segunda-feira, 15 de março de 2010

PRADO - 12 A 14/03/10

Ir a Prado é para nós muito mais que mais uma viagem... é comemorar um ano de viagens "voando juntos"... é brindar a liberdade, ao amor, a felicidade! Ahhhhh... que maravilha!
Mas, deixando o bom e velho romantismo de lado, vamos aos fatos que compuseram essa nossa viagem. Prado é uma das belas cidades do extremo sul da Bahia que compõem a Costa das Baleias. É um pouquinho distante de Salvador... acerca de 640 km, indo pelo Ferry Boat... moleza, não?
Assim, de forma a não ser uma viagem cansativa, resolvemos sair na quinta-feira (11-3-10) e pernoitar em Ituberá. Já começava assim o nosso moto turismo.

Chegamos em Ituberá por volta das 16h e depois de nos acomodarmos na casa de nossos amigos, Seu Cassaco e Dona Raimunda, fomos dar um rápido passeio pela pequena cidade e até arriscar a ir à Cachoeira da Pancada Grande...
A Pancada Grande fica à 8k saindo de Ituberá em direção a Camamu, uma entrada de barro à direita. O caminho até a cachoeira é de uma incrível beleza... todo ele margeia o Rio Jiquiriça e é também ladeado pela mata nativa e por seringueiras.






Mas, não foi dessa vez que iríamos desfrutar da Pancada. Hoje preservada a sua visitação só é permitida até as 17 h... já era final de tarde e não tinha mais um pé de gente por lá... enfim, valeu pelo contato com o barulho do rio, os ruídos da mata e as seringueiras em plena parte baiana da Mata Atlântica.
A cidade é pequena, já fomos lá diversas vezes e sempre que voltamos "descobrimos"algumas coisas curiosas, típicas das cidades do interior... Sabemos que a moto como transporte é usada hoje pra tudo... mas ainda não tínhamos visto essa máquina rebocando um carrinho de lenha...
Se há algo que nos emociona, encanta é a simplicidade... essa sim é uma grande riqueza. Seja na natureza, numa simples cena do cotidiano, nas nossas relações de amizade... e é assim com Seu Cassaco e Dona Raimunda. Pensem em duas pessoas simples mas com um coração do tamanho do mundo e donos de uma simpatia enternecedora. É na casa deles que ficamos todas as vezes que vamos a Ituberá...e sempre nos recebem com uma moqueca que, aí Jesus, é de babar. Dessa vez foi de atum... é mole?? Babem vocês agora... kakaka




Dormimos bem cedo porquê cedinho sairíamos rumo a Prado. Ainda estava escuro quando Rogério se pôs a fazer as amarrações da bagagem.

Quando a viagem é longa as paradinhas são estratégicas... ora pra tomar um cafezinho ou água, ora pra fotografar a paisagem... qualquer uma das alternativas é motivo pra esticarmos o corpo e minimizar a canseira.





Chegamos a Prado por volta das 12h. O local do acampamento era o mesmo do ano passado, assim, fomos direto para lá... queríamos armar logo a barraca, jogar as tralhas dentro... não, não... arrumar... rsrsr... ir almoçar e poder curtir a tarde na praia... coisa boa!!!!


Dessa vez quem aproveitou mesmo foi Rogério... ele se largou naquelas águas e até brincou na areia da Praia do Coqueiral... muito legal isso.


Lá em Prado, há um cuidado especial com o meio ambiente e a fauna marinha. Na mesma praia que estávamos, tinha uma sede com museu e informações sobre passeios de ecoturismo. Vimos uma tartaruga num tanque que foi levada para ter cuidados na pata machucada.
Encontramos no caminho outra máquina motociclística muito versátil... seu reboque era um carrinho de pipoca... interessante forma de ganhar o pão de cada dia...

Final de tarde, hora de ir até o local do evento que ficava bem pertinho da praia que estávamos. Fizemos a inscrição, recebemos o troféu e, uma curiosidade... ao lado da mesa de inscrição tinha um barrilzinho de pinga com uma cestinha de torresmo ao lado para degustação dos pingunceiros de plantão... rsrsr... que isso!! Era só pra dar uma bicadinha, nada de mais... tá bom, tá bom...


Ritual cumprido seguimos de volta para o acampamento, que a essa altura já tinha recebido mais gente... O ginásio se tornou uma cidade de barracas das mais diversas... E aí começaram as surpresas de encontrar, ou melhor, reencontrar, amigos que conhecemos a um ano atrás... e foram os ex-Bactérias, agora Jirimuns... Maurício Leão e sua esposa...


Fazendo o caminho contrário de quem chega ao evento, depois de tudo isso é que fomos na recepção e foi uma das melhores que vimos... acarajé, água, refrigerante, picolé... tinha para todos os gostos além de fitinhas do Senhor do Bonfim e a programação do encontro.


Dando continuidade ao nosso turismo passamos pela ponte do Rio Jucuruçu à procura de lugares desconhecidos para nós ou de paisagens que nos oferecessem belas fotografias... como as dos manguesais. A ponte nos proporcionou uma visão bem próxima dos manguesais... mas é preciso ter cuidado em ficar por lá porque é passagem de veículos e os motociclista passam por ali voando... vruuuuuuummmm...

Seguimos a estrada e logo à frente vimos uma entrada de barro... um convite para nós, né? Mas dessa vez... rsrsrs... não chegamos a lugar algum... rsrsr... menos, menos... é, nem sempre dá certo, mas valeu pela pequena aventura... rsrsr


Voltamos e resolvemos ir até o local do encontro. O movimento estava bem calmo a ferveção mesmo é a noite quando o palco recebe os shows de rock. A calmaria nos possibilitou admirar as bandeiras já expostas... algumas nos chamaram a atenção seja pela criatividade dos nomes ou pelas imagens que elas trazem em seus emblemas...



De volta ao acampamento dessa vez encontramos nosso amigo Paulo, do Aranhas do Asfalto.

O dia ainda estava quente e ficar nas barracas era um grande sacrifício do qual nós não gostaríamos de provar... saímos de novo e fomos até uma outra praia e por lá nós encontramos um urubu a desfrutar uma refeição... ele não gostou na nossa "intromissão" e se mandou pro alto... metido! Coisas curiosas parecem nos acompanhar ou aparecer para nós... rsrsr... Rogério achou um objeto em madeira parecido com uma... um... ahhh sei lá... kakakak




O celular tocou, era o Gonçalves, do Tico e Teco/RJ, um dos nossos Amigo do Vírus da Liberdade que estava a nossa procura... um típico carioca da gema, com sotaque carioquês e drads no cabelo e que ainda tras no seu colete pisca-piscas luminosos! Que figuraça é esse nosso amigo, viu? E ainda nos deu de presente um tripé para a máquina, super legal, que nos ajudou a tirar bastantes fotos juntos... valeu cara!!!

A noite nos convidava pra comer uma pizza! Vai nos dizer que não sabiam que iríamos comer uma? kakak... e dessa vez foi de? tchan, tchan, tchan... Margherita e Rúcula comTomates Secos! Obaaaaaa... kakak... e estava simplesmente deliciosa!!!


Sábado (13-3-10) acordamos cedo com o burburinho de quem chegava do show, de quem chegava de viagem e da arrumação para o café da manhã... esse foi bem básico e suficiente e também organizado, disputado e divertido.




Após o café saímos para fazer realmente um turismo de verdade. Iríamos conhecer Cumuruxatiba... que nomezinho difícil gente!!! A estrada até a vila de pescadores que dá nome a praia era do jeito que a gente gosta... cheia de surpresas paisagísticas e margeada por diversas praias...

A primeira praia foi a Praia do Farol... de areia cinzenta e com falésias. A praia encanta também porque abriga no alto o Farol de Prado.



Continuamos e a cada curva, subida e descida a natureza se abria generosa para nós. Chegamoa a Praia da Amendoeira, de ondas calmas, areia fina, um pequeno riacho que chega até o mar e falésias. Dessa vez chegamos bem próximos às falésias e nos encantamos com a sua grandiosidade dourada.





Seguindo nos deparamos com uma das mais belas praias... a Praia das Ostras, na Reserva do Corumbau... a areia branca separa o rio do mar. Demos uma volta pra chegar até a areia e poder sentir a água gelada do riacho contrastando com a água fria do mar. Não resistimos e caímos na água doce da lagoa e aí foi só diversão!







Na volta, já de capacete na cabeça, Rogério descobriu que estava sem a chave da moto e que tinha deixado na areia do outro lado... afff, ter que voltar tudo... nem pensar! Ele descobriu que pelo outro lado era mais curto... e lá foi ele... cheio de marra! kakakak Carmen nem se abalou, do jeito que estava ficou pra registrar tudo!




Moto ligada, voltamos a estrada... era cedo ainda e o trânsito de veículos era quase nenhum, mas tivemos alguns companheiros de estrada pelo caminho... rsrsr



Mais um pouco e chegamos a Praia do Rio do Peixe... praia de areia fofa, falésias e muitas amendoeiras. Tem a Praia do Peixe Grande e a do Peixe Pequeno, entre uma e outra um caminho cheio de encantos da mata e encontro com o rio...



Um paredão de amendoeiras separa a praia da estreita estrada que percorre essa parte do litoral. Amendoeiras de grossos troncos e copas enormes. Em um ponto delas Rogério se pôs a assobiar para um suposto mico... tadinho... ele pagou foi um mico de verdade quando percebeu que o assobio que respondia ao seu era um galho que roçava em outro da amendoeira... uma cena hilária!!!!!



Já passava das 11 horas quando resolvemos retornar à cidade, mas ainda paramos para mais umas fotos diante de tanta beleza entre o rio, o mar e a mata. Algo inusitado... no tronco da amendoeira havia uma tomada de eletricidade e nós aproveitamos para dar um tempo por alí e dar um carga nos celulares e na bateria da máquina... quanta mordomia não? E Rogério ainda aproveitou para fazer mais uma das suas cenas de entregar flores a Carmen... ahhhh ela simplesmente adora!



E imaginem só quem nos achou por aqueles cantos paradisíacos??? Ele mesmo, Gonçalves... e aí, papo vai, papo vem ele ainda nos mostrou o roteiro que faremos nas nossas férias... um amigão!

Depois de toda essa emoção proporcionada pela natureza e de encontros e cenários encantadores voltamos a Prado. No camping era um calorão de matar e convidamos Paulo para juntar-se a nós e tomar um sorvete para minimizar o calor. Saímos e paramos na recepção. Por lá não parava de chegar gente. Na recepção tinha uma negra bonita, de olhos graúdos que Paulo insistia em fazer-lhe a corte... kakaka... bem que tentou mas ela nem lhe deu trela!



Depois de nos deliciarmos com o sorvete seguimos para ver o movimento na praça do encontro. Os stands de produtos para moto estavam abarrotados de gente e de novidades... Rogério aproveitou para instalar na pretinha um protetor de alforjes e Carmen para ver umas bijus.


Depois, saímos pela praça e vimos mais bandeiras interessantes, triciclos, encontramos motociclistas de vários outros estados, conversamos muito e até divulgamos o Vírus da Liberdade pelo locutor do evento.O evento de Prado tem essa característica peculiar. Por estar próxima dos estados de Minas, Rio e Espírito Santo, o evento recebe um número proporcionalmente bem maior de motociclistas desses estados do que da Bahia. O que para nós é uma grande vantagem para aumentar nossa rede de relacionamentos, além, de aumentar a nossa coleção de adesivos, patches e botons dos mais diversos.







À noite nossa preocupação era deixar tudo arrumado para sairmos bem cedinho e encararmos os 600 km direto até Salvador. A cidade das barracas estava um silêncio... Todos ou sua grande maioria estavam no evento... Até parecia que só nós éramos de tão longe...


Às 4h do domingo (14-3-10), ainda escuro, já estávamos prontos pra colocar a pretinha pra rodar a caminho da nossa Salvador. O sol começou a romper o dia misturando a sua luz com a neblina que insistia em permanecer entre os morros causando uma bela visão..., lembrou-nos “As Brumas de Avalon” com todo o seu mistério... Rogério bem parecia, no meio daquele cenário, um cavaleiro negro... rsrsrs


A viagem de volta, apesar da distância, foi supertranquila e, como saímos bem cedo, o fluxo de veículos na estrada era bem pouco. Daí que logo chegamos a Valença e resolvemos almoçar e de quebra dar uma esticada e relaxar o corpo.

Valença fica acerca de uma hora do Ferry Boat. Moleza! Rapidinho chegamos ao Terminal de Bom Despacho. Dureza foi ter que esperar uma hora para embarcar no Ferry Ipuaçu... Mais dureza ainda foi ver o Ivete ultrapassar a nós e chegar primeiro em Salvador quando na verdade quem saiu primeiro fomos nós... A nossa “carroça marítima” levou uns 65 minutos para fazer a travessia quando o Ivete a faz em parcos 40 minutos... Ninguém merece!!!

Bom, enfim, chegamos sãos e salvos em casa... Hora de terminar o ritual e colocar o troféu no seu lugar de destaque junto aos outros.
Prado realmente nos conquistou e nos conquista, não tão somente pelos encantos naturais ou por lembranças afetivas maravilhosas mas, principalmente, como motociclistas estradeiros, por proporcional um encontro em escala nacional com uma grande organização. Valeu pelos 1570 km percorridos entre a viagem e os passeios... Valeu pelo prazer de reencontrar amigos de outros estados e conhecer mais outros tantos... Valeu por voltarmos a tão belíssimo e atraente lugar... (“...então diga que valeu, o nosso amor valeu demais...”). Um abraço e até a próxima!

Um comentário:

  1. Oi Rogerio! Aki é a Mácia, filha da Edna. Estávamos apreciando o blog de vcs e fotos, muito legal! em 2008 estive em Cumuruxatibaa com meu marido e amamos! Muito legal mesmo, principalmente pq tivemos a oportunidade de ver, num passeio de barco, as jubarte.EMOCIONANTE!!! Na mesma ocasião, mergulhamos em Abrolhos. Outra coisa imperdivel! Tentem da próxima vez, vale a pena, já q vcs gostam de emoções...
    Minha mãe manda dizer q além de vcs serem cultura, devem editar uma geografia pelo conhecimento q vcs adquirem! Em se tratando de BA, vcs conhecem tds os cantos e recantos.

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