Se o nome é comprido e difícil de falar, a viagem a Prado não é diferente são 794 km saindo de Salvador/BA. Pra encurtar o caminho atravessamos, nós e Paulinho - Tribo Atroari, a ensolarada Baia de Todos os Santos pra Ilha de Itaparica, reduzimos uns 120 km e ganhamos um lindo visual. Ainda bem que pegamos o Ana Nery, um pouco mais rápido e mais confortável.
Camassandi é uma pequena vila de Jaguaripe, antiga vila colonizada pelos jesuítas, sede de olarias, de extração da piaçava e do dendê, muito movimentada na época dos saveiros que atracavam no porto cheios de mercadorias e viajantes... Velhos tempos!! ("Eu me lembro com saudade o tempo que passou. O tempo passa tão depressa, mas em mim deixou... Jovens tardes de domingo, tantas alegrias.Velhos tempos, belos dias...").
Chegamos em Prado e fomos direto nos instalar no camping destinado aos motociclistas, no ginásio, há cinco anos trocamos nossa casa por essa moradia temporária...
O evento de Prado se diferencia dos outros do calendário baiano pela grande diversidade de motociclistas do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, Minas, Espírito Santo, Alagoas e muitos outros... Um dos maiores encontros de moto da Bahia em que a possibilidade de encontrar baianos é quase zero, mas em compensação ampliam-se as oportunidades de conhecer motociclistas de estados vizinhos, é um grande show de integração, diversificação de atividades no evento, muitos stands, muita banda, muito Rock.
O amanhecer no camping é sempre movimentado principalmente e tem um diferencial de oferecerem café da manhã, todos os dias, aí o burburinho é certo, faltou um pouco de organização e educação, mas deu pra todos. O camping no ginásio em Prado tem melhorado bastante nos últimos anos, principalmente nos quesitos de organização, limpeza, água e segurança..., se todos ajudam, colaboram, do motociclista aos organizadores, tudo fica bem, a gente agradece, divulga e volta no ano seguinte. A velha máxima de que respeito é bom e todo mundo gosta se aplica muito bem!
Sempre em nossas conversas há o comentário de como o motociclismo chama a atenção, aproxima os desconhecidos, amplia as oportunidades de experiências e troca de vivências. É isso aí, o motociclismo é agregador, não é excludente. Tivemos um exemplo desses: enquanto esperávamos por Zé e Rosane, chegou um camarada dizendo ter uma moto igual a Açucena, uma Ténéré 660 e começamos a conversar trocar ideias e dicas.
Pra encurtar a história convidamos o cara, Crassus, para nos acompanhar no passeio a Cumuruxatiba. Como mágica, estávamos todos juntos passeando por 34 km de pura terra e areia, numa gostosa integração como se fôssemos velhos conhecidos.
A recepção do evento em Prado já é um evento dentro do Moto Rock 2013, isso porque o visitante é recebido num amplo espaço, com acarajé, caldo de cana, água gelada, muita gente, música e inscrição.
O espaço cheio de cadeiras e bancos rústicos, mural de adesivos, informativos, chama a atenção de todos. Isso é que é boas vindas!!!
Domingo é hora de pensar em encarar o caminho de volta, dormimos cedo e cedo acordamos. Paulinho seguiu viagem para Macaé; Zé e Rosane entraram em Porto Seguro e Minho e Su foram com a gente mais adiante e entraram para Vitória da Conquista. Devagar e sempre chegamos por voltas das 13 horas em Valença/BA onde paramos para almoçar. Muitas coisas deixamos para fazer no ano que vem para ter a "desculpa" para voltar a Prado, mas certamente tudo vai ser diferente, tão certo como a sombra que nos acompanha...
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