TAQUARITINGA/PE - 18 A 20/2/11

De um lado, o horizonte mostrava um sol alto querendo iluminar a manhã, do outro, o prenúncio de chuva forte nos avisava o que estava por vir, mas certos de que seria uma viagem tranquila seguimos o caminho para a Linha Verde... ("Além do horizonte deve ter algum lugar bonito pra viver em paz...")

A Linha Verde separa a Bahia de Sergipe por 191 km de uma bela estrada, com muito verde, uma brisa suave e cenários belíssimos.

Depois da parada no mirante a chuva pegou a gente de jeito, dificultando a visibilidade e não deu trégua até um pouco depois de Estância/SE.

O trânsito intenso e as diversas paradas no "Pare e Siga", devido as obras de recuperação, deixaram a viagem mais demorada...




Quando passamos a divisa AL/PE o sol já era totalmente nosso companheiro. As paradinhas das obras continuaram além da divisa e numa delas encontramos com Roberto, de Águas Belas/PE, já próximos de Garanhuns/PE.


Não sabemos se pelo cansaço ou pela distração com a estrada mas passamos direto pela entrada que encurtava o caminho para Taquaritinga/PE..., resultado? Mais uns 150 km, totalizando 901 km, mentes e corpos cansados e só conseguimos chegar já a noitinha no IV Taquaritinga Moto Fest. Loucos para trocar de roupa seguimos direto para o Caic e nos arrumamos numa das salas.

No local do evento o vai e vem das motos e o show dos motociclistas acrobatas já caracterizavam o encontro e movimentavam a pequena cidade, era apenas a primeira noite.



Inscrição feita e a lembrança em mãos saímos pela praça e encontramos diversos amigos.


O clima frio, serrano, de Taquaritinga não foi suficiente pra espantar, ainda havia o show do cover de Raul Seixas. A voz inesquecível de Raul personificada em Alexandre ecoou e chamou a todos para ouvir os poemas do camarada baiano... ("Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...").



Manhã de sábado com o sol forte era hora de conhecer um pouco do que Taquaritinga tinha pra nos oferecer. Taquaritinga quer dizer "pedra grande branca" e fica situada nas encostas da Serra Taquara e foi subindo a serra que "achamos" a propagada Rampa do Pepê.

O caminho de terra e com descidas e subidas ingremes nos brinda também com árvores e frutas ao alcance das mãos.


Foi por esses caminhos ingremes, que não intimidaram a XT, que chegamos as alturas e vislumbramos o maravilhoso panorama da Serra Taquara. É chegando em um lugar como esse que temos certeza da presença divina! ("Aleluia, aleluia... Conclusão dos pensamentos meus. Aleluia, aleluia... Em tudo isso tem a mão de Deus").


A emoção em ver de perto tamanha beleza não foi a mesma ao ver o descaso com a tão afamada Rampa do Pepê que se encontra em processo de destruição...

De volta a cidade, de volta ao evento. Durante o tempo que passamos na praça o movimento de motos não parava e a todo momento o locutor agradecia, de forma acolhedora, aos que chegavam, ao que já estavam, nominalmente a cada moto clube presente e aos patrocinadores. Durante todo o dia e a noite, organizadamente, a equipe do Taquara Moto Club recepcionou aos motociclistas.







Voltamos para o Caic e observamos que ele estava abarrotado o que nos leva a concluir que essa opção de hospedagem vem ganhando adeptos.

A noite o movimento continuou como na noite anterior e durante todo o dia e de forma surpreendentemente tranquila. Muita gente, muita moto, boa música no volume adequado, local privilegiado na praça em frente a Igreja Matriz, stands de produtos motociclísticos, uma diversificada praça de alimentação e personagens como o Sombra para dar mais animação..., assim foi o IV Taquaritinga Moto Fest.






Domingo cedinho arrumamos a Azuleica pra pegar o caminho de volta e nos despedimos de mais alguns amigos.

A chuva que nos acompanhou na vinda resolveu aparecer também na volta mas quando chegamos em terras alagoanas ela resolveu nos deixar... rsrsr Ah! E pra variar, o contagiros da XT deu pane, não estava contando mais nada... mas foi só cabo que estava solto.



Chegamos enfim de volta a Linha Verde, faltava pouco pra chegar em casa... Ao final foram uns 1700 km entre ida, passeio e volta, ufa! Mas acreditem é um cansaço que nos engrandece, basta um bom banho, uma noite bem dormida, guardar na lembrança belas vistas e lugares e já estamos revigorados e prontos pra mais uma viagem, para mais um conto de fadas em cima da nossa Azuleica.