quarta-feira, 7 de setembro de 2011

DE SALVADOR/BA A TOLEDO/PR - 01 a 10/9/11

Ainda não havíamos ido tão longe... Nas férias nos permitimos a esticar a estrada e experimentar ares mais distantes. Dessa vez, dividimos o nosso roteiro em três etapas e encontros: IV West Road Encontro Internacional de Motociclismo - Toledo/PR, X Moto Fest de Mirandópolis/SP e III Moto Fest de Santa Bárbara do Tugúrio/MG. Para cumprir esse extenso roteiro de um pouco mais de 6.000 km saímos de Salvador/BA na noite de 31/08, já para encurtar o tempo, para Camassandi/BA. A idéia era fazer uma média de 400 km/dia e chegar no primeiro dia de evento, 08/09/11. Foi um início mais do que bom, uma noite estrelada, um mar calmo, uma travessia tranquila.

Passamos o dia 01/9 em Camassandi/BA e é inevitável não ir na Praia do Garcez. Uma estrada de chão firme alternando com areia, passando por rios e vila e chegamos a um paraíso ainda quase esquecido...






Na sexta-feira, 02/9, saímos cedo por Valença/BA a caminho de Porto Seguro/BA. O dia frio e por vezes chuvoso nos acompanhou por todo instante. Chegamos em Porto com fortes ventos e um dia cinzento e, cá pra nós, Porto Seguro sem sol, ninguém merece!!! O jeito foi ficar em casa e curtir uma noite familiar saboreando um macarrão a carbonara..., nada mal...



Terceiro dia de viagem (sábado - 3/9), o próximo destino foi São Mateus/ES. Antes de viajarmos recebemos apoio de alguns amigos em lugares distintos do nosso roteiro. Isso foi muito bom, reduz as despesas e temos a possibilidade de compartilhar momentos com irmãos de outros lugares. Assim, ao chegarmos em São Mateus/ES fomos recepcionados pelo BR Carlos que nos conseguiu uma hospedagem no Hotel Lua e Sol (R$70,00), próximo à praia da Ilha de Guriri. Desfrutamos de um almoço na orla de Guriri juntamente com outros amigos, Roberto e Helcio.


Uma conversa animada com troca de idéias e informações foi o teor do nosso bate-papo. Em seguida, depois de agradecimentos e algumas fotos, saímos a explorar a praia, na verdade uma ilha cercada pelo Rio Mariricú que se encontra com o mar. A ilha tem uma Área de Proteção Ambiental, com vegetação rasteira, pequenas dunas e com extensas áreas de plantação de coqueiro, foi uma espécie de coco pequeno que deu nome à ilha.



Mesmo tomando alguns cuidados de proteção para o frio, a falta de costume fazia a situação parecer mais difícil... (precisamos nos acostumar com isso...). No domingo, 4/9, quarto dia de viagem, o frio nos acompanhou por todo o percurso. As paisagens um pouco mais diferentes começavam a nos encantar...


A estrada boa e pouco transitada facilitou a chegada até Vitória/ES. Quem não facilitou a viagem foi Azuleica que, para variar, quebrou a corrente em pleno centro capixaba. Menos mal, afinal Rogério já está craque. Problema resolvido, não sabíamos muito bem onde estávamos em Vitória/ES. Com a ajuda do BR Calixto, Pequenos Estradeiros de Eunápolis/BA, por telefone ele contatou com outro BR de Vitória, Romildo que mandou sua filha, Fernanda, do MC Garotas Motociclistas e nos encaminhou para a saída de Vitória... ufa, valeu, mas que mico!!!

Depois do sufoco, quase primário, seguimos caminho para Campos dos Goytacazes/RJ, por lá já nos aguardavam Ronald e sua família.

Devidamente instalados e cheios de atenção dada pelos familiares, esposa e do próprio Ronald, saímos um pouco tardiamente a conhecer a cidade. Mas tudo vale a pena... Conhecemos a Igreja da Lapa, a orla iluminada de Campos, a Igreja Matriz de São Salvador e a Exposição de aniversário do mais antigo moto clube de Campos.


Madrugada de segunda-feira(5/9), o dia muito escuro e o frio ainda intenso saímos rumo a Resende/RJ.

Um caminho já conhecido nosso, a pedra de Nossa Senhora do Egito e do elefante em Itaocara/RJ. A estrada continuava boa e com belas paisagens, entre sobe e desce de serras chegamos a Rodovia Dutra.


A Via Dutra, famosa por ligar o Rio de Janeiro a São Paulo é pedagiada, tem excelente sinalização e asfalto, mas é uma rodovia veloz, de intenso trânsito de caminhões pesados. É preciso ficar muito atento, a impressão é que todos dirigem no limite da velocidade máxima. Enfim, sob um pouco de tensão e menos frio, chegamos a Resende/RJ que é famosa por sediar a Academia Militar das Agulhas Negras - AMAN.
Por fazer divisa com Itatiaia/RJ, o turismo fica voltado para também conhecer Penedo, uma colônia finlandesa, distrito de Itatiaia. Nosso amigo, Roberto, de São Mateus/ES nos deu essa dica. Na estrada para Penedo, de longe já podemos avistar o pico das Agulhas Negras. Apesar de ser uma área de clima frio, não estava tão assim (ou éramos nós que ejá estávamos nos acostumando???). Com rios encachoeirados a exemplo das Três Bacias e um comércio de chocolates dos mais diversos, foi possível desfrutar um pouco daquele lindo lugar. Há muito o que se ver em Penedo, Itatiaia e Resende..., um pouco de cada vez!



Em Resende/RJ nos hospedamos no Hotel Avenida de Resende, R$80,00. De Resende/RJ para Arujá/SP. Era o sexto dia de viagem, uma terça-feira, o sol e o frio disputavam o clima, nós, é claro, torcíamos para o sol. Já mais próximo de Arujá/SP, passamos por Aparecida, não entrar e dar uma volta seria um grande pecado. É uma pena que um lugar tão lindo e cheio de fé tenha se rendido ao comércio..., sinal dos tempos. Mas, enfim, o Santuário de Aparecida é realmente muito bonito.



Continuamos nossa viagem e chegamos em Arujá/SP. Quem por lá nos recebeu foi Rambo, do Via Brasil. Nos dando toda atenção, hospedagem e mimos o nosso anfitrião foi de fato um irmão. À noite nos reservou uma surpresa nos levando até São Paulo, Capital, uns 25 km, para conhecermos o Ibira Moto Point.




É um encontro semanal muito maior que alguns encontros em que vamos. Reunindo uma diversidade de estilos o Ibira, como carinhosamente é chamado por ser realizado no estacionamento do Ibirapuera. No palco só banda de rock "bate cabeça" que toca até às 22h00, encerrando pontualmente. Lá o Zoeira, tô fora!! é respeitado por todos. Encontramos com alguns amigos de outras datas: Pica-pau, Neblina e Gau e conhecemos outros tantos.



Quarta-feira, 07/099, foi um alívio ter que cruzar São Paulo no feriado... Saindo da Dutra e pegando a Castelo Branco já nos aproximávamos do Paraná. As paisagens doravante ficam marcadas pelas extensas plantações de cana em terras de intensa cor vermelha. Nossa parada foi em Cambé/PR vizinha a Londrina/PR.



Toda a região parece estar voltada para a plantação e produção da cana-de-açúcar. Aos poucos a cana divide o cenário com plantações de trigo. De Cambé/PR para Toledo/PR faltava pouco mas o frio continuava.

Em um dos pedágios no Estado do Paraná, já nos aproximando de Toledo/PR aconteceu um incidente que poderia ter desastroso resultado, mas graças a Deus, não passou de um grande susto sem maiores proporções: já nos preparando para sair, com a cancela levantada, um caminhão gigante deu um encontrão na traseira da moto, quebrando a sinaleira direita..., susto mesmo quem levou foi a Carmen...
Depois do susto, recuperados, seguimos o caminho ou melhor, a estrada. O frio apertou e a chuva piorou a situação e chegamos em Toledo com o tempo fechado. Nos instalamos no Hotel Dominguinhos, próximo a Rodoviária, R$ 60,00. Como planejado chegamos em Toledo/PR no dia 8/9, uma quinta-feira e a quase 3.000 km de Salvador/BA.

O sábado amanheceu igualmente frio mas sem chuva. Dia de passear e o lugar escolhido foi Foz do Iguaçu, afinal estávamos só a 120 km e uma vez lá foi inevitável atravessar a conturbada Ponte da Amizade, sentir o confuso trânsito da Ciudad Del Leste e, logicamente, colocar o pé no Paraguai.

Só faltava mais um ritual, as Cataratas do Iguaçu. Para o passeio, casal, a gente desembolsa R$ 64,40 que inclui estacionamento, translado e contribuição ao Fundo Foz, outros passeios como o arvorismo, rapel e canoagem são a parte.
É um cenário espetacular!!! Por sorte nossa o nível de água das Cataratas estava acima do normal e a profusão de água era esplendorosa, tal qual o significado de Iguaçu, água grande. Por vezes passamos por baixo de chuva de água, a nossa alegria era quase infantil diante de toda aquela maravilha.

Andar pela passarela até perto do paredão de água é realmente emocionante, sentir toda aquela energia da mãe natureza é uma emoção inigualável.



Com lembranças mil guardadas na memória e nas imagens fotografadas, saímos exauridos, felizes e molhados. A caminhada deu até para esquentar e dissipar um pouco o frio... Antes de sair de Foz fomos até o Marco das Três Divisas: Brasil, Argentina e Paraguai. De cada um lado dá pra ver os outros dois marcos. O caminho de volta é com um pouco de sol que faz o verde e amarelo dos trigais deixar um cenário bem brasileiro.

Enfim, o IV West Road Encontro Internacional de Motociclismo. A nossa expectativa era conhecer um encontro motociclístico do jeito sulista. Tivemos algumas surpresas: entrada paga para qualquer pessoa, motociclista ou não, o ingresso era de R$10,00, por dia ou um passaporte de R$25,00, por pessoa, para os três dias; havia um estacionamento externo para todos e outro interno, dentro do evento mesmo, com entrada permitida para motos acima de 300 cc.


O evento de fato é grandiosamente organizado, com áreas destinadas a shows, outra a exposição de motos e carros, outra para willing e outra para shows. Antes das bandas, um momento relax para os motociclistas: uma luta feminina, no sabão, as meninas de sumários biquínis e os homens davam suas camisas para elas se enxugarem... Bem, não foi possível tirar fotos, a bateria acabou! kakak (Quem se queixou de Entre rios...).


Na oportunidade oferecemos a Silveira, do Javalis MC o troféu de participação Vírus da Liberdade 2011.
No sábado, 10/9, fomos conhecer algumas cidades da região: Sarandi e o seu museu ao ar livre da cerâmica; Maripá e seu portal diversificado: pesca, agricultura e orquídea; o verde e amarelo dos trigais e milharal.



O sábado terminou com um delicioso fim de tarde no Restaurante Caseirinho, do Chef Kiko, que dá um tom todo personalizado ao atendimento.
Enfim o sol voltou firme e o frio nos deixou... Enfim, um percurso longo mas com belos cenários! Do Espírito Santo ao Paraná foram 20 pedágios, de R$1,10 a R$ 6,20, totalizando R$57,85, mas em compensação transitamos por estradas maravilhosas. Pagamos a gasolina mais cara em campos dos Goytacazes/RJ, R$ 2,99 e a mais barata R$ 2,43, em Salvador/BA. Entre subidas e descidas de serras, trigais, canaviais, milharais, plantações de eucalipto e extensas áreas de criação conhecemos o relevo de parte do sul do nosso Brasil, verde e amarelo!

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