela ponte da Barragem Pedra do Cavalo, o viajante tem duas opções: ou segue em frente e entra por cima da cidade ou entra a esquerda da ponte e vai por São Félix. A segunda opção é sempre mais agradável porque dá pra apreciar a magnitude da ponte, as águas escuras do Rio Paraguassu, a divisa das cidades de Cachoeira e São Félix dentre outros atrativos visuais que se pode perceber. Escolhemos a segunda opção pra já dar continuidade a nossa seção de fotos... mas, pra não perder o costume de algo inusitado acontecer... não é que quando Rogério para a moto, a roda dianteira desliza numas pedrinhas e... tombamos... ficamos os dois presos embaixo na moto, sem gravidade alguma, mas o peso da moto com a bagagem nos deu pouca mobilidade... a sorte é que subia um carro e o motorista parou pra nos ajudar... não deu pra registrar tudo isso... seria o cúmulo, mas foi esse lugarzinho aí!!! Mas foi só um sustinho... ficamos um pouco sem graça.. só isso! Quem será que colocou essas pedrinhas aí???
Passado o susto, recuperando a graça, chegamos a Muritiba e encontramos de cara com Paulo, que nos recepcionou vestido com a camisa Amigos Vírus da Liberdade e acompanhado do amigo Papa Estrada. O local do acampamento foi na área de uma creche de frente com a praça do evento.
Ahhh... só pra divertir, olha só o presentinho que Rogério deu a Paulo... um exemplar dos aracnídeos amarelo!!! É claro que de brinquedo... rsrsr
Barraca armada, as tralhas dentro dela, roupas trocadas, já estávamos prontos para desbravar novos encantos... Quem vai a Muritiba não tem como não ir a Cachoeira e São Felix, tanto pela proximidade entre as cidades, quanto pela beleza cultural que essas duas cidades representam.
Saímos pela entrada principal de Muritiba e descemos até a ponte da Barragem, de cima já dá pra ver a grandiosidade da ponte e toda Cachoeira e São Felix numa visão panorâmica.
Descemos pelo caminho que dá acesso às cidades e dessa vez queríamos encontrar cenários diferentes em lugares já conhecidos por nós, afinal não é a primeira vez que passamos por alí, Muritiba, Cachoeira e São Félix estavam presentes na Rota do Paraguassu I.
Bem, como já foi dito, descemos e resolvemos ir pra debaixo da ponte, literalmente! E mais uma vez próximos do Rio Paraguassu, que aqui suas águas não são tão escuras... encontramos lugares "escondidos", de uma beleza incomparável, uma mistura do que a natureza divina nos proporciona e o que o homem nos possibilita ter. Deu até pra fazer uma gracinha... (Eu sou aquele amante a moda antiga, do tipo que ainda manda flores...).
Dalí saímos e fomos nos encontrar com Paulo. E olha só? As motos dividem o estacionamento com os cavalos, jegues... muito legal!
Paulo nos prometera um passeio pela ponte do trem, que fica lá no alto... promessa feita, promessa cumprida. Lá fomos nós, sem moto, subirmos um ladeirão... Ave Maria!!! Mas, destemidos e determinados a seguir, saímos a andar... e que andada. Perguntamos: e porque não de moto? Paulo achava que o caminho era ruim e ele não queria arriscar... e, segundo, ele, seria mais empolgante ir andando... hum!!! Se o guia falou... Mas foi uma canseira e tanto! Estávamos os três sedentos e suados... loucos por água! Ainda bem que lá no alto tinha um barzinho com uma única garrafinha de água... dividimos amigavelmente entre os três... lá só tinha muito mesmo eram pontos azuis!!! kakaka... Ahhhh... e o caminho era todo de pedras, paralelepipedos...
Chegamos, enfim! E o esforço valeu a pena... a estrada de ferro sobre a ponte ainda funciona para trem de carga, mas como intrépidos desbravadores andamos pelos seus trilhos... de um ponto a outro... o visual que se tem daquela altura é maravilhoso!
Mas, nem tudo são flores... Carmen empacou, deu carurara, tremedeira nas pernas... kakak... Rogério já estava lá na outra ponta e Paulo, que estava mais próximo, se viu no dever de ajudar a amiga empacada!!!! Pode isso acontecer??? Oh céus!!!!
E como já se sabe, tudo é cultura... essa ponte tem nada mais , nada menos que 137 anos!! Isso mesmo, ela foi contruída em dezembro de 1872... tá lá na placa... vai lá conferir!!
Voltamos pelo trilho e seguimos ele agora pelo túnel, a impressão que se tem é de estarmos vivendo momentos do passado... um passado esquecido, mas que já teve momentos de glória!
Pra descer todo santo ajuda, não é assim??? E assim foi...
Mas nem a descida nos deu trégua... o calor tava-que-tava... aff! Paramos no Bar Pitanguinhas e água pra dentro... hitratação urgente!!! Enquanto bebíamos aparece essa cadelinha muito simpática e espevitada... apresento-lhes Chiara... que chique!!!
Com o fôlego recuperado resolvemos, enfim, ir ao evento, afinal foi pra isso que também estávamos por lá não é mesmo??? De pronto, fizemos a inscrição e recebemos o trófeu das mão de Bengo, o presidente do Águias do Recôncavo que, com microfone em punho, animava a todos que chegavam e que já estavam na praça. O evento em Muritiba é carinhosamente chamado de Vem Vem...isso por ser o primeiro evento oficial da AMO-BA... esse ano o Vem Vem 2010! (Vem nenem, vem nenem, vem...)
Cedo quando chegamos o local reservado para o acampamento era na área externa mas, devido a demanda, foi necessário abrir o interior da creche e disponibilizar salas para os campistas... e nós, que não somos bobos nem nada, fizemos a mudança de imediato... as salas eram limpas, arejadas e com ventiladores... além do mais muitos de nossos amigos já estavam lá dentro e pra nossa surpresa encontramos com Jean e Emanuele, da Tribo de Davi, de Petrolina. Não poderia ser melhor ... dividimos o quarto, ou melhor, a sala... rsrsr... e mais surpresa: uma das armações se quebrou... mas Rogério "quebra-galho", deu um jeitinho... rsrsr... e outra surpresa: Manu deu um presentinho a Carmen... ela adorou... que mimo!!!
Mudança concluída, Santana, do Suzukeiros, nos avisou que a feijoada já estava sendo servida... voltamos para a praça e degustamos uma deliciosa feijoada. Poucas vezes vimos e provamos em evento uma feijoada tão gostosa, com tudo na maior organização, sem agonia de fila e com fartura! Parabéns!!!
Dá pra ver que ali era um cachorro??? O pior que era o que o vendedor queria ilustrar: cachorro quente!!! À noite quando retornamos o cartaz não estava mais lá, não sabemos se o cachorro fugiu ou se o vendedor ficou envergonhado... rsrsrs
Nos preparávamos para dar mais um passeio, quando outros amigos se juntaram a nós... de ciceroneados antes com Paulo, passamos a ser cicerones... eles ainda não haviam estado em Cachoeira/São Félix, nós já conheíamos mais... então, seguimos todos juntos Vírus da Liberdade, Suzukeiros do Atakama, Tribo de Davi, e Cachorro Louco... eu, hem, que mistura!!! Descemos até São Felix e atravessamos a ponte Imperial Dom Pedro II para Cachoeira. Na travessia as motos disputam o espaço com carros e ônibus... Nossa Senhora!! E vejam só o visual da ponte...
E aí está a Ponte Imperial Dom Pedro II, e toda a sua imponência e valor cultural... ela foi inaugurada pelo próprio imperador em 1885... que beleza!!!
Hora de levar a turma para fazer o mesmo passeio feito com Paulo... mas dessa vez, sem pegadinha, subimos de moto!
Levamos os nossos amigos pelos mesmo caminhos... dessa vez, primeiro foi pelo túnel...
Depois, a parte mais difícil, que dessa vez pareceu mais fácil... rsrsr... para quem já tinha ido... teve gente que empacou desde o início e nem tentou atravessar... rsrsr... é, caruara dá em qualquer um...
Hora de voltar, ainda iríamos na casa de Bengo para comer Sarapatel... e mais uma vez a travessia da ponte foi encantadora, bem como, paticipar do cotidiano da cidade e trafegar entre bois e vacas... comum na cidade do interior...
Barriga cheia mais uma vez... de volta para a praça e lá era só festa, encontramos vários amigos... e todos foram convidados para um passeio pela cidade... e vocês não podem imaginar o que foi isso! Mudamos a rotina da cidade, o cotidiano pacato e calmo se transformou com o alvoroço dos roncos dos motores das motocicletas e das buzinas... todos queriam ver aquela turma do barulho... (Oh abre-alas que eu quero passar...)!
Terminado o passeio, retornamos a praça e ao acampamento, já começava a anoitecer e fomos comer pizza, pra não perder o hábito... rsrsr, e dessa vez foi de Margherita e Calabresa!!!
A convite de Ruiter e Elna, nos juntamos a um grupo de amigos para uma confraternização... depois de muita comida e jogando conversa fora nos despidimos e seguimos de volta pra a praça.
No palco, Ruiter, faz seu primeiro pronunciamento como Presidente da AMO-BA, reafirmando o compromiso de dar ao motociclismo baiano um caráter sério, forte e de união entre todos, além da apresentação de parte da Diretoria presente e do Conselho de Educação.
Lá embaixo, surpresa!!! Bolo e parabéns para Júlia... e um desfile de diferentes estilos!
Domingo de manhã, 10/01, já era hora de voltar pra casa... e uma grata informação, o amigo do Nostolere no Asfalto, de São Paulo, estava seguindo para Jeremoabo/Ba para distribuir brinquedos para as crianças... é, ação social e motociclismo, tudo a ver!!!!
No meio do caminho uma plantação de bambus nos chama a atenção... e olha só a maravilha que é o caminho sem fim que se desponta pra nós... dignos de fotos não????
Mais adiante, um lindo visual do alto, do mar de São Fransco do Conde... hum, isso dá uma estoria... quem sabe??
Já em Candeias, subimos um morro, do distrito de Milagres, pra lá de cima ver uma composição numa harmonia forçada: mar, morros, contruções e insdústria!
Daí seguimos direto para Salvador, para casa. E o que dizer do dia que passou? Que mesmo em lugares já conhecidos temos lugares a explorar, que é muito bom reencontrar amigos, que surpresas boas são sempre bem vindas e que é muito bom participar de um evento alegre, participativo, organizado, com respeito aos participantes... o primeiro dos muitos que virão!
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