quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SERRINHA/BA

SEXTA-FEIRA, 23/10
Moto na estrada por volta das 7h a caminho de Serrinha, a 173 km de Salvador. Não é a primeira vez que estamos indo pra lá e com certeza não será a última. Mas, pra variar, percorrremos outros caminhos até chegarmos lá. Pra começar, resolvemos entrar em Catu com a única intenção de aventurar encontrar nosso amigo e padrinho do Vírus da Liberdade, Tatuí. E não é que achamos??? Sentadinho na frente do seu bar, com chapéu, de bermuda e sem camisa aguardando o caminhão de bebida... irreconhecível!!! Não fosse ele a reconhecer-nos, passaríamos batido... esse Tatuí!


Logo seguimos para Aramari, a cidade das águas, também nossa velha conhecida... mas partimos do princípio de que cada nova ida a um lugar que já conhecemos, tem outro sabor, outras descobertas, outras emoções... Descobrimos, por exemplo, que a cidade se desenvolveu em torno das instalações da antiga Leste Brasileira, hoje em ruínas na cidade. Sr Evandro Pereira, um antigo morador e ex-empregado por cinco vezes da Leste nos deu essa informação, quando tirávamos essa foto. Para quem não sabe a Leste Brasileira era uma estatal responsável pelo transporte ferroviário, na década de 40 até a de 70 quando deixou de existir com esse nome e passou a se chamar RFFSA, até ser extinta em 1999, passando para a iniciativa privada.


De Aramari rumo a Serrinha, ainda passamos por Ouriçangas e nos encantamos com o caminho sem fim formado pelas plantações de eucaliptos, antes de chegar na cidade.

Chegamos em Irará, cidade calma do nosso amigo Irará do Águia Solitária, com uma curiosidade para nós: na frente de cada casa tem um banco, na sua maioria de tora de madeira. É muito comum em cidades do interior os moradores se reunirem pra jogar conversa fora, tomar conta da vida dos outros e até mesmo ver a vida passar... rsrsrs

Seguimos para Água Fria, cidade bem pequenina, não havia muito o que se ver além de mais uma estação de trem em estado de completo abandono, também da época da Leste Brasileira, porém ainda conserva a plaquinha de tombamento da RFFSA e uma placa de agradecimento ao então Presidente Getúlio Vargas... Isso é História!

Uma estrada que alterna barro e areia, mais adiante uma bifurcação segue à direita... esse é o caminho para Lamarão, a 22 km saindo de Água Fria passando pelo distrito de Catana, com uma igrejinha muito singela.

Enfim, Serrinha sede do 18º Moto Argola. O local do evento já estava reservado, não havia ainda recepção, mas nos encontramos com o Cobras , de Petrolina. Nada a fazer resolvemos ir procurar uma pousada pois não havíamos feito reserva. As pousadas estavam cheias mas encontramos vaga na Pousada Santo Antônio. Nos instalamos, almoçamos e fomos ao Mirante da Santa, retratado no trófeu desse ano do Moto Argola. Retornamos à praçca do evento e encontramos por lá com Vanessa, do Morenas do Asfalto - Serrinha e Allan, do Águia Viva, de Aracaju/Se.



À noite fizemos a inscrição, recebemos o trófeu e colocamos a bandeira do Vírus no alto. Encontramos vários outros amigos em especial Dina a quem entregamos a camisa Amigos Vírus da Liberdade e o adesivo e botton azul. E nesse dia tudo terminou em pizza!


sábado, 24/10, amanheceu chuvendo, mas mesmo assim resolvemos seguir o roteiro, era hora de fazer turismo nas cidades próximas a Serrinha, cidades pequenas, sem opções de pontos turísticos. Na sequência das fotos foram Bandeaçu, Chapada do Riachão de Jacuípe, Riachão do Jacuípe... e a chuva continuava incessantemente apesar de não estar forte, o que nos dava coragem para seguir em frente.

Paradinha para retratar a pedra do babuíno, nome dado por nós, por um lado por realmente de um determinado ângulo lembrar um babuíno e, de outro, por não sabermos mesmo o nome da pedra... rsrsr. A pedra marca a entrada para Tanquinho.


Continuamos seguindo para Candeal e de lá para Ichu e lá se vão mais 12 km. Ali, achamos interessante um mandacaru, que parecia um amontado de outros mandacarus... uma confusão de espinhos!


Bem o caminho chegava ao fim, agora era só chegar ao distrito de Bela Vista, e pronto... de volta a Serrinha, só não imaginávamos a estrada que se abria à nossa frente, dentro da Fazenda Bela Vista... 28 km assim, mas que atravessamos toda ela com sucesso!

Chegamos em Serrinha e a nossa roupa era puro barro e as nossas botas encharcadas de água. Trocamos de roupa, almoçamos, descansamos e a noitinha saímos para o evento.


Manhã de domingo, 25/10, rumo de volta a Salvador, por um caminho diferente, como era de se esperar... Então, seguimos a Biritinga, a estrada no início estava toda asfaltada, mal sabíamos que era só no início... foram 21 km de uma estrada completamente abandonada, com os últimos resquícios de asfalto e mais ou menos 30 km até chegar em Nova Soure, isso porque pegamos o lado errado, o esquerdo, de uma bifurcação, porque o outro nos levaria para Sátiro Dias, a 18 km. Mas enfim, tinha que ser desse jeito né? Cansados da estrada em condições horríveis paramos apenas no Mirante de São José já na saída da cidade a caminho de Salvador.



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