Seja perto ou seja longe a gente gosta é de pegar a estrada. Seja de asfalto, de terra, seja uma reta ou sinuosa a gente gosta de pegar a estrada e fazer o que se gosta é primordial para ser feliz! Colocar o Vírus da Liberdade na estrada é o nosso jeito de fazer o que gostamos. A estrada sempre nos dá boas surpresas para onde vamos... ("Eu vou fazer o que eu gosto. Atrás da curva do perigo existe. Alguma coisa bem mais nova e menos triste..." A Verdade Sobre a Nostalgia - Raul Seixas).
E assim, fomos pra Valente/BA que fica bem pertinho, mais ou menos 238 km de Salvador/BA e colocamos parte do Vírus na estrada. Seguimos com Sandro e Danúbia num dia de muita chuva deixando Açucena e a novata Branquela, a VStron de Sandro completamente molhadas e sujas. Saímos depois das 14 horas e com a chuva nos atrasando a viagem chegamos já a noitinha em Valente.
Não demorou muito pra que nos recolhêssemos para os nossos aposentos provisórios, pois o frio e a chuva fina não nos animava em ficar a céu aberto. A noite foi muito fria e na barraca o que nos resta é ficar mais agarradinho, embrulhar-se nos lençóis ou sacos de dormir e diminuir ao máximo a ida ao banheiro. Quando acordamos uma densa neblina nos espreitava, deixando-nos em dúvida do que faríamos durante todo aquele sábado. Numa rápida estiada fomos para a padaria tomar café e depois passear pela feira, espreitando as curiosidades e enchendo os olhos com o colorido das frutas e verduras.
A cidade de Valente/BA não tem pontos turísticos, mas a grande pedra no centro da praça é o ponto para as fotografias. Ao seu redor são dispostos arcos que lembram os arcos da Lapa, no Rio de Janeiro.
Mesmo com a estiada o dia não parecia promissor sem a chegada de motociclistas. Ficamos "dando um tempo" na área do evento, alguns amigos chegaram também meio sem saber o que fazer e a gente tentado se animar. Não existe encontro motociclístico sem motociclista, não há melhor recompensa para o organizador de um evento do que a presença dos seus protagonistas..., mas ainda era cedo.
A dificuldade da subida logo é esquecida ao chegar no alto e sentir um frescor do vento e da beleza que se descortina à nossa frente. Há quem quisesse apenas ficar contemplando o horizonte e sentindo a brisa, outros ficavam saltitando entre as pedras ou se esgueirando entre fendas para "pegar" um visual mais bonito.
Tudo que sobre, desce e a gente, é claro, tinha que descer... rsrsrs. Metade do grupo desceu pelo mesmo lugar, já conhecido, a outra metade desceu junto com a gente pelo outro lado. A ideia era continuar explorando, achando a beleza daquele lugar nos mínimos detalhes. A descida, tal qual a subida, tinha um pouco de dificuldade, mas nada que "achadeiros" de plantão não tivessem condição de superá-la.
Descemos e nos juntamos a outra metade do grupo. Na saída fomos conhecer a igreja de pedra da cidade. Assim terminou nosso mototurismo e retornamos à Valente para um breve descanso.
A noite de sábado foi bem diferente, sem chuva, com muitos motociclistas e muita zoeira. O esforço dos organizadores se concretizou com uma bonita festa. Os organizadores, enfim, puderam ver seus esforços recompensados. A pequena praça ficou lotada de motos, motociclistas e populares. Outra apetitosa atração da praça, além do cachorro-quente, é o carro do beiju, o Ninho do Beiju. Pensem num beiju de lamber e rebolar os beiços várias vezes? Com grande variedade, bom tamanho e preço o carro de Ninho vive cheio de clientes. Muito rápido no seu serviço, Ninho, curiosamente, entre uma farinha e outra que joga na chapa "varre" os farelos com folhas de pindoba, uma espécie de coqueiro da região. Segundo ele, as folhas de pindoba são ótimas para isso.
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