terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

INAJÁ/PE - 3 A 5/2/12

Muito embora já tenhamos passado por duas vezes pela mesma estrada esse ano, mais uma vez subimos o Morro de São José, em Nova Soure/BA. Muito embora tenhamos passado no último final de semana nos deliciando com as águas quentes de Caldas de Cipó/BA, fomos matar a saudade e passamos por lá de novo. Todas essas pequenas maravilhas nos levou a Inajá/PE.



Pode ser longe ou perto, pode ser atravessando o sertão, pode ter bode, pode ser com chuva ou com sol... o importante é viajar, "embolar o pneu" (não é Maia?) nessas nossas estradas e fortalecer a irmandade PEBA.
As vezes as estradas nos estressam um pouco, ver o descaso de algumas nos deixam indignados e as vezes confiantes de que na próxima vez tudo vai ser diferente... Quando fomos para Afogados da Ingazeira/PE no final de janeiro/2012 passamos por Paulo Afonso/BA e estava tudo esburacado. Melhorou, já estão consertando, mas ainda tá ruim!

Depois de Petrolândia/PE até chegar a Ibimirim/PE o tranco foi maior... Ô estradinha ruim!!! As vezes parecia que estávamos numa mão inglesa, outras vezes a situação era tão feia que o acostamento era a única saída, ainda bem que estávamos de couro e os galhos secos que riscavam as nossas roupas não se tornaram um problema.

A beleza de cortar o sertão é perceber a vida ser resistente, ver sair daquele chão seco o verde persistente que se mistura com galhos retorcidos e voltados para o alto como a suplicar por vida. Esse é o sertão!

Depois da tempestade vem a bonança... Chegamos em Inajá/PE às 15h20 e nada melhor do que sermos recepcionados com alegria por amigos. A recepção que, ainda tímida, já contava com o pessoal do Cristo Rei, moto clube organizador do 4º Inajá Moto Fest e dos amigos de Sousa/PB, Wellington, Riso e Ailton.


É tão bom quando a gente chega no evento e já faz a inscrição e recebe o troféu. Dá pra sentir que o organizador não está a procura de números e sim de fazer você se sentir a vontade e ficar livre para curtir a programação da festa.


À noite os encontros com amigos pernambucanos foram sucessivos e ainda nos divertimos com as mágicas do nosso amigo Mágico que atraiu também a atenção das crianças.



Mais pra tarde foi a vez do Papa Popó subir ao palco e declamar a Oração dos Motociclistas seguido dos agradecimentos feitos pelos organizadores e apoiadores do evento.




O que fazer num sábado, numa cidade que aparentemente não tem nada para turismar? Quem procura acha... Nos informaram sobre um rio, no povoado de Poço Branco, distante um e meio km. O caminho de terra batida não é problema para o nosso trator Azuleica... rsrsr. O sertão também nos presenteia com cenários de belas formações rochosas.



Rapidinho chegamos à beira do Rio Moxotó, brasileiríssimo, que nasce em Sertânia e é afluente do Rio São Francisco. A nossa descoberta nos deixou tão contentes que queríamos contar pra outros amigos e resolvemos que voltaríamos mais tarde pra desfrutar dessa pequena maravilha. E encontramos o que dá nome a cidade as pequenas palmeiras que na língua tupi é Inajá.




Fomos dar um banho em Azuleica... ela merece, de vez em quando... rsrs. Enquanto esperávamos nos distraímos com mais algumas pequenas maravilhas. Nos encantamos com um bode amarrado no meio do pasto, o bode Bito, com o cabritinho Bebê e dois bois sem nomes.





Ivo e Mag, de Feira de Santana/BA, apareceram e os levamos a conhecer os novos "amigos", meio com medo eles também fizeram carinho nos bichinhos... rsrsr. Os levamos também ao passeio ao Rio Moxotó, tal qual a nós eles também ficaram embevecidos pela beleza do local.





Voltamos à recepção do evento e constatamos o alvoroço das chegadas dos motociclistas. Em meio aquele calor a recepção com água gelada, coco, frutas e picolé foi o que melhor eles poderiam querer, foi demais!!!



No camping a chegada era sempre com muito carinho e alegria por parte dos nossos amigos, É muito bom fazer parte dessa família! Aliás, o camping foi de primeira e os nossos vizinhos também. Raras vezes vimos uma comunidade com tão boa covivência!!


Entre gritos, risos e brincadeiras saboreamos o almoço 0800 que não poderia ser mais diversificado. Uma variedade da culinária nordestina foi servida para deguste dos motociclistas: galinhada, bode guisado e assado, churrasco, galinha caipira, xerem, baião de dois, farofa de cuscuz, arroz branco, vinagrete, lingüiça toscana, caldo de peixe, frango assado, buchada e picolé.




Depois da comilança, por mais uma vez voltamos ao Rio Moxotó e nos acompanharam Mário e Helena, do Aranhas do Asfalto, de Camaçari/BA. Dessa vez não resistimos e tchbum! Mário até que ensaiou, mas desistiu..., ficamos só nós com o Rio Moxotó.

Após um breve descanso, mais uma surpresa gastronômica. Na área do camping, antes de sairmos para o evento, foi servido sopa com pão, uma delícia! Na praça a movimentação era grande entre motociclistas e populares que acompanhavam a apresentação das bandas.



Domingo de manhã, hora de partir... Muito embora a distância de volta seja grande, dessa vez resolvemos compartilhar o café da manhã com os amigos. Por mais uma vez nesse encontro, Netinho, sua família e seus companheiros do Cristo Rei, arrebentaram no quesito hospitalidade. Na sede do moto clube o café foi servido com muita simpatia e muita coisa gostosa.


Apesar de ter saído mais tarde, por volta das 8h30 o que nos estressou mesmo foi a buraqueira e a quantidade de quebra-molas no trecho de Tacaratu/PE até chegar ao entroncamento para Petrolândia e pegar a 110 e seguir para Paulo Afonso/BA, uma tortura, mais 450 km pela frente (não é Helena?)!!! Muito embora, a vontade de chegar nos impulsione, o calor e a distância ainda a percorrer nos cansa..., um dia ainda saíremos sem ter pressa pra voltar e poder curtir mais cada pedacinho das nossas pequenas maravilhas!!!

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