quarta-feira, 1 de maio de 2013

PENEDO/AL - 12 A 14/4/13

Quando a gente se junta, ninguém nos vence em vibração!!! Foi com muita vibração que pegamos a estrada para Penedo/AL. O comboio era grande: sete motos e doze motociclistas (parece até nome de filme... rsrsr). Com tanta gente, equacionar o tempo foi uma tarefa difícil para cumprir os 450 km até Penedo. Cada parada se tornava um paradão, mas com muito bom humor conduzimos nossas motos e a alegria foi uma constante. Escolhemos um roteiro mais longo, mas consideravelmente o mais aprazível pelo litoral sergipano. Saímos às 6h00 e ao meio dia ainda estávamos atravessando a ponte Gilberto Amado e chegando em Aracaju/SE.
Nas proximidades de Japaratuba/SE resolvemos parar para fazer o estômago sorrir e, como diz o nosso amigo João, "colocar os beiços para rebolar" ... Um despretensioso restaurante na beira da estrada foi a nossa escolha, o Camarão e Cia. 
Atraídos pelo nome, não fomos traídos pelos sabores e degustamos uma deliciosa Moqueca de Camarão e Galinha Caipira, com um preço bem amigável pagamos R$ 30,00, por casal.
O calor estava forte, a barriga cheia e a canseira batendo no juízo seriam os nossos algozes por mais uns 67 km até Neópolis/SE onde pegamos a balsa para Penedo. Mas a determinação também foi uma característica desse comboio, se tinha que ir... fomos!!! Do grupo dos doze apenas quatro de nós - Rogério, Carmen, Mário e Paulo, já conheciam Penedo; dando "nomes aos bois" o grupo era formado por Rogério e Carmen, Zé e Rosane, Sandro e Danúbia - todos Vírus da Liberdade, Paulo, Mário e Helena - Aranhas do Asfalto, Dalva - Leões Estradeiros, João e Maria - Peregrinos e Forasteiros. A espera pela balsa em Neópolis foi mais longa do que a travessia para Penedo e em um piscar de 15 minutos estávamos sendo recebidos calorosamente pelo pessoal do Falcões do Baixo São Francisco, organizadores do III Penedo Moto Fest.
Rapidamente chegamos no camping, o ginásio do SESI, um dos melhores lugares escolhidos para receberem os motociclistas e muito bem organizado.
A noite chegou mansa e nos convidou a ir para o evento. A cidade de Penedo que fora formada por uma mistura de culturas holandesas e portuguesas, nesse final de semana seria palco de uma mistura de moto clubes e moto grupos, com motociclistas oriundos de diferentes regiões acelerando suas motocicletas pelas ruas de pedras daquela conhecida como a Ouro Preto do Nordeste, pela sua riqueza cultural similar à mineira. Pelas calçadas, bares e restaurantes os motociclistas se multiplicavam, modificando um pouco a rotina daquele lugar.

Paramos para fazer um lanche e nos chamou a atenção o nome dado aos sanduíches, os quais eram nomeados por remédios que nos fizeram confundir se estávamos numa lanchonete ou numa farmácia. Enfim, nós pedimos um Biotônico e um Benegrip... rsrsr.

Todos alimentados, fomos ao evento numa área verde às margens do Rio São Francisco. O movimento das pessoas e o vai e vem de motociclistas já agitavam o III Penedo Moto Fest. No grande palco instalado as bandas se revezaram durante toda a noite.

Os encontros com os amigos foram infindáveis e é muito bom rever tanta gente querida as quais guardamos grande estima. Revemos amigos como o Cabo Lau, Leleco, Aberaldo, Maia, Ademir, Resende, Anaury, PH... afff, foram muitos mesmo e ainda tinha o carismático Papa Popó que "abençoou" os dois casais do Vírus, Zé e Rosane, Sandro e Danúbia. No grande palco as bandas se revezaram para animar a galera presente, os stands se abarrotavam de compradores e curiosos e a cada instante mais e mais motociclistas chegavam durante toda a noite.
 
 
No sábado, o estacionamento do camping foi o ponto de encontro para o passeio do sábado. Ao nosso grupo dos 12 somaram-se mais alguns amigos: Roque e Silvana - Ninjas, Daniela - Companheiros do Asfalto, Wesley e Ju e Flávio Coelho. Se com doze o trabalho de administrar o tempo foi difícil imagina com 18? Mas essa não era a nossa preocupação, naquele momento a preocupação era tomar o nosso café da manhã. Problema resolvido na Panificadora A favorita que conseguiu atender àquela invasão de famintos gritando os seus pedidos.
Saída pela direita e fomos em direção a Piaçabuçu/AL, para quem não sabe é a última cidade banhada pelo Velho Chico. Uma pequena e pacata cidade que oferece como atrativos a Igreja de Nossa Senhora dos Homens, o marco da passagem imperial de Dom Pedro II e o passeio pelo Rio São Francisco até a sua foz.
 
Não foi dessa vez que fizemos o passeio até a foz, nossa intenção era outra e, despretensiosamente, conduzimos nossos amigos até outro cais para pegar a balsa que nos levaria até a localidade de Brejo Grande. Informalmente, um guia mirim, Adriano, nos levou até a Estrela Nova, uma balsa de aparência não tão nova... rsrsrs. Meio desconfiados, o pessoal ficou de orelhas em pé..., mas um a um foram embarcando suas motos para um passeio por caminhos de águas calmas do Velho Chico. A desconfiança logo deu lugar de volta à vibração e a alegria voltou a reinar entre todos.
Lá pela metade do passeio, mais uma vez se repetia uma cena que ocorreu a mais ou menos um ano, o batizado de membros do Vírus da Liberdade. Eles, Sandro e Danúbia, não sabiam, conseguimos enganá-los e os surpreendemos. Todos que estavam na balsa de alguma forma participaram, vibraram e se emocionaram com o batizado. "Que as águas do Velho Chico que aqui estão morrendo renasçam em seu batismo, assim como nasce um espírito motociclístico. Que vocês levem esse momento em todo o seu caminho até a sua nascente como um Vírus da Liberdade.".
Uns 15 minutos de passeio e chegamos em Brejo Grande, com mais uma proposital intenção além de voltar para o nosso destino. Logo que desembarcamos nos deparamos com o Cara Peba um restaurante à beira do São Francisco que dentre outros petiscos e refeições prepara um delicioso pastel, seja de siri, caranguejo, camarão, qualquer um é um bom e gostoso pedido. Difícil é ficar em apenas um e não se banhar naquelas águas, imperdíveis!

Após uns 36 km estávamos de volta a Neópolis e , literalmente, invadimos a balsa porque a feijoada 0800 nos esperava e todo minuto de espera era uma reclamação do estômago... rsrsrs. Imaginamos como os motoristas ficaram com raiva de nós e de mais um bando de outros motociclistas que chegavam para o evento... Desculpem-nos!!!


A essa altura, feijoada servida, fila extensa, calor no juízo, a vibração de todos era intensa. Os pratos eram usados como leques até que fossem ocupados por feijão, carne, arroz e farinha. Muita gente, espaço pouco, o jeito era se ajeitar como podíamos. Nos ajeitamos pelo cantinho, comemos a feijoada e dançamos ao som de um gostoso forró pé de serra.
Naturalmente, quando retornamos para o camping a população havia aumentado, bem como o calor. Por sorte o SESI liberou o uso da piscina e fizemos a festa, aí a vibração foi refrescante.
Após um bom descanso, voltamos na A Favorita para uma refeição noturna, parece que o lugar tinha um imã... rsrsr. Mais uma vez no evento a movimentação era constante e os encontros se sucederam durante toda a noite com amigos daqui, de lá e de acolá. O evento surpreendeu quantitativa e qualitativamente, quem foi no ano passado e gostou apostou que esse ano seria melhor, e foi. O Falcões do Baixo São Francisco se desdobrou em oferecer um evento organizado, com informações precisas, recepções distribuídas pela cidade, uma feijoada maravilhosa, um troféu caprichado e uma área de camping com respeito ao motociclista visitante. Foi muito bom participar de novo!!!
O camping realmente foi um ponto mais do que positivo, quem esteve no ano passado e voltou pode perceber o quanto a organização se esmerou em proporcionar segurança e limpeza para os optantes da hospedagem alternativa que tanto vem crescendo nos eventos. São exemplos a serem seguidos por aqueles que organizam os eventos motociclístico. No entanto, por outro lado, temos visto em diversos campings motociclistas que não coadunam com a conduta esperada de respeito, silêncio e limpeza. Apesar do cuidado da organização e uma área grande para estacionamento das motos, alguns motociclistas insistem em entrar com sua moto na área de barracas, estragando o piso e muitas vezes com o motor ligado. Todo motociclista quer deixar a sua bela de duas rodas pertinho dele, mas nem sempre é possível. É preciso respeitar quem cede o local e quem compartilha o espaço do camping!


A invasão na A Favorita se estendeu até o café da manhã do domingo quando pegamos caminho de volta para casa.
O ponto de encontro foi no embarque da balsa, às 7h30, mas um pequeno atraso retardou o embarque de Zé e Rosane que ficaram para pegar a balsa do horário seguinte... Atravessamos e ficamos na espera já em Neópolis, afinal comboio que sai junto chega junto.
Nosso comboio que na vinda era de 7 motos aumentou para 10 motos, Flávio Coelho, Roque e Silvana resolveram voltar com a gente. Um comboio assim não é que fica bonito e emocionante???!!! Mas problemático também... Sincronizar 10 motos abastecendo, mulheres e homens ao banheiro, lanches, não foi fácil... O inevitável aconteceu, as horas voaram... Mas, felizmente, o que pareceria ser um problema foi conduzido por todos com bastante harmonia e bem lembrado no almoço de confraternização e agradecimento na Linha Verde. A viagem foi sem dúvida muito demorada e cansativa, mas a vibração de estarmos juntos prevaleceu! O motociclismo é assim, agregador. O estradeiro não é excludente. "Na vida somos Peregrinos e Forasteiros. Somos estradeiros em busca do ideal da irmandade, como Aranhas do Asfalto tecemos amizades por onde vamos. Na vida agimos as vezes como um rápido Coelho, outras como Ninjas e muitas vezes como Leões Estradeiros. Seja como for, o que queremos é espalhar a harmonia como um Vírus da Liberdade!"
 

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