terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MARAGOGIPE/BA - 02 A 04/12/11

Não é sempre que viajamos à noite, aliás, raramente isso acontece, mas como a estrada até Maragogipe/BA é nossa conhecida decidimos encarar a escuridão e seguir firme por uns 150 km. Na verdade, a dúvida mesmo era se haveria ou não evento, as expectativas eram muitas, afinal passamos a semana com informações imprecisas... Chegamos direto para a orla do Cajá, local escolhido para a duvidosa reunião de motociclistas. De cara encontramos outros amigos que haviam chegado mais cedo e que nos recepcionaram juntamente com Moisés, organizador do evento, do MC Manno's do Asfalto.
Diante de informações pouco precisas decidimos antecipadamente por não acampar e reservamos uma pousada, foi a nossa sorte porque ao chegarmos nos informaram que a área reservada não foi liberada pela prefeitura. Assim, seguimos para a Pousada da Praia, na Ponta de Souza, uns 6 km do evento. Dea e Alex, do Companheiros do Asfalto, de Valença/BA, também estavam lá e, como já passava da meia noite, já no dia 02/12, aproveitamos para parabenizar Dea pelo seu niver!!!

A Pousada da Praia além de ter um precinho super em conta, R$30,00/casal, tem uma bela vista do manguezal que cerca toda a cidade.

A cidade de Maragogipe é margeada pelo Rio Paraguaçu, rio genuinamente baiano que nasce na chapada diamantina.

Seguimos para a cidade e como era dia de feira, os animais de cargas eram " estacionados" pelas ruas misturando-se ao vai e vem das pessoas e veículos.

Aproveitamos para ir ver a recepção do V Encontro dos Motociclistas na Cidade de Maragogipe, era muito cedo e só as faixas estavam por lá...

Descemos o morro, encontramos com Tuninho, de Santo Amaro/BA e seguimos juntos para o local do evento, no caminho passamos pelo pitoresco coreto na praça da matriz.
Na orla do porto do Cajá algumas motos chegaram e aos poucos foram chegando mais. Enfim, entre "vai ter... não vai ter... vai ter... não vai ter... " parecia que o encontro já estava começando a acontecer de forma bem tímida e cheio de expectativas.
O cais do porto do Cajá é bem bucólico e guarda o charme de atracar canoas e saveiros e outras embarcações. A água diamantífera do Rio Paraguaçu encanta pela sua cor escura que lhe traz um certo mistério, pela brisa fresca fluvial que desalinha nossos cabelos e pela extensão de manguezal oferecendo aos mais comuns dos mortais uma bela e simples paisagem.
Certos de que no Cajá o movimento seria só a noite, voltamos para o centro da cidade. Tínhamos outros eventos extras durante o V Encontro, um deles era o duplo aniversário, Dea e Arlete, ambas do Companheiros do Asfalto estavam aniversariando. E se tem aniversário, tem que ter bolo e lá fomos nós buscá-lo!
Ja voltando, no meio do caminho, inexplicavelmente... a Petrusca dá piti e apaga tudo, a bateria, recém comprada, parecia ter pifado... Após o apoio de Alex, Rogério teve que empurrar a moto até uma oficina próxima para dar carga... Afff, fala sério, de novo!!!
Quando saímos da oficina passava do meio dia e encontramos com outros amigos que nos arrebanharam para uma moquecada na casa de Bengo, do Águias do Recôncavo, de Muritiba/BA. Foi uma verdadeira invasão na casa dos pais de Drica, esposa de Bengo, a moqueca já fervia e só foi colocar na mesa o arroz, o pirão, o feijão verde, que ninguém mais ficou sentado e os pratos foram se enchendo daquelas gostosuras: chumbinho, camarão, ostra e siri.
A moquecada acabou mas as comemorações continuavam. Da casa de Bengo e Drica rumamos para a Ponta do Souza, uma praia fluvial formada pelas águas do Paraguaçu e bem estruturada com barracas/quiosques, numa delas estavam reunidos nossos amigos e as aniversariantes. O churrasco já estava sendo capitaneado por Alex, o bolo no centro da mesa e a animação era geral.

Com todos esses ingredientes a festa só podia ser boa, afinal quando amigos estão juntos as individualidades se unem ao coletivo e nos tornamos um só, fazendo parte de uma irmandade que se fundamenta na responsabilidade, na alegria, no respeito e na solidariedade. Viva!!!!
Ficamos até o final da tarde no churrasco e, depois de um breve descanso na pousada, fomos para o evento. Nas ruas do Cajá as motos se multiplcavam e entre desculpas e justificativas de Moisés, o organizador, o V Encontro estava acontecendo.
Os imprevistos do encontro se sucederam e iam sendo contornados. Os que não desistiram de fazer parte de uma festa simples, participaram com a alegria que lhes é peculiar e deram um show..., agradeceram publicamente o esforço e dedicação de Moisés, presentearam a ele, cantaram e tocaram... o improviso virou show!
É claro que gostamos de eventos bem estrututrados e que nos ofereçam programações diversas e os costumeiros 0800, mas não é só isso. Queremos dignidade, integração, respeito, solidariedade, tudo o que um brasão da irmandade motociclistica ostenta com tanto orgulho, independente da grandiosidade de um encontro. O que queremos de um encontro motociclístico? Qual o valor que a irmandade tem para você? A escolha é sua... Vamos mostrar que juntos somos mais!!!
No domingo saímos cedo de Maragogipe para participarmos de outro encontro, dessa vez uma ação social de Natal organizada pelo grupo do Mensageiros de Cristo em uma instituição que acolhe crianças em situação de risco.

Se juntos somos mesmo mais, então porque não multiplicar, somar e dividir com quem não tem ou tem tão pouco? Nos multiplicamos, dividimos alegrias e somamos satisfação... Nos vestimos de Papai Noel, pipoqueiros, baleiros, mágicos...

Quem presenteou quem? Presentamos e fomos presentados... Deixamos alegria, esperança, solidariedade... Trouxemos gratidão!!!


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