Atraídos pelo nome, não fomos traídos pelos sabores e degustamos uma deliciosa Moqueca de Camarão e Galinha Caipira, com um preço bem amigável pagamos R$ 30,00, por casal.
Rapidamente chegamos no camping, o ginásio do SESI, um dos melhores lugares escolhidos para receberem os motociclistas e muito bem organizado.
Paramos para fazer um lanche e nos chamou a atenção o nome dado aos sanduíches, os quais eram nomeados por remédios que nos fizeram confundir se estávamos numa lanchonete ou numa farmácia. Enfim, nós pedimos um Biotônico e um Benegrip... rsrsr.
Os encontros com os amigos foram infindáveis e é muito bom rever tanta gente querida as quais guardamos grande estima. Revemos amigos como o Cabo Lau, Leleco, Aberaldo, Maia, Ademir, Resende, Anaury, PH... afff, foram muitos mesmo e ainda tinha o carismático Papa Popó que "abençoou" os dois casais do Vírus, Zé e Rosane, Sandro e Danúbia. No grande palco as bandas se revezaram para animar a galera presente, os stands se abarrotavam de compradores e curiosos e a cada instante mais e mais motociclistas chegavam durante toda a noite.
Saída pela direita e fomos em direção a Piaçabuçu/AL, para quem não sabe é a última cidade banhada pelo Velho Chico. Uma pequena e pacata cidade que oferece como atrativos a Igreja de Nossa Senhora dos Homens, o marco da passagem imperial de Dom Pedro II e o passeio pelo Rio São Francisco até a sua foz.
Lá pela metade do passeio, mais uma vez se repetia uma cena que ocorreu a mais ou menos um ano, o batizado de membros do Vírus da Liberdade. Eles, Sandro e Danúbia, não sabiam, conseguimos enganá-los e os surpreendemos. Todos que estavam na balsa de alguma forma participaram, vibraram e se emocionaram com o batizado. "Que as águas do Velho Chico que aqui estão morrendo renasçam em seu batismo, assim como nasce um espírito motociclístico. Que vocês levem esse momento em todo o seu caminho até a sua nascente como um Vírus da Liberdade.".
Uns 15 minutos de passeio e chegamos em Brejo Grande, com mais uma proposital intenção além de voltar para o nosso destino. Logo que desembarcamos nos deparamos com o Cara Peba um restaurante à beira do São Francisco que dentre outros petiscos e refeições prepara um delicioso pastel, seja de siri, caranguejo, camarão, qualquer um é um bom e gostoso pedido. Difícil é ficar em apenas um e não se banhar naquelas águas, imperdíveis!
Após uns 36 km estávamos de volta a Neópolis e , literalmente, invadimos a balsa porque a feijoada 0800 nos esperava e todo minuto de espera era uma reclamação do estômago... rsrsrs. Imaginamos como os motoristas ficaram com raiva de nós e de mais um bando de outros motociclistas que chegavam para o evento... Desculpem-nos!!!
A essa altura, feijoada servida, fila extensa, calor no juízo, a vibração de todos era intensa. Os pratos eram usados como leques até que fossem ocupados por feijão, carne, arroz e farinha. Muita gente, espaço pouco, o jeito era se ajeitar como podíamos. Nos ajeitamos pelo cantinho, comemos a feijoada e dançamos ao som de um gostoso forró pé de serra.
Naturalmente, quando retornamos para o camping a população havia aumentado, bem como o calor. Por sorte o SESI liberou o uso da piscina e fizemos a festa, aí a vibração foi refrescante.
A invasão na A Favorita se estendeu até o café da manhã do domingo quando pegamos caminho de volta para casa.
O ponto de encontro foi no embarque da balsa, às 7h30, mas um pequeno atraso retardou o embarque de Zé e Rosane que ficaram para pegar a balsa do horário seguinte... Atravessamos e ficamos na espera já em Neópolis, afinal comboio que sai junto chega junto.
Nosso comboio que na vinda era de 7 motos aumentou para 10 motos, Flávio Coelho, Roque e Silvana resolveram voltar com a gente. Um comboio assim não é que fica bonito e emocionante???!!! Mas problemático também... Sincronizar 10 motos abastecendo, mulheres e homens ao banheiro, lanches, não foi fácil... O inevitável aconteceu, as horas voaram... Mas, felizmente, o que pareceria ser um problema foi conduzido por todos com bastante harmonia e bem lembrado no almoço de confraternização e agradecimento na Linha Verde. A viagem foi sem dúvida muito demorada e cansativa, mas a vibração de estarmos juntos prevaleceu! O motociclismo é assim, agregador. O estradeiro não é excludente. "Na vida somos Peregrinos e Forasteiros. Somos estradeiros em busca do ideal da irmandade, como Aranhas do Asfalto tecemos amizades por onde vamos. Na vida agimos as vezes como um rápido Coelho, outras como Ninjas e muitas vezes como Leões Estradeiros. Seja como for, o que queremos é espalhar a harmonia como um Vírus da Liberdade!"
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