sábado, 24 de setembro de 2011

DE TOLEDO/PR A MIRANDÓPOLIS/SP - 11 A 17/9/11

"O sol já raiou, a alegria é maior é um estado de paz..." Com sol tudo fica melhor e a viagem é mais prazerosa, podemos desfrutar mais o que o cenário natural nos oferece. Saímos no domingo para cumprir a nossa segunda etapa das férias e chegar em Mirandópolis/SP. A estrada boa, como sempre, permite uma boa viagem. A vasta planície se abria a nossa frente, nos mostrando a riqueza da região retratada nos canaviais e nas usinas...

O nosso plano era seguir até a cidade de Umuarama/PR, mas o improvável aconteceu..., na cidade os dois hotéis estavam cheios, sem vagas, sem leitos disponíveis... aff!! Sem muito o que fazer, voltamos a estrada e de cidade em cidade procurávamos um hotel e nada! Aliás, bem diferente de Minas e do Nordeste, os postos das estradas e as entradas de pequenas cidades não dispõem desse apoio de hospedagem, pelo menos no percurso que fizemos entre Paraná e São Paulo. Bem, nosso suplício teve fim na cidade de Paraíso do Norte/PR, cidade pequena, com poucas opções de hotéis e restaurantes, mas achamos o Hotel Mariá, a R$ 80,00 e almoçamos em um tranquilo pesque-pague.


Depois da aflição na procura por hospedagem ficamos com "um pé atraz" com a próxima cidade. Nos dirigimos a Paranavaí, ainda no Paraná, desenvolvida entre os rios Paraná e Ivaí, daí o seu nome. A atração da região, segundo o Edson, do Hotel Excelsior (R$65,00) onde ficamos era ir curtir a orla do Rio Paraná na cidade de Porto Rico, a uns 100 km dalí.

Sem opções e com o espírito estradeiro acirrado, saímos em busca do prometido aprazível lugar.

De fato o local era muito bonito e bem organizado, com formações de praias de água doce, mas por ser segunda-feira estava uma "paralísia" tão grande que nos desanimou a ficar. Pela primeira vez avistamos terras do Mato Grosso do Sul.

Por uma estrada de barro, seguimos uns 16 km até outra localidade, Porto São josé, també as margens do Rio Paraná fazendo a divisa com o Mato Grosso do Sul. Igualmente a Porto Rico, era um balneário com praias fluviais e igualmente "vazia". De lá é possível fazer a travessia para o outro estado, mas não havia balsa disponível..., não foi dessa vez que conheceríamos o Mato Grosso do Sul.

Terça-feira e o nosso destino era para Presidente Venceslau/SP. Saímos do Estado do Paraná passando pelo Rio Paranapanema e chegando ao Estado de São Paulo tivemos à vista a Barragem de Jurumirim.

Em São Paulo experimentamos novamente a receptividade paulista na cidade de Presidente Venceslau onde recebemos o apoio de Wanderson, do Escuderia Estradeiros de forma tímida e acolhedora.

Ao chegarmos em sua casa à nossa espera estava uma enorme panela com um delicioso arroz de carreteiro preparado pela Mariana, sua esposa.

A ideia, depois do almoço, era sair para passear e lá fomos nós para uma grande surpresa. Mais uma vez o Rio Paraná entra na nossa história e dessa vez atravessamos ele e fomos até o Mato Grosso do Sul.

A construção da ponte fez desaparecer a antiga rodovia, da beirada da ponte ainda podemos ver resquícios dela. A travessia é curta, bela e a emoção é gritante.


Chegamos ao Porto XV de Novembro, distrito de Bataguassu/MS, com seus quiosques de artesanato em madeira da fauna e flora da região.

Fizemos a travessia de volta e fomos a Presidente Epitácio/SP e conhecemos a orla igualmente organizada do Rio Paraná, o Balneário Figueiral. Dessa vez chegamos próximos àquelas belas águas azuis, oportunidade que Carmen não perdeu de colocar as mãos nelas.




Apesar de já estar próximo das 18h o sol ainda estava tinindo (ah, se fosse em Salvador...). Ao retornarmos a farra já estava organizada, rolou um churrasco no ponto com participação de mais amigos além de Wanderson, Mariana e Bianca: Edgar, Taga, Fer, Bragato e Meire.





Após um café feito pelo nosso anfitrião saímos para Dracena/SP, deixando e levando uma promissora amizade e a promessa de nos encontrarmos no evento de Mirandópolis/SP.

Uma vez em Dracena/SP (planta de folhagem verde e amarela) nos admiramos com a quantidade de maritacas a gritarem nas árvores, um barulho ensurdecedor, porém gratificante, uma sensação de que a natureza está viva! Fomos até Paulicéia/SP e mais uma vez atravessamos para o Mato Grosso do Sul depois de passearmos pela orla fluvial.



Do lado do Mato Grosso do Sul nos adentramos mais um pouco e chegamos até Brasilândia/MS, onde almoçamos.

Na quinta-feira nosso destino foi Andradina/SP, daí em diante nosso cenário começa a se modificar e passamos a ver menos trigais e canaviais. Muito interessante nessa região de São Paulo foi a quantidade de penitenciárias, a todo instante havia a indicação de uma e em certas cidades do interior paulista pareciam haver menos gente do que nas portas dos presídios. Passamos por uns cinco e nosso amigo nos falou de como essas instituições movimentam a economia das cidades ao seu redor...
Paramos para apreciar o urucum e Rogério fez uma das suas gracinhas pintando sua cara, não sabemos se ele queria parecer um índio ou Rambo... rsrsr

Após uns 77 km chegamos a Andradina/SP, terra do Rei do Gado. Segundo contam, um baiano (Antonio Joaquim Andrade) que fez riqueza por lá e fundou a cidade a qual em sua homenagem recebeu o nome de Andradina. Bem, fomos ao passeio e conhecemos as cidades de Pereira Barreto situada as margens do Rio Tietê, que nesse trecho continua lindo. Ficamos encantados em ver o Tietê de águas azuis, navegável e gerando vida. Difícil esquecer o seu trecho poluído na cidade de São Paulo, tão falado nos noticiários e intrigante o ver tão lindo tantos quilômetros depois...



Ainda era cedo e espichamos até a Ilha Solteira/SP. Fomos até a praia fluvial formada pelo nosso agora amigo Rio Paraná e passamos mais uma vez para o Mato Grosso do Sul atravessando a barragem da Usina Hidrelétrica Ilha Solteira. Nesse trecho vimos o reservatório formado pelo represamento, o terceiro maior artificial do Brasil.


Uma boa estrada nos convida sempre a percorrê-la... Seguimos a estrada e chegamos até Três Lagoas e atravessamos o Rio Sucuriú e nos surpeendemos com a gigantesca estrutura formada pela barragem com eclusa.



Faltava pouco para Mirandópolis/SP, acerca de 48 km. O extenso passeio do dia anterior e a proximidade com o nosso destino nos deu o luxo de sairmos um pouco mais tarde... Chegamos em Mirandópolis/SP e de imediato nos hospedamos no Hotel Tropical (R$100,00). Cidade de clima bom e temperatura agradável, porém sem atrativos. Assim, saímos a explorar a região que teve grande influência da colônia japonesa, por essa razão vimos diversos prédios com a bandeira nipônica e a fachada de cor vermelha.

Conhecemos o extenso bambuzal, a fonte de água natural e a imagem de Nossa Senhora das Graças, que tem aos seus pés uma serpente (a medalhinha de Carmen é da mesma santa), do município de Pacaembú/SP.


Mais um trechinho de terra e passamos por quilômetros de canaviais e usinas. Mais uma vez nos deparamos com penitenciárias..., isso é um mal necessário!



À noite fomos ao evento e nos surpreendemos, de novo, com a distinção de motos grandes e pequenas, parece mesmo que é um costume dessa região...

O primeiro dia do X Moto Fest de Mirandópolis, como em todo evento, transcorreu na maior tranquilidade. Nos apresentamos ao organizador, Alemão, do SP 300, que se mostrou muito receptivo com nossa presença, aliás já nos comunicávamos por e-mail. Tanto no evento de Toledo/PR quanto nesse de São Paulo havia área destinada com segurança para o show de Willing. O acesso para o evento era realizado mediante o pagamento de R$ 15,00, para qualquer pessoa, valendo para os três dias do evento, independente se era motociclista ou não.



Conhecemos Peri, presidente do SP 300 que fez questão de nos entregar o troféu do evento e, em retribuição, presenteamos o Moto Clube com o Troféu Férias/2011 Vírus da Liberdade MC.

No dia seguinte, sábado, para passar o tempo fomos fazer algo de que gostamos muito: percorrer caminhos na aventura do conhecimento. Já havíamos saído pela esquerda no dia anterior, dessa vez a saída para a direita era a nossa única opção. Foram apenas 12 km passando por plantações de abacaxi até que chegamos a cidade de Guaraçai/SP, grande produtora de abacaxi... rsrsr


A expectativa para o evento era grande, na noite anterior as bandas de rock se sucederam acompanhadas de um público misto de poucos motociclistas e muitas pessoas da cidade. Mas, durante o sábado, vários motociclistas chegaram a cidade e a noite o evento se encheu deles que chegavam fazendo muita zoeira.




Os dois encontros, de Toledo/PR e o de Mirandópolis/SP, se assemelham na organização mas se distanciam dos que estamos acostumados a participar..., mas é assim, todos tem seu valor! Valeu e tem valido o que até agora nós conhecemos e aprendemos!!!