segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CÍCERO DANTAS/BA - 25 a 27/11/11

As viagens da gente as vezes podem parecer tão normais, tão iguais..., mas só parecem porque cada uma delas tem uma peculiaridade que a faz ser bem diferente uma da outra, até porque a emoção que envolve cada uma, o planejamento e as surpresas que nos reservam fazem a diferença! Apesar do encontro para a saída ter sido no mesmo lugar de sempre, foi diferente. Motos e motociclistas de outros moto clubes também aguardavam seus companheiros assim como nós que aguardávamos Ferreira e Alda para seguirmos juntos para Cícero Dantas/BA.


O sol quente do início da tarde deixou a gente numa canseira danada, a impressão era que os 300km que nos separavam tinham se duplicado. Quando chegamos no Ginásio Luis Eduardo Magalhães alguns amigos já tinham armado as barracas e um deles, Tuninho, de Santo Amaro/BA foi mais bem abraçado pois era o seu aniversário. Seguimos com o ritual de armar a barraca, encher colchão e arrumar as tralhas... E aí aconteceu o inusitado, a mansão azul que chama a atenção pelo tamanho deixou as crianças de boca abertas, aí foi uma festa!!

Tudo arrumado saímos para resolver um problema em dona Pretusca: o bagageiro estava trincando. Procuramos, por orientação de Morcegão, a oficina de Jaciro, do Piratas do Asfalto que achou por bem serrar a peça e colocar um ferro maciço para segurar mais o tranco.


Uma outra diferença mas que agrada a quem vai a Cícero Dantas participar do encontro promovido pelo Morcegão é a dupla recepção, uma feita pelo pessoal do Teco Teco que já dá início a animação e a outra pela trupe de morceguetes do Morcegão na praça do evento. Quem ganha com isso é o motociclismo que pode desfrutar duplamente e fortalecer o espirito de irmandade.

O espaço do VI Cícero Dantas Moto Fest fez a diferença dos encontros passados. O espaço se transformou numa praça, ganhou calçamento, quadra e se tornou uma grande estrutura para realização de festas e a festa da hora era a do Morcegão, morceguetes, morcegueiros, morceguistas e todos os que quisessem deixar a alegria correr solta.


Se durante o dia o clima é quente à noite a temperatura é bem diferente, um friozinho chega abraçando a gente juntamente com o vento que teima em não deixar nossos cabelos e bandeiras parados.
Primeira noite e Morcegão caprichou, criou situações para que nos sentíssemos pertencentes aquele encontro, chamando alguns ao palco para serem homenageados, outros para receberem cortesia ofertada pelo comércio local, personagens e uma de-li-ci-o-sa sopa, excelente para aquecer e esquecer um pouco o frio.

Ainda não era a noite oficial do evento mas a ordem para se divertir já tinha sido dada por Morcegão e ele próprio participava de tudo juntamente com seus irmãos. Nós todos como fiéis e obedientes morcegueiros e morceguistas nos divertimos e brindamos os encontros e reencontros com nossos amigos. Se a ordem era para ser obedecida, então o jeito era dar asas a imaginação e a diversão que estavam apenas começando... ("Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nessa festa... E leve com você seu sonho mais louco, eu quero ver seu corpo, lindo, leve e solto...").

Sábado de sol firme e forte nos vestimos de achadeiros e fomos buscar conhecer as entranhas dos contornos dos Montes do Boqueirão. A estrada de chão batido não foi empecilho para percorrermos os caminhos entre rochas sedimentares esculpidas de forma maestral, em alguns momentos pareciam ruínas em outros esculturas magestosas ("Aleluia! Aleluia! Conclusão dos pensamentos meus. Aleluia! Aleluia! Em tudo isso tem a mão de Deus").


Entre uma serra e outra os caminhos pareciam não ter fim, os horizontes se mostravam quase misteriosos. Foram 118 km de estrada seca, as vezes de areia, passando por cidadezinhas como Massacará, Betania, São João da Fortaleza até chegarmos na BR após cruzarmos por entre aldeamentos indígenas na cidade de Banzaê/BA, as quais fomos alertados para não parar.
Depois de passarmos a manhã toda "comendo poeira", voltamos para Cícero Dantas/BA para comer de verdade. Na noite anterior ganhamos uma cortesia, aliás uma deliciosa cortesia, uma peixada. Fazer o que né? Fomos nos submeter a esse sacrifício... rsrsr. Todo mundo queria tirar uma casquinha, mas quem conseguiu mesmo foi Paulo Barros que aceitou nosso convite para compartilhar e fez questão de pagar a conta, uma Coca-Cola!!!

Enquanto isso... Na praça a integração promovida por Morcegão ficava por conta de um churrasquinho no espeto ao som de um conjunto de forró.

Uma das grandes atrações da cidade é a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Conselho localizada no alto de uma colina no centro da cidade.
Fuçamos, procuramos, achamos e cansamos..., hora de descansar o corpo. O milagre da multiplicação das barracas aconteceu e o Ginásio estava apinhado delas.


Assim como as barracas, as motos se multiplicavam a frente do Ginásio e os amigos foram aparecendo aos poucos e foram muitos, até Maria Bonita e o Shreck deram uma palhinha para nós.

Enfim, foi anunciada a abertura oficial do VI Cícero Dantas Moto Fest e como se já não bastasse toda a festa, Morcegão deixa a todos surpresos com sua entrada triunfal e assustadora saindo de um caixão.

Se Morcegão se espalha em cima ou embaixo de um palco, Morcega, de forma mais tímida também marca a sua presença e enche de mimos suas convidadas. A festa aconteceu até tarde, Morcegão era o protótipo da satisfação e com todo merecimento.
Domingão... cansadão... arrumação! Hora de fazer o caminho de volta depois de aproveitar uma grande festa onde tudo fez a diferença, da recepção ao café da manhã. Ganhou quem foi e participou de um autêntico encontro feito de motociclista para motociclistas. Ganhou quem juntamente com Morcegão e suas morceguetes fizeram a diferença e deram um show de participação.