Chegamos em Lagarto/SE ainda cedo, mesmo depois de tantas paradinhas... A recepção estava bem animada com o pessoal da organização oferecendo água gelada e colocando-se à disposição para nos levar até o camping.
Uma vez no camping, encontramos o pessoal do MC Araras, de Aracaju/Se, já instalados e mais outras barracas. Escolhemos o nosso cantinho e armamos nossa casa itinerante. Mário e Helena, do Aranhas do Asfalto, que nos acompanhou nessa viagem também se instalaram no camping e foram s nossos vizinhos de porta.
Do camping direto para a feijoada sergipana que já acontecia. |Fomos recebidos com muita simpatia por Valéria, da organização e por outro amigo, Rafael, do Pégasus. Em seguida fomos juntos colocar a bandeira no "varal"..., mal imaginávamos que seria a última vez que faríamos isso com a bandeira do Vírus da Liberdade.
Durante a feijoada nosso amigo Sóstenes, do Justiceiros, nos convidou para um churrasquinho em casa de outro amigo, o Allan. Por lá encontramos outros amigos como Tuninho - Santo Amaro/BA, Fábio e Márcio - Lagarto/SE e outros.
Na verdade já fomos tantas vezes em Lagarto/SE que perdemos as contas. Uma cidade pequena, com poucos atrativos, porém tem uma Barragem que, além de ser ponto de encontro com barzinhos e restaurantes, tem uma beleza natural que nos oferece um belo cenário para admirar e fotografar. Com o nível de água alto, o lago da barragem estava quase sangrando, mais um pouquinho de chuva e... shuaaaa...
O cenário da barragem teve um protagonista a mais, o por do sol, um presente da mãe natureza.
À noite, antes de irmos para o evento, nos reunimos para degustar um "macarrão ao vivo", uma delícia, vale a pena conferir e saborear!
No evento o movimento começava a aumentar e encontramos muitos amigos, ainda que a maior presença tenha sido da população.
A organização cuidou de tudo e tudo que programou aconteceu, mas, de fato algo não deu certo, o quantitativo motociclístico foi muito pequeno no 1º Lagarto Cycle. A Banda Calibre fez o show da galera presente, tocando mpb e rock, com uma excelente seleção de músicas e uma bela apresentação. Também teve o show do Motoqueiro Fantasma animando a todos e chamando a atenção para a sua performance na moto e no palco.
Domingo pela manhã arrumamos a bagagem, nos despedimos do camping e seguimos para o café da manhã.
Mais uma vez, a organização nos deu o que programou. O café da manhã bem regional, inclusive ao som de um toque de azabumba, com um pé de serra bem de leve. A parte chata ficou por conta do sumiço da nossa bandeira e de mais três moto clubes. Esperamos e ninguém da organização sabia o que de fato havia ocorrido. Mais tarde, já em casa, soubemos que um motociclista havia levado algumas bandeiras e que a organização se comprometera em nos dar outra bandeira... não é o caso... não é o que queremos. Queríamos aquela bandeira, não por ser pura e simplesmente a bandeira do nosso moto clube, mas pela forma como ela foi confeccionada, pintada a mão por Carmen, deixando nela todo o carinho pelo MC.
Sem querermos entrar no mérito de questões e contendas entre moto clubes e a associação motociclística do estado, a bem dizer parece ter havido uma represália... Aprendemos que toda relação tem que ter uma base forte, que essa base não pode ter alicerces frágeis e que se ocorrer alguma ruptura na relação ela precisa ser revista para não provocar sequelas... Não podemos deixar que eventos, encontros sejam prejudicados... Não podemos deixar que a irmandade seja enfraquecida... O sacrifício não é viajar e enfrentar alguns obstáculos, isso é o maior prazer! O sacrifício é deixar os brios de lado, dialogar, superar as diferenças e pensar na base da irmandade.