Apesar de Amargosa não ser muito distante de Salvador/BA, uns 238 km, resolvemos diminuir a distância e o tempo de viagem atravessando a Baía de Todos os Santos e pernoitamos em Camassandi/BA. Chegamos bem de noitinha, a chuva ficou mesmo naquele chove não molha e o que nos esperava era uma gostosa moqueca de guaricema, fechamos bem a noite, né mesmo? Uma gostosa surpresa... rsrsr.
Durante toda a noite choveu em Camassandi e o dia amanheceu ainda com um pouco de chuva... Seguimos para Valença/BA a convite de Alex e Dea - Companheiros do Asfalto, que iria oferecer um café da manhã para os viajantes que seguiriam para Amargosa/BA juntos. Fomos os primeiros a chegar na casa dos nossos amigos e a mesa arrumada já nos convidava à refeição matinal.
Seguindo a nós, chegou Dani, Barão e Baronesa, Ari e Arlete - todos Companheiros do Asfalto e também três motociclistas de Caruaru/PE.
Enfim, seguimos todos para Amargosa/BA, apenas mais 120 km. No meio do percurso uma das motos deu pane seca, porque não tinha gasolina no posto mais próximo... essa é uma surpresa chata, rsrsr.Problema resolvido, seguimos pelo Vale do Jiquiriçá aproveitando as belas paisagens da região, o ótimo asfalto e as gostosas curvas.
A praça do evento ainda estava ornamentada com a decoração colorida das bandeirolas dos festejos juninos, aliás, Amargosa é conhecida na região por oferecer uma das melhores festas juninas, época em que a cidade fica lotada.
Território marcado, tudo arrumado, hora de comer, porque saco vazio não fica em pé. Por sugestão de Dea, fomos todos à feira e almoçamos no Rei da Carne do Sol. Carne de boa qualidade, da forma que o freguês quiser, seja do self service, rodízio, comercial, prato feito, porção, como se queira, o importante é comer.
Bom, sem ter pra onde ir, a chuva fina insistia em molhar, fomos para a área do evento. O 1º Bate e Fica estava surpreendendo com a quantidade de motociclistas que chegavam para participar da festa. Os amigos chegavam, as motos chegavam e desfilavam pelo belo portal e túnel onde desapareciam e de forma ensurdecedora colocavam seus motores para roncarem ruidosamente. Um momento bonito de se ouvir, bem diferente da insistente e irritante zoeira, pena que esses mesmos motociclistas se entusiasmaram e durante toda a noite zoaram sem parar...
Na programação do evento não havia nenhum 0800, apesar de fazer falta, não impediu da integração e interação acontecer. Estávamos todos juntos e próximos daqueles que são amigos, que compartilham, que riem juntos, que comemoram juntos a amizade e foram muitos os amigos que encontramos.
A um chamado do organizador, nos dirigimos para fazer o passeio pela cidade. Foi mesmo um belo passeio em que as ruidosas motos foram insistentemente admiradas por todo o caminho até a chegada no portal.
Chegamos ao evento junto com a noite, tempo suficiente para tomar banho, trocar de roupa e voltar para o evento. A festa já começa também no camping quando revemos amigos de outros estados como Márcio e Tati - Lagartos no Asfalto, de Sergipe, Bartô e Dal - Rota 104, de Alagoas e gau - Irritant's, de São Paulo e mais outros amigos como Volf, Thuco, Marilson, Sandra, Gilsinho, Cibely, Santana, dentre outros.
Enquanto nos refazíamos da comilança, Marilson nos surpreendeu e discursou sobre àquela reunião inusitada em um dia que se comemorava o Dia do Amigo, da força da irmandade realizada a partir de um mesmo ideal do motociclismo, da alegria de poder estar juntos em uma data especial, que esse sentimento fosse espalhado para outros amigos e permanecesse sempre nos nossos corações. Com um brinde e abraço coletivo reforçamos a nossa amizade!
Foram muitas as emoções, lágrimas até rolaram em alguns rostos mais sensíveis, ai, ai... Emoções a parte, voltamos para o evento e a praça estava abarrotada.
Algumas bandas já davam seus primeiros acordes e uma boate tocava um som animado pela performance de um "motoqueiro fantasma". A gente, é claro, aproveitou a farra!
Deixamos a praça com as bandas já animando o pessoal. No camping, ouvíamos tão claramente as música que parecia que ainda estávamos lá. Foi de longe também que ouvimos a descompensada rivalidade entre o som das bandas e os incômodos e desrespeitosos motociclistas que insistiam em manter a zoeira. Mais tarde soubemos que essa falta de respeito foi levada ao extremo e houve desentendimentos.
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