quinta-feira, 14 de julho de 2011

PETROLINA/PE - 08 A 11/7/11

O ponto de encontro foi o de sempre: o Posto 1000 da BR 324. A companhia foi diferente, mas muito divertida: Dalva e sua Bandit vermelha. O destino, uma velha conhecida: Petrolina/PE e um concorrido encontro, o Moto Chico.


Uma estrada boa favorece muito a viagem. Apesar dos costumeiros animais na pista, coisa muito comum nas estradas nordestinas, todo o percurso foi muito tranquilo. Já pelo meio do caminho ultrapassamos e fomos ultrapassados por diversos motociclistas que imaginamos estarem indo para o mesmo lugar.


Apesar da tranquilidade, já entardecia quando nos aproximamos de Juazeiro e foi inevitável não parar para admirar o por do sol formando um admirável crepúsculo. Agora era só atravessar a ponte... ("As margens do São Francisco, beleza que me fascina, a natureza acatou, mão de Deus abençoou: Juazeiro e Petrolina...").


Por volta das 18h00 chegamos em Petrolina/PE, mais precisamente na recepção do XII Moto Chico. Para nossa grande alegria, fomos recebidos por Cheldon, Jean, General e Paulo Barros. Não poderia ser melhor!


Petrolina/PE é nossa cidade xodó. Guardamos um enorme carinho por ela e pelos amigos queridos que temos lá. Dois deles, mais do que amigos, Cida e Cheldon nos convidaram a ficar na sua casa. E podemos garantir que compartilhamos momentos de grande alegria!



Tratamento especial em casa e também no evento, o Cabras de Aço fez questão de brindar a todos os motociclistas que chegavam para o encontro.

O Moto Chico é o tipo de encontro que todo mundo pergunta se você vai e todo mundo pergunta se você foi... É um grande encontro, daqueles que é necessário ter um ponto de encontro para poder ver e rever amigos. Apesar de já ter havido movimento desde a noite anterior, quinta-feira, foi na sexta-feira, 8/7/11, que se deu a abertura oficial com uma bela queima de fogos.





Um dos atrativos do Moto Chico são as tendas de moto clubes que deram apoio ao evento e daqueles que querem ter um lugar mais especial para receber os amigos. Um deles que fizemos questão de visitar foi o do MC Kavaleiros de Aço. Dar uma voltinha pelo evento é ter a possibilidade de visitar os stands de produtos de moto e de encontrar muita gente amiga.




Com uma extensa programação de shows, o Moto Chico se destaca pelo farto café da manhã oferecido no sábado. E café da manhã nordestino é de uma grande diversidade, teve até um trio de forró para animar a galera e a hora da refeição, em toda grande família, é o momento de comer, trocar idéias, firmar amizades e compromissos. Naquele momento o nosso compromisso era muito passeio.






Ao nosso compromisso se juntaram outros amigos e em bando saímos juntos para Sobradinho/BA, pelo lado baiano, atravessando para Juazeiro/BA.



No município de Sobradinho encontra-se o maior lago artificial do mundo formado pelo Rio São Francisco. Suas águas nesse trecho ganha uma cor azulada, fazendo aquele espelho d'água parecer um grande oceano. E pensar, que há algumas semanas estávamos tão longe, em Pirapora/PG, nos banhando nas águas do Velho Chico, perto da sua nascente...
Construída para gerar energia para a região, nos idos de 1974, a Barragem de Sobradinho fez desaparecer as cidades de Casa Nova, Sento Sé, Pilão Arcado e Remanso, que foram mudadas de lugar. Uma saga do sertão nordestino que ficou imortalizada na música de Guarabira, Sobradinho. ("Adeus Remanso, Casa - Nova, Santo-Sé. Adeus Pilão Arcado, vem o rio te engolir. Debaixo d'água lá se vai a vida inteira. Por cima da cachoeira a Gaiola vai subir. Vai ter barragem no salto do Sobradinho...).


Para manter o trecho do Rio São Francisco navegável foi incorporada a barragem uma eclusa e vê-la em funcionamento é privilégio de poucos. Há tanto tempo fazendo esse tour foi a primeira vez que presenciamos essa beleza da engenharia funcionando e ela é a quarta em maior desnível do mundo, são 32,5 m.







Depois de presenciarmos o grande show da eclusa de Sobradinho rumamos para o cruzeiro de onde temos uma bela visão panorâmica. A subida é íngreme e toda de paralelepípedos e é preciso ter uma certa perícia para não cair... Lá no alto, além do cruzeiro o atrativo maior é a rampa de voo livre. Especialmente naquele dia o vento estava cruel... rsrsr... Haja força na peruca pra manter os cabelos arrumados e os pés firmes no chão!



Continuamos o passeio e seguimos pelo lado pernambucano para chegar até o ponto de embarque para a Ilha do Rodeadouro. A charmosa e rápida travessia pelo São Francisco pode ser feita tanto por Juazeiro/BA quanto por Petrolina/PE.



A ilha forma uma praia com areia alva e água cristalina e dessa vez, muito gelada!!! Mas, não dá para não tomar um banho e espantar a preguiça... rsrsr. As barracas dispostas ao longo dos dois lados da ilha, dispõem de serviço de bar e restaurante para satisfazer ao paladar. De carne de bode a peixe, se pode apreciar muitas delícias da culinária local.



O valor de R$3,00, por pessoa, pagos para a travessia de ida para a ilha garante a volta.



De volta pra Petrolina, Rogério resolveu que era hora de trocar o óleo da moto. Não foi dessa vez que nos desfazemos da Azuleica e querem saber? Nós adoramos essa moto!



A terceira noite do Moto Chico estava tão cheia quanto as outras anteriores. Mesmo assim, no nosso ponto de encontro e nas voltas pelo evento conseguimos ver muitos amigos.



'As 5h00 de domingo já estávamos de pé e prontos para voltar para Salvador/BA. Não chovia, porém mais adiante a chuva nos pegou e nos acompanhou até o município de Gavião/BA. O sol, insistentemente, conseguiu aparecer e ficou com a gente até chegarmos em casa. No meio do caminho nos encontramos com um ciclista viajante, Juarez, que em sua magrela já rodou uns 20 mil km entre o Brasil e alguns países fronteiriços.


Mais uns quilômentros que se foram... Mais um evento que participamos... Mais amigos que encontramos... Mais alegrias que compartilhamos... Mais emoções que vivemos... Ao final a soma só está aumentando e não só em quantidade, mas em qualidade também! E essa é a nossa maior alegria, fazer tudo isso sentindo o vento no rosto, vendo a natureza passar e, como já dizem, fazendo parte dela... Nós vamos!!! ("O sol é tão bonito, eu vou! Sem lenço, sem documento nada no bolso ou nas mãos. Eu quero seguir vivendo. Amor, eu vou, por que não, por que não...").