segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ARACAJU/SE

Sexta-feira - 27/11/09

Saímos para Aracaju por volta das 13h30 e decidimos seguir direto pela Linha Verde sem entrar em Indiaroba e pegar as duas balsas, como havia sugerido Paulo Barros... um passeio muito bonito como vimos pelo Google Earth, mas que ficaria para outra oportunidade... a bem dizer, ficamos com receio por que não sabíamos os horários de saída da balsa e não queríamos passar a noite na estrada.
A nossa ida a Aracaju tinha como objetivo comemorar o VI aniversário do Águia Viva MC, do nosso amigo presidente Alan Jones.
Exatamente às 16h cruzamos a divisa Bahia/Sergipe, deixando a Linha Verde pra trás e pegando o caminho para Aracaju. Passamos por Indiaroba, Itanhi e Estância até chegar ao nosso destino às 17h30. Uma vez lá, fomos recepcionados por Paulo Barros e Ferreira na casa de Alan, aonde foi montado um acampamento... mais tarde juntaram-se a nós Ivan, do ADR e os Suzukeiros Santana e Gilson.

Barraca armada e arrumada com toda nossa bagagem dentro, cumprimos o ritual de colocar a bandeira em local de destaque, junto à do anfitrião Águia Viva e do Amantes da Estrada, de Clézio.

Fomos fazer um lanchinho básico: cheese-egg-bacon e cheese-egg-calabresa... rsrsr... ninguém é de ferro, né? Depois nos dirigimos ao local onde seria o niver no dia seguinte. Encontramos com Anuzia, a primeira-dama da festa, que estava organizando a decoraçao e armação do palco. Por lá também encontramos Clézio, Serjane e Ivan.

Quando saímos de Salvador já sabíamos que nessa noite teríamos uma reunião de amigos na casa do Comendador... rsrsrs chique não? É mais um amigo motociclista...


Todos juntos chegamos à casa do Comendador e foi uma grande farra com direito a colocar adesivo na parede de visitantes do anfitrião, cachorro quente e um farto jantar.
A nós só restou comer, tirar fotos e nos divertir muito... rsrsrsr

Manhã seguinte, sábado (28/11).
Acampar tem suas peculiaridades... primeiro, é preciso ser muito prático e só levar o que for estritamente necessário (o que pra muitas mulheres é impraticável!!!)... segundo, o acampamento é um espaço de coletividade e de respeito, ou seja, não deve se sentir incomodado com roncos, gargalhadas, conversas e etc... mas tudo dentro dos limites... mas o mais legal de tudo é poder compartilhar esse espaço com amigos que acampam, com aqueles que nos cedem o espaço e, também, em momentos divertidos e agradáveis!

Bom, depois de uma animado café na padaria da esquina, hora de passear e de ajudar o anfitrião na recepção de quem chegasse pela balsa... de recepcionados passamos a recepcionistas , isso é solidariedade em ação! No caminho para a balsa vimos aquelas máquinas da Petrobras em funcionamento...de alguma forma essas máquinas fascinam !
Seguimos juntamente com Paulo para a balsa e lá presenciamos o movimento da construção da ponte que irá ligar Mosqueiro a Caueira e passa por cima do Rio Vaza Barris. Esse rio nasce no sertão nordestino, no município baiano de Uauá e deságua no oceano, em Aracaju. Ficamos a especular o que será das balsas, dos balseiros e, principalmente, das pessoas e comerciantes que vivem dessa travessia...

Os primeiros que recepcionamos foram Santana e Gilson, do Suzukeiros do Atacama... conversamos um pouco sobre a viagem e indicamos o caminho da festa.

Continuamos por alí a esperar quem mais chegasse, e como não tinha muito o que fazer... comemos rolete de cana, ouvimos um sambinha...rsrsrs... e arriscamos até uns passinhos tipo "Coisinha de Jesus"... rsrsrs... fala sério!!!
Resolvemos então passar o tempo fazendo a travessia que é supertranquila, rápida e até sentimos uma gostosa brisa refrescante. Na balsa deixamos a marca do Vírus da Liberdade!

A liberdade é assim... refrescante, compartilhada, alegre! A liberdade é luz, é brisa, é sol, é mar... é natureza... é natural! A liberdade é assim, clara, límpida, colorida... azul!


O combinado era ficarmos por alí até as 12h. Como ninguém mais havia chegado até essa hora decidimos ir para o niver. E lá já se encontravam outros amigos e outros mais foram chegando aos poucos.

Não bastasse os encontros e reencontros, a alegria, a festa em si, esse niver nos trouxe, em particular, alguns momentos que mereceram serem registrados em fotos e merecem um registro aqui também... Um deles foi, além de reencontrar Marilson, do Sebastianense, um caro amigo, ele presenteou Rogério com um patch do seu MC. Foi uma surpresa e tanto!

Outro momento que é sempre muito esperado é o da inscrição e o de receber o trófeu... será que somos caçadores de trófeus???? kakak

Não poderíamos deixar de mencionar e agradecer a simpatia dos rapazes do churrasco: os churrasqueiros!!! E registrar que o churrasco estava muito bom!

Emocionante também foi rever o Cabo Lau, de Turitama/Pe... mais emocionante foi poder revê-lo com a camisa do Amigos Vírus da Liberdade... não dá para não registrar isso né?

Os Escudados. Isso daria um bom título de filme... estórias é que não faltam... quem se habilita?

A emoção de Clézio e Serjane ao ser homenageado pelo anfitrião Alan.

E olha só quem pode ser o cineasta?? De câmera em punho Rogério registrou o momento que precedeu a hora mais gostosa: o parabéns!!

Foram realmente momentos de grande alegria mas..."quando eu estou aqui eu vivo esses momentos lindos... e as emoçoes se repetindo..."e foi assim, uma avalanche de emoções!
O domingo (29/11) amanheceu com um lindo sol nos empurrando pra fora da barraca como a nos dizer que já era hora de voltar pra casa... obedientes, arrumamos tudo na mochila e pegamos estrada de volta. Passamos rapidamente por Itaporanga e seguimos para a Linha Verde.

Chegamos em casa por volta da 11h e fomos nos divertir a dois... rsrsrs... churrasquinho, piscina, sol... mas não esquecemos dos momentos que passamos de alegria no niver do Águia Viva. Foram momentos tão gratificantes que o trófeu nos fez companhia, como para lembrar que o sentimento sólido, construido com sinceridade e respeito, permanece independente de distância, das diferenças e das adversidades, tudo é um aprendizado... "é preciso saber viver".

domingo, 22 de novembro de 2009

SANTO AMARO/BA

A viagem para Santo Amaro foi meio que um bate-volta, saímos no sábado e retornamos no domingo, e resolvemos não fazer roteiro... estranharam??? rsrsr. Pois é, não planejamos, nem pesquisamos nada, dessa vez o acaso seria o nosso guia..."o acaso vai nos proteger..."! A única informação que tínhamos, como bons baianos, era que Santo Amaro da Purificação é mundialmente conhecida por causa dos seus filhos ilustres: os irmãos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia, chique não?

Sem muita pressa, afinal seriam só 70 km de Salvador a Santo Amaro, saímos por volta das 8h de um sábado (21/11) ensolarado. Pegamos direto a BR 324 e depois a BA 026... rapidinho!

Logo chegamos e nos dirigimos direto para o local do evento que já estava arrumado com palco, recepção, barraquinhas... E por falar em recepção, esta foi supercalorosa com amigos que já haviam chegado e com as recepcionistas distribuindo água supergeladinha para amenizar um pouco o calor. Um dos anfitriões do Aniversário dos Estradeiros Dragões do Recôncavo, Dodó, nos recebeu com seu carisma de sempre e foi puro carinho e alegria com quem chegava.

Após a recepção seguimos para o local reservado para o acampamento e encontramos outros amigos motociclistas. O local escolhido foi uma escola municipal, bem próxima a praça do evento, mas que infelizmente agora não nos ocorre o nome, porém nos sentimos muito bem à vontade, com instalações amplas e com um bom atendimento pelos funcionários da escola.
Refeitos da chegada, hora de desarrumar a bagagem para armar a barraca... é isso mesmo... é um tal de arrumar e desarrumar... rsrsrs, mas faz parte da rotina de quem acampa. E aí vem as outras coisas, enche colchão, arruma tudo dentro da barraca, aff!


Bem, tudo arrumado, hora de andar por aí... e de primeira, encontramos com Vanessa/Morenas do Asfalto e lembramos que, além de passear e ir para o encontro, tínhamos uma missão...quase impossível... rsrsrs, na verdade quatro em uma: o nosso amigo Gonçalves, presidente do Tico e Teco, do Rio de Janeiro, nos incubiu de entregar umas lembrancinhas do seu moto clube e seriam para quatro pessoas que sabíamos estrariam nesse encontro. E Vanessa foi, então, a primeira!

Contiuamos e fomos para o evento, lá fizemos a inscrição e recebemos o trófeu que, ficamos sabendo depois, ter sido idealizado por Toninho outro integrante dos Estradeiros.

Mais encontros com amigos aconteceram e cada reencontro era uma animação por rever tanta gente bacana e que a gente gosta muito.

Foi alí na pracinha que encontramos Miria/Arkanjos e cumprimos nossa Missão II e fizemos a entrega da lembrança do Tico e Teco.

Resolvemos dar uma volta pela redondeza e chegamos na Praia de Itapema, que na língua Tupi quer dizer monte (pema) de pedra (ita). Um vilarejo bucólico e calmo típico para veraneio.

Seguimos para Saubara, cidade banhada pelo Rio Paraguassu e conhecida pela mariscaria e pelo artesanato de palha. Fomos até a Praia de Cabuçu, uma delícia de lugar. É, o acaso e a natureza nos proporcionou belas paisagens.

Seguimos para a última das praias do caminho, Bom Jesus dos Pobres e lá saboreamos uma coca-pola supergelada e uma deliciosa mariscada... nossa, comemos tuuuuuuudo... pura gula, mas tava uma maravilha!!!

Retornamos para Santo Amaro com a barriga cheia... nossa como comemos!!! Bem, chegando de volta à praça reencontramos mais amigos e cumprimos nossa Missão III entregando o presente do Tico e Teco a Paulo Barros.

Ivan, do ADR, chegou nos trazendo mais uma surpresa, ainda em consequência da participação de motociclistas na sua Ação Social. Exibiu um banner com fotos daquele momento que foi para todos nós tão gratificante.

Naquele dia fizemos uma descoberta... todos já sabem que no nosso grupo de amigos motociclistas temos o já famoso Gilsinho do Arrocha... rsrsr... e não é que agora surgiu "Dona Raquel, empurrando a alegria"? Tudo na maior divulgação feita por seu empresário Clézio e com direito a Gilsinho dar uma mãozinha... rsrsr... é mole ou quer mais??? Foi o maior sucesso!!!

À noite, deu-se a mesma coisa, reencontros, fotos, muita animação e show além de concluirmos nossa Missão IV com o Tico e Teco: Miguel, dos Mensageiros de Cristo.
Passeamos um pouco pela praça que tem um lindo chafariz, antigo e em atividade, e fomos comer pizzaaaaaaaaa! Vocês já perceberam que adoramos pizza, né? rsrsrrs... e tem que ser meia Margherita. Dessa vez também foi com Tomate Seco e Rúcula, muitissímo gostosa... parece que com a gente tudo termina em pizza, literalmente... mas não estávamos sozinhos, tivemos a companhia de Paulo Fon-Fon, de Dias D'Ávila. Foi um final de noite divertido!

Domingo, 22/11, 7h. Hora de fazer o caminho de volta e desfazer tudo que fizemos: desenche colchões, arruma a bagagem, desarma a barraca... e a vida continua.

De volta e em casa, trófeu no seu devido lugar finalizando mais uma viagem, mais uma estória... agradecemos sempre a Deus que nos permite ir e vir com tranquilidade, agradecemos a oportunidade de conhecer outros lugares e culturas e aos nossos amigos que fazem desses encontros uma grande festa.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

MATA DE SÃO JOÃO/BA

Seriam simplemente 59 km a serem percorridos de Salvador a Mata de São João não fosse nosso costume de sempre fazer roteiros diversificados, nem que seja daqui pra alí... e assim foi dessa vez também, oportunidade que iríamos comemorar o 4º aniversário do ADR - Amigos Em Duas Rodas. O roteiro escolhido foi: Salvador - Abrantes - Camaçari - Açu da Torre - Imbassaí - Costa do Sauípe - Porto de Sauípe - Subauma - Imbé - Itanagra - Mata de São João - Salvador. Era um roteiro com algumas estradas de barro, segundo mapas e pesquisas pela internet. Até fomos alertados por alguns amigos motociclistas de que esse não era um bom roteiro, mas mesmo assim seguimos determinados a cumprí-lo. Queríamos novidade!!! Porém o inusitado nos acompanhou desde o início...

Seguimos no sábado, 07/11, às 8 h rumo a Estrada do Côco, pagamos o pedágio e... nos demos conta que já começamos errando... passamos batido por Abrantes e erramos também a entrada para Camaçari depois do pedágio, pode? Pode... aí o jeito foi retornar para entrar em Camaçari, porque para Abrantes não teria mais como, e passar novamente pelo pedágio, mas sem ter que pagar de novo (é claro!). Pegamos o caminho para Camaçari, sem entrar na cidade, seguimos para uma avenida à procura de Açu da Torre, nosso próximo ponto do roteiro. Fizemos nosso trajeto e desembocamos na Linha Verde. Achávamos que iríamos passar por Açu da Torre, antes de pegar a Linha Verde, mas não foi bem assim... nada de Açu da Torre!! A essa altura, um pouco aborrecidos, também passamos sem tomar conhecimento por Imbassaí... aff, tava desandando... mas não desistimos. Entramos na primeira praia: Barra do Pojuca. Ainda contrariados, tiramos uma fotinha meio sem graça... seguimos em frente...

Passamos pela entrada da Costa do Sauípe (um resort superchique aberto a visitações, mas não entramos) e vimos, temos certeza disso, uma placa indicando a entrada para Porto Sauípe à esquerda, cruzando a estrada. Entramos e nos deparamos com um conjunto de residências, que nos informaram ser alojamento dos empregados do resort e que Porto Sauípe seria mais adiante na Linha Verde. Havia alí uma estrada de barro que daria na Vila Sauípe com saída paraa Linha Verde e Porto Sauípe. Essa estrada nos trouxe algumas belezas naturais da mata que margeava todo o caminho. As árvores, como bambus, se encontravam no alto formando um túnel, semelhante ao caminho de entrada do nosso aeroporto.

Chegamos de volta a Linha Verde e acerca de 5 km chegamos enfim a Porto Sauípe. Cidadezinha que nos lembrou as vilas da Ilha de Itaparica. Demos uma volta pela cidade. Aí, tinhamos, pelo roteiro, que achar um caminho de barro que beirava a praia para chegar em Subauma. Um morador local nos informou que era uma estrada difícil, mas, se queríamos aventura... teríamos que pegar a estrada principal, entrar a direita no quiosque Viola Vadia e pegar uma estrada de barro. Chegamos no tal quiosque e nos informamos de novo. O dono nos disse que a estrada da qual falávamos não existia porque foi tomada pelo mar e por um condomínio particular e que a estrada que substituíra a outra era muito difícil e que só bugueiros conseguiam fazer o trajeto... não vimos isso como um sinal... não nos demos por vencidos e colocamos a moto no barro!! Não imaginávamos que algo daria errado.

Logo início começamos a perceber que não seria fácil, o terreno era uma mistura de barro e areia... mais areia do que barro... e a moto começou a afundar naquele areal. Conseguimos, com muita insistência, andar mais ou menos uns 7 km, quando, depois de forçar a saída da moto de mais um areal, ela perdeu a embreagem... nossa senhora que sufoco! Sem ferramentas adequadas, sem sinal de socorro próximo e sem saber o que encontraríamos pela frente resolvemos voltar... detalhe: empurrando a moto, porque sem embreagem ela não tinha força. Retornamos todo o caminho, trechos de descida na moto, trechos de subida andando e outros trechos planos também andando porque o areal era intenso. Agora imaginem fazer isso tudo vestidos com roupa de couro, num sol quente, com sede, com fome, de botas, atolando no areal... estávamos chegando a exaustão!!!

Quase já sem fôlego, chegamos no último trecho, e graças a deus, plano... sentamos na moto e devagarzinho conseguimos alcançar a pista principal e chegar até uma oficina de carros.
Enquanto se dava um jeito na embreagem, que parecia ser uma questão de regulagem (e foi isso mesmo), Carmen começou a passar mal... a pressão baixou, mas nada de muito sério... respira fundo, bebe uma água, descansa um pouco... pronto!

Foi um sufoco de verdade... mas depois da tempestade vem a bonança, né mesmo??? Pegamos o caminho para Mata de São João, a essa altura , com tanto contratepo, desistimos de seguir para Itanagra, estávamos cansados, com fome e a hora já se estendia. Nos indicaram um caminho passando por Malhada e, enfim, Açu da Torre... achamos!!! Pegaríamos uma outra estrada de barro que nos ofereceu belas paisagens. As fontes naturais nos encantou e como sempre acontece paramos para beber direto dela.

A estrada foi aberta para dar acesso ao transporte de eucaliptos, por todo o percurso o que vemos é o caminho sem fim formado por eles. Parece um labirinto!

A natureza continuou a nos surpreender com suas composições... tinham também pinheiros. Pinheiro??? kakaka Olha só os dois pinheiros juntos... qual será o que ela prefere? rsrsr... brincadeirinha....
Pois bem, continuamos pela estrada, que não nos trouxe nenhuma suspresa desagradável, ao contrário, tudo era muito bonito, silencioso e com uma leve brisa.

Chegamos enfim a um vilarejo São José do Avena, que soubemos estar a 14 km de Itanagra e 34 km, de Mata de São João. Almõçamos por alí mesmo. Podíamos ir até Itanagra, conhecer, já que estava no roteiro mesmo, mas não quisemos arriscar por causa da hora adiantada e seguimos para Mata de São João.

No meio da estrada tivemos que esperar uma grande e bela boiada passar... são mesmo umas gracinhas, tudo juntinho, agitadas, uma atrás da outra.

Enfim, já no final da tarde chegamos em Mata, achamos o local reservado para o acampamento dos motociclistas, o pátio de uma escola. Desarrumamos a bagamem e montamos a barraca... mas quem é que monta a barraca??? Quem enche os colchões??? Quem enche os travesseiros??? rsrsr... tudo é sempre uma brincadeira, é uma animação, mandando o estresse para o espaço!

Tudo arrumado o jeito era dar uma relaxada e a pracinha era logo alí na frente do acampamento e que lugarzinho arrumado e animado, viu? Ficamos por alí e foram chegando mais e mais amigos.

Na praça, o anfitrião da festa, Ivan, nos mostrou o portal recém inaugurado que figura algumas culturas e pontos turísticos da cidade.

Manhã de domingo, 08/11, acordamos cedinho pois o sol pegou de jeito a nossa barraca nos obrigando a sair do casulo... rsrsr

Essa é a fachada da Escola Getúlio Vargas, local do nosso acampamento.

Como era muito cedo saímos para dar uma voltinha e pegamos uma estrada secundária na saída da cidade... a estrada era de um asfalto liso e foi aberta para escoar os produtos da Estação São Roque, da Petrobras, aliás essa estatal está presente em todo o recôncavo baiano... a estrada também nos ofereceu algumas paisagens bonitas e deu até pra expressar um pouco do romantismo..."receba as flores que te dou, em cada flor um beijo meu...".


Retornamos do passeio e nos dirigimos para o local do café da manhã promovido pelo ADR e logo colocamos a bandeira do Vírus da Liberdade ao lado de outras que já estavam por lá. Fizemos a inscrição, pegamos o trófeu, compramos a camisa do evento e colocamos o nosso adesivo no painel dos colaboradores... afinal, nós também colaboramos para fazer dessa festa a maior animação.

Café da manhã servido hora de forrar a barriga... rsrsr... um delicioso café tipicamente do interior... e o suco de acerola aestava especialmente gostosso, muito bom!!! E hora também de tirar mais fotos com amigos que já estavam e que chegavam.



Muita música e calor resolvemos dar uma arejada e mais um passeio. Fomos até a igrejinha azul (linda!), a ponte da divisa do município com Dias D'Ávila, o rio que passa por baixo dela nos presenteando com cenários lindos.

Passeio feito, voltamos para o aniversário e nos deparamos surpresos com a quantidade de motos estacionadas... é muito bom ser querido, né Ivan? Entramos e encontramos com mais amigos... e aí, não deu outra, mais fotos, e dentre todos os encontros teve um que tem sido esperado há muito tempo: Elly Teixeira, enfim depois de muito tempo transformamos uma amizade virtual em realidade... muito legal isso!

Churrasco saindo, pratinho na mão, é hora de comer.

Enquanto a festa rolava, Ivan promoveu uma surpresa emocionante para os motociclistas que compareceram na Ação Social do ADR, em maio/09. A surpresa foi um certificado de participação pela solidariedade... ele chamou os motociclistas ao palco e um-a-um entregou o certificado... Parabéns Ivan, pela Ação Social e pela iniciativa em reconhecer e agradecer a nossa contribuição.
Passada a emoção, cantamos parabéns e comemos o bolo, claro!

Bom, hora de voltar pra casa, afinal essa viagem deu cansaço e deu também o que comentar... rsrsr... e o que ficou foi a certeza que todo planejamento é passível de surpresas e imprevistos e assim, aprendemos a ser flexíveis e superar obstáculos, bem como, a agir estrategicamente para pensar e escolher a melhor alternativa de solução... aprendemos que fazer o bem é sempre bom, independente de reconhecimento, mas que o reconhecimento enobrece a todos.
Enfim, até a próxima postagem, ou melhor, ao próximo evento... rsrsr... melhor ainda, aos dois!

domingo, 15 de novembro de 2009

VALENÇA/BA

Essa viagem para Valença partiu de um convite de nossa grande amiga Déa, do Companheiros do Asfalto MC, que há muito já nos convidava para passear por aquelas bandas... Dessa vez o convite foi aceito e iria coincidir com o batizado de um dos integrantes do Companheiros, já estava tudo planejado para nossa estadia na casa de Dea e Alex. Mas, imprevistos acontecem e o que foi planejado sofreu alterações que em nada diminuiu a alegria que foi ter passado aqueles dias em Valença.
30/10 - sexta-feira
Saímos de Salvador pelo Ferry no final da tarde e, no momento de sair em Bom Despacho, do nada, a moto perdeu o freio dianteiro... um pouco atordoado, Rogério não entendia o que estava acontecendo... cogitamos a possiblidade de retornarmos dalí mesmo mas a vontade de ir para Valença nos impeliu a continuar... ainda estava claro e a situação não oferecia perigo pois a moto ainda tinha o freio traseiro. Mas o problema trouxe um complicador: apenas com um freio sendo utilizado a velocidade tendia a ser menor e a viagem tornou-se mais demorada e o dia rapidamente escureceu. Ainda na Ilha de Itaparica, na beira da estrada havia uma loja de bicicletas e peças para motos, paramos com a idéia de que poderia haver algum mecânico que nos ajudasse... um rapaz se propôs a verificar se havia ar no freio... não era... especula daqui, coça a cabeça dalí e, nada! Decidimos seguir antes que escurecesse de vez!!! A escuridão nos pegou no meio do caminho e quando chegamos em Valença já era noite. Dea nos encontrou e nos levou para sua casa, a essa hora nada mais a ser feitoe ela, como boa anfitriã, já havia contatado com um mecânico amigo para que olhasse a moto no dia seguinte...
Bem, já em porto seguro, instalados, participamos da reunião do MC, como convidados especiais. A pauta era sobre os últimos preparativos para o batizado de Magrão, no domingo. Foi uma reunião animada, organizada e sobretudo mostrou a união e respeito existente no grupo.

Após a reunião, Dea nos convidou a saborear um delicioso caldo de abóbora ccom carne seca: totalmente demais! E isso foi só o começo de delícias que passariam por nossa degustação... rsrsr
Já abastecidos e de banho tomados fomos dormir, afinal amanhã o dia prometia.
31/10 - sábado
Primeiro compromisso: café da manhã... hummmm... TORRADAS!!!!

Saímos em direção certa para a oficina de Bento, aquele que resolveria o nosso problema... foi uma verdadeira "cirurgia" para a especulação de Rogério se tornar em diagnóstico: o reparo
precisava ser trocado. Operação realizada com sucesso!!!

Ahhhh... mas não foi só a nossa moto que tava problemática... rsrsrsr... aproveitando a oportunidade Dea pediu para dar uma arrumada na direção... foi uma martelada! kakakak... Tudo isso nos consumiu a manhã inteirinha... afff... e o nosso passeio para as cachoeiras passou para a tarde.... resolvemos, então, voltar para casa e forrar o estômago.

Enquanto aguardávamos o almoço, um periquito muito esperto invocou com a bota de Rogério e deu a beliscar o cadarço... é cada uma....

Hora de encher a pança... prato do dia: Dobradinha! Tudo muito gostoso.

Nada de descanso, todos queriam mesmo era ir para as cachoeiras. Por causa do tempo que ficamos na oficina, das três cachoeiras que iríamos conhecer, apenas duas seriam vistas: Canta Galo e Taperoá. Grupo formado: Rogério e Carmen, Alex e Dea e Ary e Arlette, seguimos juntos. Pé na estrada, ou melhor, rodas... rsrsrs... porque o caminho era um pouco extenso mas a estrada, mesmo a de barro, estava ótima.

Sem contratempos, chegamos ao nosso primeiro destino,a cachoeira do Canta Galo! Um pequeno pedaço do paraíso a céu aberto que a natureza nos permitia desfrutar... Sem perder tempo, todos entraram naquela água gelaaaaaaaaada mas simplesmente deliciosa!


"Banho de cachoeira relaxa..." e renova as energias, foi uma hidromassagem natural.

Nos divertimos a valer, por cima e por baixo d'água... rsrsrsr


Hora de pôr fim a brincadeira e voltar para a estrada para a próxima cachoeira: Taperoá.

Mais um trecho de barro, passamos pelo que seria, segundo Dea a igreja mais antiga da região, também nos aproximamos de uma cobra no meio da estrada, mas o barulho da moto a afugentou... Seguimos mais adiante pelo asfalto e depois mais um pedaço de estrada de barro... tudo tranquilo.

A cachoeira fica nas terras da O Palma S/A uma agroindústria de extração e produção de óleo de dendê. O tempo esfriou e nem todos se predispuseram a entrar na água, nós, como bons visitantes, não poderiamos deixar de aproveitar... e essa cachoeira nos trouxe um prazer a mais: a água que caía da pedra formava uma espécie de caverna, bem pequena, mas que dava para passar por baixo e fcar meio escondidos... uma delícia!


Depois de muito lavar o corpo e a alma, hora de voltar pra casa. Antes porém, fomos conhecer um pouco da cidade de Taperoá. Vimos a Igreja de São Bras, datada de 1620. É uma região de belíssimas paisagens, muito verde e muitas águas doces e salgadas.

De lá voltamos para Valença, queríamos ver a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, que fica no alto de uma colina e é vista em destaque por toda cidade. Nos dias que passamos em Valença acontecia a festa da padroeira da cidade, nove dias de festa... é mole ou quer mais??!!! rsrsrs... O caminho que leva até a igreja tem o meio-fio pintado das suas cores, é o caminho da fé e da festa!

Sábado terminando, uma pipoquinha pra abrir o apetite e jogar um pouco de conversa fora... um passeio pela orla de Valença e tudo acabou em pizza!

01/11 - domingo
Dia de batizado, dia de festa, dia de churrasco! Arruma tudo nas bagagens, cada um leva uma parte, mas antes da saída uma paradinha para as orientações da presidente Dea... que moral!

O destino era a cachoeira da Ilha do Rio Piau (Piau é o nome de um peixe) passando antes pelas ruínas da Companhia Valença Industrial, a CVI, primeira indústria de tecidos do Brasil, movida a energia hidráulica... Senta que lá vem história! As ruínas da primeira instalação da CVI está nas terras da Fazenda Roda D'Água, porém a CVI ainda está em atividade há 165 anos e hoje instalada na zona urbana de Valença. Bem vamos às ruínas... detalhe, a pé! Pés no chão, deixamos as motos e seguimos mata adentro... sem percalços a não ser pelo cuidado com as formigas e as urtigas... elas queimam!!! Mas a caminhada valeu a pena, passamos por plantações de seringais e de acácias dentre outras.

Chegamos às ruínas depois de alguns sobe-desce... haja condicionamento físico... ufa! Mas é surpreendente ver edificações datadas de 1844, estruturas fortes que nem o tempo conseguiu derrubar... o cenário é uma beleza, as vezes até macabro, aventureiro, parecíamos um bando de Indiana Jones... rsrsrs

Sabem aquela palmilha que Rogério comprou lá em Maceió que prometia relaxar os pontos dos pés...? rsrs... não deu certo... machucou mais do que relaxou... ele não pensou duas vezes... rsrs
Voltamos à estrada a caminho da Ilha do Rio Piau. O caminho era todo de barro. Ao chegar na entrada um simpático burrico nos acompanhou todo serelepe, como um mestre de cerimônias o danado do bicho roubou a cena e todos passaram a prestar atenção nle. Ele parecia fazer questão de nos acompanhar e desceu a estrada com a gente até o estacionamento... foi muito engraçado!

Hora de tirar a bagagem... e quem é que tem que carregar a bagagem??? rsrsrs

Churrasqueira pronta, churrasqueiro à postos, o fogo começa a esquentar...

Enquanto isso... acompanhamos Dea em outra cachoeira, a do Paulo, para comprar cerveja e água... não que na outra não tivesse cerveja, mas não tinha a que desce redondo! O lugar também é muito bonito de se ver... uma tranquilidade!

Retornamos e já encontramos a churrasqueira em fogo alto... bom sinal, a carne logo iria sair...

E já tinha gente se refrescando naquelas águas... e outros confabulando... o que será que tanto conversam?? O que será que estavam armando? kakaka Não vou falar, não vou falar, não vou falar... isso vai virar outra estória...

E olha só quem apareceu??? Ela mesmo... a bandeira do Vírus da Liberdade, no alto, lugar de honra, ao lado da bandeira do Companheiros do Asfalto.


O calor convidava a ir pra água, cada um queria aproveitar um pouco e poder brincar na correteza... rsrsrs... foi uma comédia... tinhámos que usar bóia... "brincadeira de criança como é bom, como é bom..."

Chegou a hora tão esperada e motivo principal pelo qual estávamos todos alí. Hora do batismo, pose para a posteridade e surpreeeeeeesa! Foi ovo, farinha e graxa.. que lambança!!

Estava já entardecendo e era chegada a hora de pensar em voltar... foi tudo muito legal, o lugar, a companhia, o churrasco... foi tudo uma farra e das boas!!






Tudo desarrumado e um pouco cansados, bagagem na moto, já anoitecia quando retornamos pra casa.

01/11 - segunda-feira
Mais uma vez arrumamos a bagagem e dessa vez de volta pra casa, pra Salvador. Resta-nos, então, agradecer a receptividade, o carinho, a companhia, a hospitalidade de todos e, principalmente, de Dea e Alex. Foram dias intensos de alegria e de expressão de amizade... de uma amizade que começou pequena, tímida, mas que aos poucos conquistou aos dois lados... uma
amizade pura, sem interesses... somos amigos!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SERRINHA/BA

SEXTA-FEIRA, 23/10
Moto na estrada por volta das 7h a caminho de Serrinha, a 173 km de Salvador. Não é a primeira vez que estamos indo pra lá e com certeza não será a última. Mas, pra variar, percorrremos outros caminhos até chegarmos lá. Pra começar, resolvemos entrar em Catu com a única intenção de aventurar encontrar nosso amigo e padrinho do Vírus da Liberdade, Tatuí. E não é que achamos??? Sentadinho na frente do seu bar, com chapéu, de bermuda e sem camisa aguardando o caminhão de bebida... irreconhecível!!! Não fosse ele a reconhecer-nos, passaríamos batido... esse Tatuí!


Logo seguimos para Aramari, a cidade das águas, também nossa velha conhecida... mas partimos do princípio de que cada nova ida a um lugar que já conhecemos, tem outro sabor, outras descobertas, outras emoções... Descobrimos, por exemplo, que a cidade se desenvolveu em torno das instalações da antiga Leste Brasileira, hoje em ruínas na cidade. Sr Evandro Pereira, um antigo morador e ex-empregado por cinco vezes da Leste nos deu essa informação, quando tirávamos essa foto. Para quem não sabe a Leste Brasileira era uma estatal responsável pelo transporte ferroviário, na década de 40 até a de 70 quando deixou de existir com esse nome e passou a se chamar RFFSA, até ser extinta em 1999, passando para a iniciativa privada.


De Aramari rumo a Serrinha, ainda passamos por Ouriçangas e nos encantamos com o caminho sem fim formado pelas plantações de eucaliptos, antes de chegar na cidade.

Chegamos em Irará, cidade calma do nosso amigo Irará do Águia Solitária, com uma curiosidade para nós: na frente de cada casa tem um banco, na sua maioria de tora de madeira. É muito comum em cidades do interior os moradores se reunirem pra jogar conversa fora, tomar conta da vida dos outros e até mesmo ver a vida passar... rsrsrs

Seguimos para Água Fria, cidade bem pequenina, não havia muito o que se ver além de mais uma estação de trem em estado de completo abandono, também da época da Leste Brasileira, porém ainda conserva a plaquinha de tombamento da RFFSA e uma placa de agradecimento ao então Presidente Getúlio Vargas... Isso é História!

Uma estrada que alterna barro e areia, mais adiante uma bifurcação segue à direita... esse é o caminho para Lamarão, a 22 km saindo de Água Fria passando pelo distrito de Catana, com uma igrejinha muito singela.

Enfim, Serrinha sede do 18º Moto Argola. O local do evento já estava reservado, não havia ainda recepção, mas nos encontramos com o Cobras , de Petrolina. Nada a fazer resolvemos ir procurar uma pousada pois não havíamos feito reserva. As pousadas estavam cheias mas encontramos vaga na Pousada Santo Antônio. Nos instalamos, almoçamos e fomos ao Mirante da Santa, retratado no trófeu desse ano do Moto Argola. Retornamos à praçca do evento e encontramos por lá com Vanessa, do Morenas do Asfalto - Serrinha e Allan, do Águia Viva, de Aracaju/Se.



À noite fizemos a inscrição, recebemos o trófeu e colocamos a bandeira do Vírus no alto. Encontramos vários outros amigos em especial Dina a quem entregamos a camisa Amigos Vírus da Liberdade e o adesivo e botton azul. E nesse dia tudo terminou em pizza!


sábado, 24/10, amanheceu chuvendo, mas mesmo assim resolvemos seguir o roteiro, era hora de fazer turismo nas cidades próximas a Serrinha, cidades pequenas, sem opções de pontos turísticos. Na sequência das fotos foram Bandeaçu, Chapada do Riachão de Jacuípe, Riachão do Jacuípe... e a chuva continuava incessantemente apesar de não estar forte, o que nos dava coragem para seguir em frente.

Paradinha para retratar a pedra do babuíno, nome dado por nós, por um lado por realmente de um determinado ângulo lembrar um babuíno e, de outro, por não sabermos mesmo o nome da pedra... rsrsr. A pedra marca a entrada para Tanquinho.


Continuamos seguindo para Candeal e de lá para Ichu e lá se vão mais 12 km. Ali, achamos interessante um mandacaru, que parecia um amontado de outros mandacarus... uma confusão de espinhos!


Bem o caminho chegava ao fim, agora era só chegar ao distrito de Bela Vista, e pronto... de volta a Serrinha, só não imaginávamos a estrada que se abria à nossa frente, dentro da Fazenda Bela Vista... 28 km assim, mas que atravessamos toda ela com sucesso!

Chegamos em Serrinha e a nossa roupa era puro barro e as nossas botas encharcadas de água. Trocamos de roupa, almoçamos, descansamos e a noitinha saímos para o evento.


Manhã de domingo, 25/10, rumo de volta a Salvador, por um caminho diferente, como era de se esperar... Então, seguimos a Biritinga, a estrada no início estava toda asfaltada, mal sabíamos que era só no início... foram 21 km de uma estrada completamente abandonada, com os últimos resquícios de asfalto e mais ou menos 30 km até chegar em Nova Soure, isso porque pegamos o lado errado, o esquerdo, de uma bifurcação, porque o outro nos levaria para Sátiro Dias, a 18 km. Mas enfim, tinha que ser desse jeito né? Cansados da estrada em condições horríveis paramos apenas no Mirante de São José já na saída da cidade a caminho de Salvador.



terça-feira, 10 de novembro de 2009

De Assu/RN a Maceió/Al

Após 194 km chegamos em Natal, capital do RN, conhecida como a Cidade do Sol. Era segunda-feira, 12/10, dia de Nossa Senhora Aparecida e dia das Crianças. Com a ajuda do GPS chegamos facilmente na Pousada Arco-Íris. Ahhh o GPS!! Mais adiante falaremos especialmente dessa coisinha... Bem, nos encaminhamos para conhecer alguns lugares interessantes de Natal: o Morro do Careca, o maior Cajueiro do mundo e o Forte dos Reis Magos.

Do alto da avenida já avistávamos o Morro do Careca. A Praia de Ponta Negra onde está localizado o Morro é um pedacinho da orla potiguar de grande movimento, a areia da praia é escura e parece estar sempre molhada, as águas são turvas, porém tranquilas. O sol tava uma delícia, era feriado e, portanto, a praia estava cheia. O Morro fica ao final da rua de Ponta Negra, é na verdade uma enorme duna, mas não se pode subir nele, pois a ação do homem já estava modificando sua estrutura. O Morro recebe esse nome por lembrar a fronte de um careca... rsrsr

Dalí fomos conhecer o tão falado cajueiro, o maior do mundo. O cajueiro está localizado no município de Parnamirim, no distrito de Pirangi do Norte, a 24 km de Natal. A entrada de Pirangi já destaca no seu portal o tão afamado cajueiro.

O cajueiro está plantado lá desde 1988, seu tronco principal (esse da foto abaixo) divide-se em cinco galhos. De fato o cajueiro é espantoso pela sua dimensão e área de ocupação. Andamos e brincamos por entre seus galhos e raízes que se confundem umas com as outras. Tem uns paineís em formato de caju para que o visitante coloque o seu rosto lá... nossa que ridículo!!! kakaka... Nos sentimos os próprios Teletubbies!

Do alto de um mirante dá pra ver a dimensão da sua copa. Perguntamos se ele ainda dava frutos e nos informaram que o cajueiro estava doente... sinais da idade (?)... rsrsr... Ah! Para andar pelo cajueiro paga-se a módica quantia de R$ 3,00... ficou famoso... pronto... é demais!!!

O local tem toda uma estrutura para antender ao visitante com lojinhas, lanchonetes e restaurante. Almoçamos por lá mesmo e seguimos para o nosso último "compromisso turístico" escolhido o Forte dos Reis Magos. Ahhhh... Rogério ainda saboreou uma cachacinha de caju.

Ainda em Pirangi fomos até a praia para tirar umas fotinhas... tem gente que não pode ver água que já se encanta... rsrsrs

Saindo de Pirangi do Norte a caminho de Natal avistamos uma enorme imagem de Iemanja... aí já sabe né??? Não dá pra não parar e fotografar...

Para visitar o forte também se paga R$ 3,00... fazer o quê??? O forte é todo branco, está construído na areia da última praia da orla norte. O Forte dos Reis Magos é a primeira e mais antiga edificação da cidade e foi construída pelos portugueses.


Saímos pela orla admirando o litoral potiguar e a beleza da cidade.

Gostamos tanto da orla de Ponta Negra que à noite resolvemos ir dar uma volta por lá e comer alguma coisinha... advinhem o quê? Pizzaaaaaaaaa... rsrsrs. A orla a noite nos surpreendeu pela tranquilidade, limpeza da areia, boa iluminação e boas opções gastronômicas.

Manhã de terça-feira, 13/10, hora de arrumar a bagagem na moto e tomar um bom café para seguir viagem. Destino: João Pessoa/Pb.

João Pessoa é conhecida como Porta do Sol. Chegamos por volta das 10h e nos instalamos na Pousada Arco-Íris (coincidentemente é o mesmo nome da pousada em Natal), no centro, o que nos deixou muito próximos do Centro Histórico. Saímos a pé e notamos o nervosismo latente do trânsito, as buzinadas, os apitos dos guardas, um verdadeiro centro nervoso cosmopolita... aff, tanto tempo longe disso tudo...
O Centro Histórico se mistura com o centro administrativo do estado, o qual ocupa alguns prédios de arquitetura antiga muito bem conservados. Estes aí são o Tribunal da Justiça e a Governadoria.

Na praça umas esculturas chamou-nos a atenção, uma delas faz menção a NEGO, mesma inscrição na bandeira do Estado da Paraíba. O termo NEGO é do verbo negar e faz menção ao apoio negado por João Pessoa a candidatura de Júlio Prestes. Tanto a bandeira como o nome da capital são homenagens a João Pessoa... tá vendo??? Blog do Vírus também é cultura!!!

Já era meio dia e o estômago dava sinais de fome... rsrsr... almoçamos pelo Centro Histórico num local bem aconchegante Caçarola. Escolhemos peixe... não foi um dos melhores, mas o preço era convidativo, R$6,00. Decidimos dar mais uma volta pelo centro, paramos em um banco com uma escultura em bronze de um compositor local, fomos na lagoa, no monumento da Pedra do Reino e achamos interessante a leitura dos principais jornais na parede: as pessoas param e simplesmente ficam alí, lendo.


Resolvemos ir explorar a orla, que é dividida em norte e sul, toda ela é bem conservada e para um dia de terça-feira, fora da alta estação, estava com poucos banhistas a desfrutá-la.
Agora vou contar... o GPS... ô bichinho difícil... quando pensamos que sabemos operá-lo ele dá uma doideira... ele é bem temperamental!!! kakak... Mas já descobrimos que ele funciona bem mesmo é na cidade grande e mesmo assim se indicar direitinho o endereço por que senão... kakak ele nos levou para a praia no meio do mato... do outro lado da orla... Mas enfim, colocando o endereço certinho... ele nos leva a qualquer lugar e nos deixou direitinho no hotel!

Paramos em uma praia da orla só para registrar nossa passagem por alí, estava uma gostosa brisa e ficamos a brincar um pouco de capoeiristas... uma paródia!

Fomos também conhecer o Farol do Cabo Branco, uma torre triangular, bem diferente dos faróis que estamos acostumados a ver, que representa uma planta de sisal, uma das culturas do ciclo econômico da Paraíba, assim está na Net. Em pesquisa soubemos também que o farol não tem lanterna. Ao lado do farol tem umas barracas de lanche e de venda de artigos da cultura local... em uma delas tem uma cabeça de touro com chifres enormes, tirar foto com ela custa R$1,00... ninguém merece né? Rogério até tentou tirar de longe... fala sério!!!

Continuamos o nosso passeio pela orla... e adoramos achar água de côco por R$0,50, nunca vimos tão barato!!! E estava uma delícia, docinha, geladinha... gostoooooosa!

Quarta-feira, 14/10, saída para Recife, seguindo o roteiro, era 7h42.

Sabe aquela expressão entrar mudo e sair calado? Foi assim nossa passagem por Recife, um estresse geral. Foram 4 horas de idas e vindas pela cidade, entre o centro e a Boa Viagem, à procura de uma pousada, o que nos pareceu ao final não existir por lá. Perguntávamos e ninguém nos dava uma informação a respeito de pousadas. No centro da cidade HOTEL é MOTEL e na orla são hospedagens de grande porte, o que para o nosso objetivo financeiro não combinava. Queríamos um lugar modesto e limpo apenas para o pernoite... não foi dessa vez! rritados, cansados e com muito calor resolvemos seguir no mesmo instante para Maceió... já era mais ou menos 3 da tarde... o estresse deu lugar a adrenalina, com a vontade de chegar logo em Maceió e assim foi... chegamos à noite e mais uma vez o GPS ajudou a encontrar a avenida onde iríamos ver a pousada.

Quinta-feira, 15/10, amanhecemos em Maceió, depois de na noite anterior nos hospedar na Pousada João Davino e, por sinal, muito 10, dormimos o sono dos justos... kakakak
Acordamos e notamos uma chuva passageira que deu lugar a um delicioso e escaldante sol. A temperatura marcava 27 graus, beleza. Após o café saímos para trocar o óleo da moto. Fomos ao bairro de Jaraguá. Lá tem uma rua só de oficinas e lojas para motos e bicicletas. Paramos aleatoriamente em uma delas. Atravessamos a linha do trem e paramos a moto. A surpresa foi que pensávamos que a linha era desativada. Mas começamos a ouvir uma sirene típica de aviso de trem chegando e a pouos metros de onde estávamos passou um trem colorido... muito interessante! O que para um morador comum seria banal para nós foi surpreendente!

Atravessamos a ponte que liga Maceió a Marechal Deodoro e fotografamos no vasto manguesal.

Seguimos para a Praia de Pajuçara e desfrutamos das suas lindas águas azuis.

Fomos também na Lagoa da Anta, em Jatiúca, próximo da pousada em que estávamos.

Às 20 h saímos para o evento de moto o II Maceiócycle. Passeamos um pouo pelos stands, Carmen comprou um par de luvas novas e Rogério comprou palmilhas que prometiam ser reconfortantes... espeeeeeeera!!! Bebemos um suco de cana, o camarada da barraca disse que era o mesmo caldo de cana, mas ele trocou o nome pra chamar a atenção... jogada de marketing!!!

Na sexta-feira, 16/10, choveu um pouco, depois saímos para dar uma volta pela cidade e paramos novamente na praia. De noite voltamos ao evento, fizemos a insrição, entregamos a Neno, organizador do evento, o nosso trófeu Vírus da Liberdade e Motriz e recebemos o trófeu do Maceiócycle. Ah, enfim, encontramos com Carioca... haviamos marcado em Recife, mas nos desencontramos.
Sábado - 17/10 - Saímos muito cedo, às 5h50 para Salvador. Na saída de Maceió passamos por uma manifestação do MST... esse é um assunto questionável e bastante discutível... mas aqui não é o lugar!!! rsrsrsr... Seguimos ansiosos por chegar em casa. As férias foram ótimas, mas é sempre bom voltar! Abastecemos por duas vezes, em Malhada dos Bois/Se e na Linha Verde/Se. Paramos para comer pastel e seguimos para casa.

E assim foi toda a nossa viagem... enfim, voltamos a Salvador. Cansados mas cheios de idéias para as próximas férias e também para as curtas viagens que sempre fazemos. Foram 24 dias e o que podemos dizer ao final é que vivemos momentos de grandes alegrias, de muitos aprendizados e reflexões... experenciamos situações de intenso calor, mas também de júbilo cada vez que nos refrescavamos nas águas azuis do Velho Chico... vivenciamos a beleza da natureza por todos os lugares que passamos, às vezes não tão belas, mas mesmo dessas procuramos tirar o melhor... conhecemos diversas culturas e a grande diversidade social! Agradecemos a todos que de alguma forma fizeram essa viagem sair do jeitinho que foi planejada, aos amigos que encontramos e aos que conhecemos, aos nossos commpanheiros Alda e Ferreira e, a Deus, que permitiu que tudo ocorresse na maior tranquilidade.
Mas aguardem... tem muitas estórias que vem por aí!!!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

De Petrolina/Pe a Assu/RN

Após a grande estadia em Petrolina e, diga-se de passagem, cansativa porém, prazerosa, pois os nossos amigos não nos deixaram nem sós e nem quietos, o que nos deixou bastante felizes e agradecidos... foram muitos lugares, descobertas e companhias superagradáveis!!!... saímos como de costume às 7h20, 05/10 - segunda-feira, para Salgueiro, nossa próxima estadia, a caminho do 3 encontro em Assu/RN.
Paramos para abastecer em um posto na estrada, em Santa Cruz. Lá colocamos adesivos e, pra nossa surpresa, encontramos um mini latinha de Coca-Cola... em Salvador ainda não tinhamos visto uma dessa... tão lindinha e irresistível!!!!

No caminho para Assu passamos por algumas cidades e em especial por Ouricuri/Pe, cidade do amigo Euglan. Ouricuri é vizinha a Exu, a cidade natal do rei do baião Luiz Gonzaga! Essas duas cidades alternam anualmente a realização do encontro de motos e ambas se ajudam mutuamente. Em junho de 2010 será a vez de Ouricuri e, nós, já estamos dvulgando e fazendo a maior fénesse evento!!!

Chegamos em Salgueiro/Pe por volta das 12h. Já sabíamos que ficaríamos na chácara do MC Andarilho e quem nos recebeu na cidade foi Júnior que nos levou até o local, acerca de 3 km do centro da cidade. Na chácara tem uma moradora muito especial para os integrantes do Adarilho: Laura, a arara mascote do MC. Lindíssima!!!

Bem, depois de nos encatarmos com Laura, deixamos os trecos e seguimos com Júnior para conhecer um pouco de Salgueiro. Júnior contou um pouco da história de nascimento da cidade e nos levou até a Igreja Matriz de Santo Antônio, uma construção do Século XVIII, erigida por conta da promessa de uma mãe por encontrar seu filho Manoel de Sá, após três dias de sumiço. Esse garoto mais tarde se tornaria prefeito da cidade.

O garoto Manoel foi encontrado sentado oas pés de um salgueiro, que ainda está plantado no mesmo local.

Apesar do passeio enriquecedor o dia estava quente e estávamos com sede e com muita fome, daí fomos almoçar. Acabamos de almoçar e fomos conhecer a sede do MC Andarilho.

Seguimos para ir conhecer o Studio Talismã, aonde são realizadas as gravações do grupo Limão Com Mel. Conhecemos todo o studio e ainda posamos de pop star!!! Alí tivemos uma surpresa, fomos convidados para um churrasco oferecido pelo MC por nossa passagem por Salgueiro... hummmm!

Já era noite, mas antes de seguirmos passamos na oficina de Índio, outro integrante do Andarilho e sua esposa nos ofereceu um delicioso suco de acerola e bolo de abóbora... simplesmente demais!


Enfim, seguimos para a sede do Andarilho e nos reunimos com outros amigos do MC. A turma do Andarilho foi muito simpática e o churrasco correu noite adentro... mas precisavamos descansar, afinal, na manhã seguinte continuaríamos a viagem... nos despedimos e agradecemos a todos!
Manhã de terça-feira, 06/10, tomamos um gostoso café: cuscuz, ovos mexidos, pão, café, leite... td muito bom, preparado pelo dono da chácara... que chique hem?? Nos despedimos de Laura que só queria ficar com Rogério... ai, ai!

Júnior nos conduziu a té a saída de Salgueiro e partimos para a nossa próxima parada em Milagres. Precisávamos abastecer e entramos numa pequena cidade, Brejo Santo, vimos de longe a torre da igreja e fomos até lá. A pracinha muito encantadora com um altar fora da igreja e, vejam só, azul!!! Como em toda cidadezinha do interior as pessoas ficam curiosas e até mesmo cismadas quando nos veem chegar. Algumas mais curiosas do que cismadas se aproximam, conversam e pedem pra tirar fotos... nos tornamos atração!

Chegamos em Milagres/Ce e nos hospedamos na Pousada BR. Transpassamos mais uma fronteira: Pernambuco/Ceará. Era muito cedo e a cidade não nos oferecia muito para conhecer além da igreja e do monumento em homenagem ao Padre Cícero, os quais iríamos conhecer mais tarde. Assim, como estávamos próximo a Juazeiro do Norte, mais ou menos 70 km, resolvemos ir até lá. Viagem prometida por Rogério e que, oportunamente, estava sendo cumprida. O sol era escaldante, a unidade baixa, brisa nenhuma o que tornou o passeio exaustivo, ainda mais na volta, com o corpo já pedindo descanso e o calor castigando. Fomos visitar o maior ponto turístico da cidade de Juazeiro do Norte: o Santuário de Padre Cícero

Uma enorme estátua branca se ergueu aos nosso olhos. O acesso se faz por uma íngreme e extensa ladeira, depois uma rampa e escadas... uma canseira só! Tudo lá é pago: estacionar, usar o banheiro, tirar foto... rsrrs... assim, uma foto com a mão do Padre tocando a sua cabeça sai por R$3,00, mas se for na sua máquina sai por R$1,00, pode??? Bem, amarramos fitinhas, demos três voltas na bengala do padre... rsrrs... dizem que dá sorte, ida e volta..."a fé não costuma faiá..."deixamos nossos adesivos por lá, aos pés da estátua e descemos para o Memorial.


Na descida há uma escultura de rostos de várias personalidades religiosas esculpidas em um tronco. Ao descermos a rampa notamos umas imagens pequenas de Padre Cícero, dispostas sobre o muro , mas todas tinham a cabeça da imagem decepadas... não entendemos o porquê... no mínimo achamos estranho.

Na praça do memorial há uma espécie de aparadouro de ferro utilizado para os fiéis acenderem velas. Também acendemos e fizemos pedidos e agradecimentos. Olha só o orelhão de lá? O chápeu do padre... muito engraçado!

Retornamos para Milagres, com um sol escaldante na nossa cabeça... lugarzinho quente viu??? À noite fomos até o portal da entrada da cidade. Quarta-feira, 07/10, hora de botar as rodas na estrada. Próxima parada: Cajazeira e outra fronteira a ultrapassar Ceará/Paraiba. Antes, fotografamos na igreja matriz e no cruzeiro. A Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres foi erigida pelo português Souza Presa, em meados do Século XVII como pagamento a uma promessa por ter se livrado de ser devorado pelos índios Tapuias.

Chegamos em Cajazeira/Pb. Nos hospedamos no Hotel Cacique. A cidade recebe esse nome porque foi exatamente a árvore cajazeiras que deu origem à fazenda que iniciou o povoamento. É uma cidade com praças bem cuidadas, coretos e igrejas. Chegamos em semana de festa da padroeira Nossa Senhora de Fátima

Dalí saímos para conhecer a Pedra do Galo. Uma grande pedra pintada de branco com um galo em metal fincado. Quando achamos a pedra ficamos surpresos pois nossa expectativa era encontrar, talvez, uma pedra com forma de galo... ou algo parecido... ficamos um pouco sem graça mas não perdemos a pose... rsrsr... Cogitamos que em tempos remotos, no inicio do povoamento ela deve ter servido como orientação para viajantes pois está no alto de um morro e à época deveria ser pouco habitado por alí, bem diferente de agora, mas, enfim, tiramos fotos.

Bom, continuamos nosso turismo e fomos até o morro do Cristo Rei que nos deu uma visão fabulosa da cidade.


Almoçamos em um restaurante popular no centro da cidade. O dono conquistou a nós pela sua simpatia e atendimento despachado...

Conhecemos ainda o Açude Grande.

Retornamos à noite para a praça da festa da padroeira, a igreja estava toda iluminada, dando um brilho especial ao local. A missa já acontecia e o povo começava a chegar. Havia um palhaço em madeira, achamos que era tipo aqueles brinquedos de acertar a bola no buraco, mas o interessante para nós foi lembrarmos do nsso amigo General.


O mais gostoso ainda foi poder ir no parque e nos divertimos como duas crianças no barco pirata. Foi um misto de grande alegria, com muita risada e de pavor quando aquele troço ia lá pro alto... saímos trêmulos, roucos e eufóricos!

Quinta-feira, 08/10, e olha nós arrumando a moto mais uma vez. Dessa vez em direção a Catolé do Rocha/Pb.

Entre as cidades de Marizópolis e Sousa, o verde da natureza se torna mais frequente, modificando o cenário de seca para plantações de bananas, açudes margeando a estrada e muitos morros. Chegamos em Catolé e de novo não tinhamos feito reservas e de novo achamos um lugar bem legalzinho na entrada da cidade: Pousada Campos.

Catolé é o nome de uma palmeira nativa abundante na região e Rocha é uma homenagem ao fundador da cidade. A catedral tem uma torre bastante alta que pode ser vista de vários pontos da cidade e apesar do calor e do sol forte a temperatura era bem agradável com uma leve brisa.

Saímos pela cidade à procura de um barbeiro para desbastar os cabelos de Rogério. Achamos um lugar simples, mas arrumadinho. O barbeiro estava chupando um picolezinho e depois, mãos à obra... pega dali, corta daqui, prepara o secador... éeee... muito chique!

Cabelos cortados, seguimos para conhecer o morro das antenas. Mais um lugar desse mundão que nos oferece uma visão pivilegiada de toda cidade. A subida é toda em pedra e bem sinuosa. Lá no alto grandes pedras, uma capela e uma cruz. Era um panorama espetacular!

Não estava muito quente mas resolvemos ficar pela praça nos refrescando e tomar um sorvete.

À noite voltamos a praça para fazermos um lanche na lanchonete Madrugão, muito bom!

Saímos às 7h para Assu/RN. Era dia 09/10, uma sexta-feira. A estrada era de barro mas dava para seguir. Além do mais o cenário nos convidava a parar e tirar algumas fotos, do jeitinho que a gente gosta.


Paramos na primeira cidade, Campos, para dar uma esticadinha nas pernas e ajustar a coluna... afinal, estrada de barro dá uma boa castigada.

Saímos às 7h para Assu. Era sexta-feira, 09/10, primeiro dia do encontro de moto o V Vale Assu Motofest. Após nos instalarmos na Pousada 22 de Dezembro fomos para o local da recepção sendo recebidos pelo organizador do evento. Antes, porém, vou relatar duas curiosidades iniciais: o nome da cidade pode ser escrito com Ç ou SS e Assu quer dizer grande na língua tupy. Aliás, Assu foi habitada por índios da tribo Tapuias até meados do Século XVIII quando foi colonizada pelo homem branco. A outra curiosidade é que o nome da pousada é a data de niver de Carmen... uma alegre coincidência!

Daí, "turismando", conhecemos a Praça São João Batista, conhecida como o local de realização do "maior São João do Mundo", segundo a internet. Na praça tem a Igreja Matriz de mesmo nome, mas que está passando por uma grande reforma.
Assu é uma cidade agradável, berço de poetas e intelectuais e tem na extração da cera da carnaúba a base de sua economia. Isso e mais um pouco nos foi dito por alunos das escolas da cidade que estavam expondo curiosidades locais, na verdade uma olímpiada escolar de conhecimentos gerais, na mesma área do evento de motociclismo. E cabia aos visitantes dar a maior atenção para que a tarefa fosse cumprida com êxito. Parabéns as escolas pela tarefa desenvolvida, nota 10!!!

Já no evento fizemos a inscrição e tiramos fotos com motociclistas de várias outras cidades do Rio Grande do Norte. Recebemos o trófeu do encontro e entregamos aos organizadores o nosso trófeu Vírus da Liberdade e Motriz, era o terceiro!

Nosso principal objetivo turístico em Assu era conhecer a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves e contorná-la a partir das cidades que a barragem beneficiou: Itajá, São Rafael, Jucurutu e Triunfo Potiguar. A barragem está localizada na cidade de Itajá, de onde iniciamos nossa voltinha... rsrsr.

De Itajá para São Rafael, que foi a única cidade beneficiada pela barragem que precisou ser removida e alagada pelas águas do rio piranhas/assu. Toda a cidade original está embaixo d'água.
Em São Rafael, defronte a um muro de pedras, adentrando a cidade, pegamos uma estrada de barro que nos levaria até o local da cidade submersa. Da margem do rio vimos o que ficou visível da cidade: a torre da igreja (as 4 últimas fotos desse quadro).

A estrada que nos levou a Jucurutu, nome do pássaro que pousou na torre da primeira igreja da localidade, segundo um mmorador, nos proporcionou diversos cenários para fotos.

Atravessamos a ponte sobre o Rio Piranhas a caminho de Triunfo Potiguar.

Terminamos o nosso passeio e fomos nos reunir com outros motociclistas para realizarmos o tour pela cidade. Mais ou menos 100 motocilcistas reuniram-se e passearam pelas ruas de Assu até a BR a caminho do povoado de Pataxó, um ponto de apoio antes de chegarmos ao local do churrasco. Fomos recepcionados por outros motociclistas que já estavam por lá e que nos ofereceram bebidas e biscoitos.



Saímos do povoado para o Clube Acqua Ville aonde estava sendo servido um churrasco, com baião de dois e farofa, tudo muito gostoso!

Segunda noite do evento, a praça movimentada, show no palco e o "Caveira"dando a sua palhinha.

Manhã de domingo (11/10), fomos "turismar". Saímos para conhecer Mossoró e uma parte do litoral potiguar. Em Mossoró vimos as estátuas gigantes de sucata, a Igreja de São Vicente, o Memorial dos Combatentes em homenagem aos combatentes de Lampião em 1927 e o Palácio da Resistência (um lindo prédio azul!!).


Continuamos o passeio para a praia de Tibau, acerca de 36 km. A primeira praia do roteiro do sertão ao mar, na qual não poderíamos deixar de tomar um banho e sentir as águas salgadas potiguares apesar do tempo estar nublado e com alguns chuviscos, refrescando-nos um pouco o que nos fez lenbrar das cidades do sertão que passamos.

De Tibau para Grossos e fazer a travessia de balsa para Areia Branca. Em Grossos nos encantamos com um imenso catavento, desativado, em madeira avermelhada e branca, antes de chegar até o portinho. A balsa é uma pequena embarcação com capcidade para seis carros e seis motos, em média. A travessia dura 15 minutos, em águas tranquilas, com um belo visual do manguesal. A vista da cidade é encantadora... avistamos a igreja e os morros de sal.


Ao desembarcarmos em Areia Branca/RN, vimos o marco zero, a igreja e o mais curioso, a árvore do amor. Localizada na segunda praça, a direita. Uma amendoeira que tem em um de seus galhos uma formação em forma de "peru"... kakaka... é isso mesmo... tal qual se vê na foto!

As salinas foi um deslumbre a parte, verdadeiras pirâmides de sal. Todo aquele branco dá uma magnitude ao local contrastando com o maravilhoso azul do céu...

Maravilhados, partimos em frente para o litoral potiguar de praias como Upanema. É isso mesmo com U!!

Chegamos a Praia Ponta do Mel, segundo a net, único lugar do mundo onde o sertão encontra o mar. Essa informação dá um sentido maior ao nosso roteiro.

Além de todos os encantos da rodovia, parávamos com frequência para chupar caju direto do pé.

A rodovia é bem próxima ao litoral, margeada por falésias coloridas, dunas claras e areias avermelhadas. Uma beleza de estrada, de encher os olhos de qualquer motorista e seu veículo.

Após o litoral passamos pelas cidades de Carnaubais até chegarmos de volta a Assu, para descansar e no dia seguinte seguirmos para Natal/RN.