domingo, 15 de novembro de 2009

VALENÇA/BA

Essa viagem para Valença partiu de um convite de nossa grande amiga Déa, do Companheiros do Asfalto MC, que há muito já nos convidava para passear por aquelas bandas... Dessa vez o convite foi aceito e iria coincidir com o batizado de um dos integrantes do Companheiros, já estava tudo planejado para nossa estadia na casa de Dea e Alex. Mas, imprevistos acontecem e o que foi planejado sofreu alterações que em nada diminuiu a alegria que foi ter passado aqueles dias em Valença.
30/10 - sexta-feira
Saímos de Salvador pelo Ferry no final da tarde e, no momento de sair em Bom Despacho, do nada, a moto perdeu o freio dianteiro... um pouco atordoado, Rogério não entendia o que estava acontecendo... cogitamos a possiblidade de retornarmos dalí mesmo mas a vontade de ir para Valença nos impeliu a continuar... ainda estava claro e a situação não oferecia perigo pois a moto ainda tinha o freio traseiro. Mas o problema trouxe um complicador: apenas com um freio sendo utilizado a velocidade tendia a ser menor e a viagem tornou-se mais demorada e o dia rapidamente escureceu. Ainda na Ilha de Itaparica, na beira da estrada havia uma loja de bicicletas e peças para motos, paramos com a idéia de que poderia haver algum mecânico que nos ajudasse... um rapaz se propôs a verificar se havia ar no freio... não era... especula daqui, coça a cabeça dalí e, nada! Decidimos seguir antes que escurecesse de vez!!! A escuridão nos pegou no meio do caminho e quando chegamos em Valença já era noite. Dea nos encontrou e nos levou para sua casa, a essa hora nada mais a ser feitoe ela, como boa anfitriã, já havia contatado com um mecânico amigo para que olhasse a moto no dia seguinte...
Bem, já em porto seguro, instalados, participamos da reunião do MC, como convidados especiais. A pauta era sobre os últimos preparativos para o batizado de Magrão, no domingo. Foi uma reunião animada, organizada e sobretudo mostrou a união e respeito existente no grupo.

Após a reunião, Dea nos convidou a saborear um delicioso caldo de abóbora ccom carne seca: totalmente demais! E isso foi só o começo de delícias que passariam por nossa degustação... rsrsr
Já abastecidos e de banho tomados fomos dormir, afinal amanhã o dia prometia.
31/10 - sábado
Primeiro compromisso: café da manhã... hummmm... TORRADAS!!!!

Saímos em direção certa para a oficina de Bento, aquele que resolveria o nosso problema... foi uma verdadeira "cirurgia" para a especulação de Rogério se tornar em diagnóstico: o reparo
precisava ser trocado. Operação realizada com sucesso!!!

Ahhhh... mas não foi só a nossa moto que tava problemática... rsrsrsr... aproveitando a oportunidade Dea pediu para dar uma arrumada na direção... foi uma martelada! kakakak... Tudo isso nos consumiu a manhã inteirinha... afff... e o nosso passeio para as cachoeiras passou para a tarde.... resolvemos, então, voltar para casa e forrar o estômago.

Enquanto aguardávamos o almoço, um periquito muito esperto invocou com a bota de Rogério e deu a beliscar o cadarço... é cada uma....

Hora de encher a pança... prato do dia: Dobradinha! Tudo muito gostoso.

Nada de descanso, todos queriam mesmo era ir para as cachoeiras. Por causa do tempo que ficamos na oficina, das três cachoeiras que iríamos conhecer, apenas duas seriam vistas: Canta Galo e Taperoá. Grupo formado: Rogério e Carmen, Alex e Dea e Ary e Arlette, seguimos juntos. Pé na estrada, ou melhor, rodas... rsrsrs... porque o caminho era um pouco extenso mas a estrada, mesmo a de barro, estava ótima.

Sem contratempos, chegamos ao nosso primeiro destino,a cachoeira do Canta Galo! Um pequeno pedaço do paraíso a céu aberto que a natureza nos permitia desfrutar... Sem perder tempo, todos entraram naquela água gelaaaaaaaaada mas simplesmente deliciosa!


"Banho de cachoeira relaxa..." e renova as energias, foi uma hidromassagem natural.

Nos divertimos a valer, por cima e por baixo d'água... rsrsrsr


Hora de pôr fim a brincadeira e voltar para a estrada para a próxima cachoeira: Taperoá.

Mais um trecho de barro, passamos pelo que seria, segundo Dea a igreja mais antiga da região, também nos aproximamos de uma cobra no meio da estrada, mas o barulho da moto a afugentou... Seguimos mais adiante pelo asfalto e depois mais um pedaço de estrada de barro... tudo tranquilo.

A cachoeira fica nas terras da O Palma S/A uma agroindústria de extração e produção de óleo de dendê. O tempo esfriou e nem todos se predispuseram a entrar na água, nós, como bons visitantes, não poderiamos deixar de aproveitar... e essa cachoeira nos trouxe um prazer a mais: a água que caía da pedra formava uma espécie de caverna, bem pequena, mas que dava para passar por baixo e fcar meio escondidos... uma delícia!


Depois de muito lavar o corpo e a alma, hora de voltar pra casa. Antes porém, fomos conhecer um pouco da cidade de Taperoá. Vimos a Igreja de São Bras, datada de 1620. É uma região de belíssimas paisagens, muito verde e muitas águas doces e salgadas.

De lá voltamos para Valença, queríamos ver a Igreja de Nossa Senhora do Amparo, que fica no alto de uma colina e é vista em destaque por toda cidade. Nos dias que passamos em Valença acontecia a festa da padroeira da cidade, nove dias de festa... é mole ou quer mais??!!! rsrsrs... O caminho que leva até a igreja tem o meio-fio pintado das suas cores, é o caminho da fé e da festa!

Sábado terminando, uma pipoquinha pra abrir o apetite e jogar um pouco de conversa fora... um passeio pela orla de Valença e tudo acabou em pizza!

01/11 - domingo
Dia de batizado, dia de festa, dia de churrasco! Arruma tudo nas bagagens, cada um leva uma parte, mas antes da saída uma paradinha para as orientações da presidente Dea... que moral!

O destino era a cachoeira da Ilha do Rio Piau (Piau é o nome de um peixe) passando antes pelas ruínas da Companhia Valença Industrial, a CVI, primeira indústria de tecidos do Brasil, movida a energia hidráulica... Senta que lá vem história! As ruínas da primeira instalação da CVI está nas terras da Fazenda Roda D'Água, porém a CVI ainda está em atividade há 165 anos e hoje instalada na zona urbana de Valença. Bem vamos às ruínas... detalhe, a pé! Pés no chão, deixamos as motos e seguimos mata adentro... sem percalços a não ser pelo cuidado com as formigas e as urtigas... elas queimam!!! Mas a caminhada valeu a pena, passamos por plantações de seringais e de acácias dentre outras.

Chegamos às ruínas depois de alguns sobe-desce... haja condicionamento físico... ufa! Mas é surpreendente ver edificações datadas de 1844, estruturas fortes que nem o tempo conseguiu derrubar... o cenário é uma beleza, as vezes até macabro, aventureiro, parecíamos um bando de Indiana Jones... rsrsrs

Sabem aquela palmilha que Rogério comprou lá em Maceió que prometia relaxar os pontos dos pés...? rsrs... não deu certo... machucou mais do que relaxou... ele não pensou duas vezes... rsrs
Voltamos à estrada a caminho da Ilha do Rio Piau. O caminho era todo de barro. Ao chegar na entrada um simpático burrico nos acompanhou todo serelepe, como um mestre de cerimônias o danado do bicho roubou a cena e todos passaram a prestar atenção nle. Ele parecia fazer questão de nos acompanhar e desceu a estrada com a gente até o estacionamento... foi muito engraçado!

Hora de tirar a bagagem... e quem é que tem que carregar a bagagem??? rsrsrs

Churrasqueira pronta, churrasqueiro à postos, o fogo começa a esquentar...

Enquanto isso... acompanhamos Dea em outra cachoeira, a do Paulo, para comprar cerveja e água... não que na outra não tivesse cerveja, mas não tinha a que desce redondo! O lugar também é muito bonito de se ver... uma tranquilidade!

Retornamos e já encontramos a churrasqueira em fogo alto... bom sinal, a carne logo iria sair...

E já tinha gente se refrescando naquelas águas... e outros confabulando... o que será que tanto conversam?? O que será que estavam armando? kakaka Não vou falar, não vou falar, não vou falar... isso vai virar outra estória...

E olha só quem apareceu??? Ela mesmo... a bandeira do Vírus da Liberdade, no alto, lugar de honra, ao lado da bandeira do Companheiros do Asfalto.


O calor convidava a ir pra água, cada um queria aproveitar um pouco e poder brincar na correteza... rsrsrs... foi uma comédia... tinhámos que usar bóia... "brincadeira de criança como é bom, como é bom..."

Chegou a hora tão esperada e motivo principal pelo qual estávamos todos alí. Hora do batismo, pose para a posteridade e surpreeeeeeesa! Foi ovo, farinha e graxa.. que lambança!!

Estava já entardecendo e era chegada a hora de pensar em voltar... foi tudo muito legal, o lugar, a companhia, o churrasco... foi tudo uma farra e das boas!!






Tudo desarrumado e um pouco cansados, bagagem na moto, já anoitecia quando retornamos pra casa.

01/11 - segunda-feira
Mais uma vez arrumamos a bagagem e dessa vez de volta pra casa, pra Salvador. Resta-nos, então, agradecer a receptividade, o carinho, a companhia, a hospitalidade de todos e, principalmente, de Dea e Alex. Foram dias intensos de alegria e de expressão de amizade... de uma amizade que começou pequena, tímida, mas que aos poucos conquistou aos dois lados... uma
amizade pura, sem interesses... somos amigos!

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