segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RUMO AO OIAPOQUE - PARTE IV

Tá chegando, tá chegando..., mas falta ainda um pouquinho...

23. Vigésimo Segundo dia: 03/10/13 (quinta-feira) - Entrando mais ainda pelas paisagens amarelas do cerrado, em pleno planalto central, chegamos em Cocalzinho de Goiás/GO, cidade bem pequena mas que tem no Rio Corumbá seu principal atrativo natural, além de oferecer uma vista maravilhosa da Serra dos Pirineus. Na cidade fomos recebidos pelo Comendador do Asfalto, Roberto Santana, na casa/sede do moto clube.
Cheio de sorrisos, depois dos abraços nos instalamos, almoçamos e saímos para o Salto do Corumbá, à margem da BR 070. Da estrada já é possível ver todo esplendor de uma natureza ainda selvagem e natural e um paredão de pedra com uma queda d'água de uns 70 m. O local tem infraestrutura para visitantes e para campistas. 

O passeio nos proporcionou banhos em águas geladas de 18 e 10 graus, alertados por placas, como na principal cachoeira e na Cachoeira da Gruta. O acesso para a primeira cachoeira é bem tranquilo e plano. Já o acesso para a Cachoeira da Gruta é um pouco arriscado e é preciso ter cuidado com as pedras, pois subimos por entre elas dentro da mata. A própria caminhada já oferece lindos cenários. Banhos merecedores mesmo em águas frias após caminhadas com muito sol na cabeça. 
À noite o jantar ficou por conta de muita conversa, brincamos com Barão, um pit amistoso com os amigos e do Comendador que nos ofereceu uma costela de boi com alecrim... Delícia!
24. Vigésimo Terceiro dia: 04/10/13 (sexta-feira) - O dia começou meio preguiçoso... sol encoberto por nuvens densas... chuva ameaçando cair... O passeio da vez foi passar o dia na Chácara Faraó, um balneário também servido pelo Rio Corumbá e com boa infraestrutura para receber visitantes. O local é um convite ao descanso, banho de rio, churrasco e muito diversão. Já anoitecendo, a chuva finalmente caiu com direito a relâmpagos e trovoadas e aí o convite foi para uma sopa, entrega do troféu Vírus da Liberdade e cama!
 
25. Vigésimo Quarto dia: 05/10/13 (sábado) - Mais uma despedida e deixamos o Comendador em meio a muita emoção. A chuva da noite anterior deixou a pista ainda molhada, o dia frio e muita neblina na estrada. Estávamos pertinho de Brasília, mas o nosso destino era o Recanto das Emas para a casa de nosso amigo Nilton. O portal da cidade, formada por esculturas de emas foi transformada em patrimônio da cidade e, nesse mês de outubro em homenagem a campanha de combate ao câncer de mama as emas estavam pintadas de rosa, uma alusão ao Outubro Rosa. Nilton e Silene nos recebeu e nos proporcionou momentos de muita alegria e recordações, pois Nilton é amigo de Rogério de longas datas... 

Deixamos nossas coisas e fomos até Brasília/DF, uns 25 km, para rever os pais de Rogério, Célia e Jorge, que lá residem. Conhecedor das ruas, setores e tesourinhas do trânsito de Brasília, Rogério nos levou a um passeio que incluiu o turismo urbano de praxe na capital federal - Esplanada dos Ministérios, Catedral, Praça dos Três Poderes, Palácio da Alvorada, Ponte JK, Lago Paranoá, e na feira dos importados, onde saboreamos um delicioso pastel com caldo de cana, uma combinação tradicional nas feiras de Brasília. 



No jantar Nilton e Silene nos ofereceram um prato nada convencional: costela de porco do mato e cachaça de murici para os apreciadores de uma boa pinga, tudo isso com muito pequi (como eles comem pequi!!!). Conhecemos mais uma espécie canina, Mel, que não aceitou nossos carinhos e vivia pelo canto... tadinha da Mel.
26. Vigésimo Quinto dia: 06/10/13 (domingo) - O domingo em Brasília é dos turistas, por todos os lados os marcos arquitetônicos ficam repletos de ônibus oriundo de diversos lugares. Um passeio rápido pelo Memorial JK e resolvemos voltar e ficar pelas imediações do Recanto e fomos até a Feira do Guará. O passeio terminou em mais um caldo de cana e pastel.

Depois de mais uma refeição exótica na casa de Nilton e Silene, dessa vez foi carne de jacaré, com arroz branco, pequi e salada (aliás, haja pequi pra esse povo!). A carne de jacaré é muito gostosa, branca e feita por um especialista fica muito mais gostosa. Nilton é um expert em culinária exótica de caça. Aproveitamos à refeição em família, porque nos sentimos muito à vontade, entregamos ao casal de amigos o nosso troféu Vírus da Liberdade.Um descanso e a noite chegou rápida com um pouco de chuva. 
 
Fomos novamente até Brasília para um jantar em família. Fomos todos, nós, nossos parceiros João e Maria e a família Pinheiro: os pais, Jorge e Célia, o irmão Jorge, a irmã Regina, os sobrinhos Jorge, Clariana e Pedro, além do amigo Mateus. Escolhemos tomar um caldo, aproveitando a noite fria, no Potiguar e o caldo escolhido foi o que dá nome ao bar, Caldo Potiguar - caldo de mandioca com camarão e frutos do mar, o caldo vem acompanhado com cebolinha para ser colocado no caldo e torradas. A cumbuca a R$ 8,00, vale a pena conferir! Fechamos a noite com um show à parte de D Célia que resolveu experimentar andar de moto pela primeira vez e subiu na garupa do filhão dando o maior show e adorando a ideia!!!
27. Vigésimo Sexto dia: 07/10/13 (segunda-feira) - Surpresa vem sem a gente pedir e as vezes vem em sequência... Acordamos bem cedo para seguirmos a rota, dessa vez para Barreiras/BA, uns 650 km e ainda escuro nos despedimos de nosso amigos. Na saída de Brasília, com o trânsito de caminhões e carros já se intensificando eis que mais uma vez, de novo e de novo a corrente escapa... Não dá pra entender e já está ficando sem graça... Com muita paciência, controlando um estresse matinal, quase no escuro, Rogério fez a troca com a reserva e rogando que até Barreiras não houvesse nova surpresa. 
Porém, quando nos aproximávamos de Barreias/BA, já em solo baiano, eis que mais uma surpresa nos acomete. Dessa vez não foi a corrente, um pneu furado na Açucena nos deixou duas horas na estrada aguardando João retornar com o pneu consertado. Quando chegamos em Barreiras já era quase final da tarde e o corpo só pedia descanso... Ficamos na casa dos familiares de Maria, fizemos um lanche e rapidamente fomos dormir... o dia foi muito longo!


28. Vigésimo Sétimo dia: 08/10/13 (terça-feira) - Havíamos programado alguns passeios por cachoeiras e grutas, mas os últimos acontecimentos nos obrigou a fazer uma romaria pela cidade em busca de uma corrente para ficar de reserva, trocar o óleo e descansar. Almoçamos com Zenaide, amiga de infância de Maria que nos ofereceu sua casa à beira do Rio Ondas para o descanso da tarde. Sem cerimônias e necessitados de tranquilidade passamos a tarde na piscina, desfrutando da bela paisagem formada pelo Rio de Ondas e  uma mata ciliar glamourosa, formando um cenário deslumbrante. Rogério foi o único que se aventurou a um banho no rio, mas as pedras e as piabinhas que insistem em beliscar os pés o fizeram desistir... Assim, ficou fácil descansar e resgatar as energias para continuar a viagem... À noite, a família de Maria nos ofereceu um jantar no Berra Bode onde degustamos picanha e carne de bode assado e aproveitamos para agradecer a generosidade da família com o troféu Vírus da Liberdade.
29. Vigésimo Oitavo dia: 09/10/13 (quarta-feira) - Para nossa surpresa, as surpresas não haviam terminado... aff! Bem, deixamos para trás os belos rios e passamos a ver caminhos de rio sem rio algum, chegávamos à região da seca de Vitória da Conquista/BA. Já nos aproximando a surpresa chegou, a Ténéré 660 começou a apresentar um barulho na roda, tudo indicava que seria no rolamento e, mesmo sendo alertado que seria perigoso continuar a viagem daquele jeito, resolvemos adiantar o lado pra chegar logo em Vitória da Conquista aonde seria mais seguro fazer o reparo. Chegamos bem, mas com muito frio, fazia uns 17 graus em Conquista. Minho, presidente do Vírus da Liberdade, nos recepcionou e sabendo do problema  com a moto nos levou até uma oficina da sua confiança. Deixamos a moto e fomos para a casa de Minho e Su. O frio, o cansaço e a preocupação nos fez nos aninhar em casa.


 30. Vigésimo Nono dia: 10/10/13 (quinta-feira) - Mais um dia longo, de preocupação e frio! O frio fez Carmen e Maria ficarem o tempo todo enclausuradas, embaixo de matas e com os pés protegidos em meias. A preocupação fez Rogério, Minho e João fazerem plantão na oficina. O plantão, a curiosidade e a boa conversa ajudaram e a moto estava pronta às 18 horas. A conversa rendeu bons frutos porque em meio as histórias de corrente quebrada Jackson, dono da oficina, sugeriu a Rogério colocar uma guia acoplada à balança, uma ideia antiga de Rogério mas que nenhum mecânico a quem ele pedia se dispunha a fazê-lo. Jackson, topou o desafio, tinha os guias das motos de trilha, fez o serviço de solda e a moto ficou pronta às 22 horas. Jackson disse a Rogério que ele não quebrava a corrente, ela é que saltava da coroa quando em baixa velocidade e o guia daria essa segurança. Finalizamos a noite em casa e com uma deliciosa lasanha com camarão preparada por Allana, sobrinha de Carmen, aproveitamos a farra e entregamos o troféu Vírus da Liberdade.
 A viagem tá terminando... agora sim, falta muito pouco!

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