Depois de todo desfrute ao qual nós nos permitimos... seguimos para dar início a viagem ao lindo Porto Seguro (PS). Saímos em 1-4-10 (quinta-feira) para Jiribatuba onde dormimos e saímos no dia seguinte para PS. Pegamos o Ferry já a noitinha, a fila de carros estava quilométrica... rsrsr... ainda bem que moto não pega fila.
De praxe, quando chegamos em Jiribatuba à noite, apenas como ponto de apoio para viajar no outro dia, logo vamos fazer um lanchinho e depois voltamos pra casa para preparar o corpo para a longa viagem do dia seguinte. Aproveitamos para completar o painel do Moto Camping Jiribatuba... faltava o adesivo comemorativo... vamos combinar, não ficou lindão?
Cinco da manhã (sexta-feira, 2-4-10) já estávamos prontos para seguir viagem... afinal percorreríamos 650 km até PS. Precisávamos adiantar o nosso lado para aproveitarmos o que a bela PS nos proporcionaria.
Passando por Valença/Ba paramos para tomar um café na Maria do Mingau, um lugar aconchegante que serve um café caprichado ao gosto do freguês... é só escolher!
A estrada e a paisagem em si não nos trazia surpresas afinal há 20 dias passávamos por ali quando fomos e voltamos de Prado/Ba, ainda assim em uma de nossas paradinhas estratégicas vimos a placa de "curva perigosa"... Rogério logo teve uma das suas idéias... rsrsr ("Nas curvas da estrada. Solidão, que nada. Viver é bom. Partida e chegada...")
Chegamos perto das 12h30. Primeiro nos acomodamos na casa do irmão da Carmen, trocamos de roupa e seguimos para conhecermos o tão comentado encontro de Porto Seguro. Passamos pela recepção do VII Moto Navegadores. Uma recepção com tudo que temos direito: boas vindas, água gelada, suco, entrega da programação e indicação do local do evento na Passarela do Álcool. Chegando no evento logo fizemos a inscrição e já recebemos o troféu. O pessoal do Navegadores nos receberam e a eles entregamos nossa bandeira. O evento já tava de vento em popa, desde o dia anterior já havia programação... tudo armado para os dias seguintes. Até então, um encontro como tantos outros que já fomos.
Algo acontecia na nossa área abdominal... lembramos que nossa primeira e última refeição foi aquele cafezinho lá na Maria do Mingau, às 6 da manhã. Não era pra menos o estômago reclamar... rsrsr Fomos até um restaurante próximo e saboreamos uma deliciosa carne do sol com bolinhas de aipim... aprovado!
Estômago forrado, demos início ao nosso turismo e dessa vez foi um de dar
água na boca e que ansiávamos muito. Afinal estávamos na Costa do Descobrimento, que é formada pelas cidades de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Belmonte. Iríamos a todas. Muito há o que se ver em todas elas... vamos ver o que dava pra ver... Começamos pela própria Porto Seguro: Centro Histórico, Arraial D'Ajuda, Trancoso, Caraívas, Itaporanga e belas outras praias... A orla de PS é belíssima, as barracas de praia são verdadeiros clubes praianos. As praias, Trancoso e Caraívas ficaram para uma próxima vez... Seguimos para o Centro Histórico.
Lá vimos um pouco de nossa história: a cruz da primeira missa, o marco do descobrimento, a primeira igreja, a evolução da bandeira do Brasil... tudo muito antigo e de conhecimento em potencial...
De lá temos uma excelente vista de onde os protugueses avistaram pela primeira vez e descobriram o nosso Brasil... essa é a visão poética do Descobrimento conhecida por todos nós.
Lá na cidade alta a gente consegue se transportar na história e ver de perto o farol, a Igreja de São Francisco e a vila com o casario da época...
Há muitas lojinhas que vendem as típicas lembranças da cidade... e pra variar nos deparamos com situações caninas que sempre nos chamam a atenção... os apelidamos de dorminhoco e coceirinha... rsrsr... umas gracinhas... e ainda encontramos um ronk-ronk enorme e lindo... ahhhhh que vontade de levar pra casa...
Depois de percorrer todo o centro histórico fomos em direção ao porto para atravessarmos de balsa até o Arraia D'Ajuda. O Arraial é destino certo pra quem vai a PS. O charme do lugar já começa pela travessia de balsa pelo Rio Buranhém (árvore de casca dura, em Tupi). A travessia de moto com duas pessoas custou R$ 9,30 e a volta R$ 6,00.
O Arraial se desenvolveu em torno da igreja que dá nome ao local por força da romaria à Fonte de N Sra D'Ajuda, que diziam ser milagrosa. Os hippies e os artistas foram os grande propulsores do Arraial e até hoje provoca uma grande diversidade cultural, gastronômica e de arte. O Arraial é o que se poderia chamar de eclético... tem gosto pra tudo!
Na volta fomos direto ao encontro e lá tivemos a grata surpresa de rever Ruiter e Elna. Passeamos um pouco pelo evento e apreciamos o show dos artistas do Willing.
Voltamos á casa do irmão de Carmen a quem ela carinhosamente chama de Tio Dindo... rsrsr... coisas de irmãos, e lá estava Bob Bull um simpático Pit Bull... não é uma gracinha???
Tio Dindo e Rosane, sua esposa, nos convidaram para saborear uma pizza num restaurante pra lá de charmoso, o Solar de Taperapuã... um lugar que mistura o moderno com o antigo numa combinação alegre e curiosa em cada canto...
Sábado (3-4-10) dia de fazer turismo para o outro lado: Santa Cruz Cabrália e Belmonte. Ainda na casa de Tio Dindo, tomamos um delicioso café em família regado a boas risadas e gentilezas. Um momento que proporciona muito a aproximações... ("Quem quer pão, quem quer pão, quem quer pão... Que tá quentinho, tá quentinho, tá quentinho... Tão gostozinho, gostozinho, gostozinho... Quero mais um, mais um...")
Depois de nos refestelarmos saímos em direção, primeiro, a Santa Cruz de Cabrália, que, segundo os historiadores, foi o local onde desembarcaram a frota vinda de Portugal. Um lugar que respira história a começar pelo seu portal que encena, com esculturas enormes, a primeira missa e o contato com os primeiros habitantes.
Cabrália que já foi totalmente habitada por índios em tempos bem remotos, hoje abriga uma reserva dos Indios Pataxó. O comércio é bem explorado tanto por moradores como pelos próprios índios. E não é que Rogério descobriu um lugar que vendia o seu objeto de estimação... rsrsrs... o pata-pata... comprou mais dois... hummmm... isso é caso pra estudo... kakak
Em Cabrália tem muito o que se ver: igreja, centro histórico... mas deixamos para outra oportunidade e seguuimos para o porto. A travessia de balsa do Rio João de Tiba, ladeado por manguezais, é feita para se chegar a Santo André e Santo Antônio e também a cidade de Belmonte. Essa travessia custou R$ 4,00 tanto a ida quanto a volta.
Desembarcamos. A primeira localidade é Santo André (ficou pra outro dia) e fomos direto para Santo Antonio porque ficamos curiosos com a propaganda que informava que lá encontraríamos a maior estátua de Santo Antonio já erguida. Santo Antonio é uma vila formada por pescadores e índios e banhado pelo Rio Santo Antonio. De longe já dava pra ver a tão propagada estátua que foi contruida em 2005 e atrai bastantes devotos do santo casamenteiro. A estátua fica ao lado de uma fonte dos desejos... ao subir fomos interceptados por uma moradora, pareceu-nos uma índia, que cobra R$ 4, oo por pessoa para visitar o local. Nos sentimos explorados não em pagar para ver uma atração, mas pela forma como fomos abordados, nos deixando até constrangidos como se tivessemos invadindo o local... coisas do Brasil!
Já ultrapassando a divisa entre os municípios de Cabrália e Belmonte, sseguimos até Mogiquiçaba deixando Guaiú pra outra oportunidade. Mogiquiçaba quer dizer em Tupi pouso do rio das cobras... não entendemos o porquê... Rogeriofafa atacou e quis experimentar o sabor de umas frutinhas que ele viu de longe... rsrsr... dessa vez ele sentiu um amargor... a frutinha tinha um visgo que deixou sua boca colando... ai, ai, ai, ai, ai..sei não! rsrsrs
Mogiquiçaba é uma vila de pescadores aparentemente calma e silenciosa... sua praia reserva lugares tranquilos, com água calma e uma leve brisa... tão tranquila que até uma freira deu o ar de sua graça por lá... claro que pode! A natureza é uma dádiva de Deus e deve ser apreciada e sentida por todos... Mais uma vez Rogério presenteou a Carmen com uma singela flor... ahhhh!
Quando dissemos ao irmão da Carmen que iríamos para essas bandas ele nos deu uma relação de três lugares que não poderíamos deixar de ir para saborear deliciosas iguarias... um turismo gastronômico... uma delas comer o pastel do Bar Lamarão. Esse nome não nos trás boas lembranças... lá de Águas Belas... mas, enfim, esse foi outro lugar... e bem diferente desde a receptividade da Dona Marlene aos gostosos pastéis. Provamos um de queijo, aratu e carangueijo... não sabemos dizer qual o mais gostoso... Rogério chegou a se lambuzar... esse menino!
Chegamos em Belmonte... cortada pelo Rio Jequitinhonha e por ostentosos manguezais. De longe vimos um farol e fomos ver de perto. O Farol foi erguido em 1901 pela mesma construtora da Torre Eiffel, chique não? Devido ao récuo do mar o farol que antes era localizado na praia agora está no centro da cidade. Vimos um lindo e antigo chafariz que foi um presente para uma noiva que veio diretamente da Escócia... nossa quanta chiqueza ganhar um presente desse! Um orgulho pra cidade! Visitamos também o antigo Hotel São Jorge – que possui o brasão da Coroa Portuguesa. Outra curiosidade é o portal do Guaiamum, crustáceo abundante na cidade.
Na orla da Avenida Beira Rio temos uma bela vista do manguezal. Outro ponto gastronômico indicado foi o Restaurante Taberna. Um lugar que mistura o rústico e a simplicidade num ambiente cheio de charme com uma exposição de fotos antigas em que pudemos ver como eram o farol e o hotel. Lá saboreamos um delicioso camarão ao creme... que delícia!
Ainda tínhamos mais um e último ponto gastronômico para conhecer antes de voltarmos a PS. Os doces de Tia Pombinha, que já apareceu nos programas de Ana Maria Braga e de Olga Bongiovani. São doces artesanais feitos pela própria Tia Pombinha. A indicação eram as balas de coco, que fez Rogério lembrar-se da sua infância no Rio de Janeiro. ("doce, doce, doce, a vida é um doce e vida é mel...")
Pense em uma pessoa simpática e de uma generosidade emocionantes, que nos sensibilizaram tanto que não houve como não comprar mais do que queríamos... inclusive ela mostrou a Carmen como se faz um batom de chocolate, artesanal, sem gordura hidrogenada... e, por fim, presenteou a Carmen com alguns... e o regime tá indo por água abaixo... rsrsrs
Já era quatro da tarde quando retornávamos para PS. No meio do caminho paramos para petiscar uns doces, apreciar o manguezal e presenciar cenas do cotidiano...
Pegamos de volta a balsa Tufão... o marinheiro nos chamou a atenção porque o tempo todo estava com um cigarro na boca... afff... nos lembrou o Marinheiro Popeye!
Chegando em Porto fomos até o evento e encontramos com o irmão de Ivo, o Peti, do Estradeiros Descobridores, de Porto Seguro/Ba. Aproveitamos para retirar a bandeira que além de estar no alto estava numa posição de destaque ao lado da bandeira do moto clube promotor do eventos, os Navegadores. Dá-lhe Vírus da Liberdade!
Domingo (4-4-10) cedo saímos de volta... como já conhecíamos a estrada e a vontade de chegar em casa era grande percorremos os mais ou menos 600 km de volta sem paradinhas estratégicas a não ser para abastecer a moto. Paramos en fim em Valença para almoçar num lugarzinho que já está ficando carimbado pra gente... saboreamos um gostoso espeto misto com uma coca-cola geladinha.
Seguimos para o Ferry e lá tivemos uma grata surpresa Carmen encontrou-se com sua amiga-irmã Cássia, Zé, Mateus, Aninha e Claudinho... seus grandes amigos... ela, enfim, pode apresentar Rogério a eles.
Bem, chegamos. Foram ao total 1374 km. Se pudessemos dar um nome a essa viagem daríamos o de Ver para Conferir... porquê? Primeiro, fomos conferir o encontro de Porto Seguro, e até onde vimos, é semelhante a muitos dos que já participamos. Segundo, fomos conferir as belas paisagens de Porto Seguro e toda a sua fama, apesar de alguns lugares estarem descuidados, Porto Seguro é um lugar que se deve visitar. Fomos conferir as sugestões gastronômicas de Tio Dindo e Rosane, todas aprovadas com louvor e uns quilos a mais. Portanto, viagem conferida e aprovada! Até mais, até logo...
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