Nos encontramos no posto após o pedágio da Linha Verde. Aliás, a Linha Verde além de ser uma deliciosa rodovia, com belas paisagens, empolga e tendemos a apertar o acelerador. É preciso ter muito cuidado por causa das curvas e das depressões, afinal "a velocidade que empolga é a mesma que mata".
Prometemo voltar lá! Bem, seguimos o nosso destino e passamos pela primeira vez pela recém inaugura Gilberto Amado, sobre o Rio Piauí, que liga localidade de Terra Caída - Indiaroba/SE a Estância/SE. Também passamos pela Joel Silveira, essa sobre o Rio Vaza Barris, para chegarmos em Aracaju. Essas duas maravilhosas obras da engenharia facilitou em muito a viagem.
Nos hospedamos num camping em Atalaia, bem próximo à praia. Muito bem estruturado, limpo e cheio de árvores e conqueiros que permitem sombras e, quem sabe, ainda consigamos pegar uns cocos, mas isso seria para a manhã seguinte. O momento era de armar barraca, trocar de roupa e procurar um local para o almoço. Antes da saída a Super Ténéré, de nosso amigo João, deu piti e precisou de um empurrãozinho. Sabemos bem o que é isso, nada que dois pares de mãos, boas pernas e muita reza não resolvam.
Quando voltamos o sol já estava se pondo e foi bonito vê-lo descer por entre os esteios da ponte. Paramos para fotografar no parque eólico e terminamos por enfrentar a hora do rush na capital sergipana. Um engarrafamento leve bem diferente do nosso de cada dia. De resto foi tomar banho, rocar de roupa e ir até a orla de Aracaju. Descobrimos o Rei da Sopa com uma variedade enorme de sabores, caldos e caranguejo.
Sábado pela manhã, Robson empreendeu um enorme esforço para abrir um coco que depois de muito tentar deu certo e dividimos um delicioso "coco da paz"... rsrsrsr. Saímos com a intenção de ir a Praia de Abais, em Estância - uns 56 km, mas antes tomamos um bom café na Trigos, vale a pena passar lá.
Apesar de paradísiaca, o seu arredor está um pouco abandonada pela prefeitura, mas mesmo assim é possível desfrutar da praia e dos quitutes que são oferecidos.
Provamos a moqueca de aratu (uma espécie de caranguejo), que mais parece apenas um catado, enrolada na folha de bananeira. Quem provou, gostou! Almoçamos no restaurante de frente à praia, o Oásis, que nos preparou uma moqueca de peixe, com pirão e arroz e um peixe frito, com vinagrete, feijão e arroz. Tudo muito gostoso e com um preço bem em conta.
A grande expectativa deu lugar a um decepcionante surpresa: a lagoa estava seca..., nem água para um banho doce e nem peixes para alimentar..., nos fez lembrar os açudes secos do sertão. Segundo um dos funcionários do local, onde funciona um camping e restaurante, não chove desde o ano passado e o que vimos é uma grande área de areia e mato e uns poucos pontos de água. Os peixes que agonizavam com a falta de água foram levados para um tanque. Entristecidos, ficamos só a imaginar todo aquele espaço invadido por água, o quão bonito não deve ser.
A noite terminou, o sono chegou o dia amanheceu e já estávamos nós desarmando a nossa moradia temporária. Foi um gostoso final de semana à moda sergipana e compartilhado com companheiros, parceiros de estradas. Não faltou nada, talvez uma estrada de barro, mas a gente desconta na próxima viagem. Valeu, João, Maria e Robson!!!
E por falar em próxima viagem, quando chegamos em casa Rogério já começou a se preparar, ou melhor, preparar Açucena para a nossa viagem a Prado/BA. É muito legal ver ele mesmo manutenindo aquela que nos leva para achar caminhos e proporcionar grandes e belas aventuras.
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