quinta-feira, 2 de junho de 2011

TABIRA/PE - 27 A 29/5/11

Quando o sol começou a incidir seus raios naquela manhã de sexta-feira, nós já estávamos na estrada e pagando pra passar..., o pedágio já é uma realidade para os baianos. Mais uma vez saindo da Bahia para entrar em Pernambuco pelas portas de Paulo Afonso/BA passamos pra pedir proteção no Morro de São José, na estrada de Nova Soure/BA.


A passagem pela divisa de Alagoas e Bahia nos premia com belas paisagens como a atrativa Serra do Umbuzeiro e o Canion do São Francisco...
Como se já não bastasse a "lonjura" que íamos percorrer até chegar a Tabira/PE, ainda tínhamos que enfrentar a operação PARE/SIGA, atrasando em algumas horas a nossa viagem. Já perto do meio dia, em terras alagoanas, paramos para duplo abastecimento e dar uma relaxada..., mal sabíamos a estrada que viria pela frente...
Após a passagem por Tacaratu/PE quase não acreditamos nas condições da estrada que se despontava a nossa frente. Sem opções, enfrentamos, nós e Azuleica, mais essa insólita aventura para chegar a Tabira/PE. Todas essas intempéries deixaram a viagem cansativa e demorada. Foram quase 11 horas de viagem através do Sertão do Pajeú, 784 exaustivos quilômetros.



Tabira/PE, que recebe esse nome em homenagem a um guerreiro indígena de uma antiga tribo, estava sendo palco do III Encontro de Motociclistas. Chegamos no final da tarde e fomos recebidos com um caloroso bem-vindo de Herico, membro do moto clube organizador, Bravos MC.

Além do evento dos motociclistas a cidade também comemorava os seus 62 anos e já estava em clima de festa junina. A praça da igreja matriz estava toda enfeitada oferecendo um cenário tipicamente do interior.


Com mais 1000 km rodados chegara mais uma vez a hora de trocar o óleo da moto. Dessa vez a troca foi feita por um profissional e Rogério, além de orientar como se tira óleo de uma XT, trocou idéias, ganhou um saquinho de estopa e um bom desconto... hehehe

Passeando por Tabira/PE, percebendo o cotidiano agitado de um sábado de interior, nos deparamos com cenas bucólicas, como o carro de boi muito usado pela região e outras curiosas como um diferente Fusca.

Quando o Fusca parou na praça, nas proximidades do evento motociclístico, deixamos de ser a curiosidade e passamos a ser os curiosos. O Fusca cheio de parafernália já foi até protagonista de reportagem em uma certa emissora... plim-plim!!! Seu idealizador, Assis Brejinho, antigo morador da região, enfeitou seu fusquinha verde com, dentre outras coisas, lâmpadas, imagem de Santo Antonio, fotos de Nelson Gonçalves, seu ídolo, um par de chifres e uma cadeira instalada encima do teto. Coisas do Brasil!!!



Depois de nos divertimos com o Fusca começamos a nos concentrar para a saída do passeio, enquanto mais motociclistas chegavam.



Dada a partida para o passeio, saímos para a cidade de Solidão/PE a 12 km aonde iríamos conhecer a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e também faríamos um lanche.



O lanche, na verdade, é apenas um reforço para a subida até a gruta... rsrsrs. Mas há duas opções: seguir o caminho de pedras até mais o alto ou subir os 58 degraus até a gruta, coisa pouca. Adivinhe qual foi a a opção escolhida por todos? rsrsrs.


Do alto temos uma bela vista panorâmica da pequena cidade. O ambiente que inspira reflexão e silêncio foi alterado pelo barulho das máquinas que chegavam e dos motociclistas. A sombra dos umbuzeiros nos convidava a um bom descanso.




De volta a Tabira/PE, após o almoço, passeamos mais um pouco pela cidade dessa vez a pé para conhecermos o comércio. Nas lojinhas que se vende de tudo um pouco, Rogério se encontrou com sua infância e comprou um pião de madeira e só se contentou depois de colocar o pião pra rodar e ainda desafiou outros motociclistas a fazerem o mesmo. ("O pião entrou na roda, ó pião! Roda pião, bambeia pião!").



Voltamos para a escola e para a barraca para tiramos um cochilo. Aliás, excelente local escolhido para o camping, bem como a presteza, atendimento e cuidado oferecidos pelo Alcides, guardador do local.

À noite a praça estava em polvorosa com a apresentação dos motociclistas acrobatas.




Do outro lado da praça o movimento também aumentava principalmente em volta das barracas de comidas típicas. E nós, é claro, não deixamos de saborear os deliciosos beijus, hum!



O domingo ainda estava escuro quando nos arrumamos pra voltar pra casa. Nos despedimos de Alcides e de alguns amigos que chegavam da festa... Enquanto eles iam dormir, nós íamos pra estrada... O sol forte brilhou a nossa frente, era um bom sinal! ("Luz que me ilumina o caminho e me ajuda a seguir...Sol que brilha à noite e a qualquer hora me fazendo sorrir...")


Pegamos o caminho de volta por Tuparetama/PE de forma a contornar uma parte da buraqueira da vinda. Não estava sem buracos, mas estava melhor e assim adiantamos um pouco as horas. Passamos por Sertânia/PE, paramos na igreja azul (nem sabemos por quê...) e seguimos nosso caminho.

Mesmo cortando buracos, a estrada era longa. A viagem por esse lado do Nordeste se torna mais cautelosa devido aos inúmeros animais que costumeiramente atravessam, passeiam e ficam na pista. Isso associado às péssimas condições da estrada não é nada alentador, mas nem por isso nos desanima.


De volta ao Morro de São José, subimos para agradecer a boa viagem.

E, "pra não dizer que não falei das flores", a Azuleica..., se comportou como uma lady! Nada de corrente quebrar, pneu furar ou faltar gasolina, situações tão comuns para nós...rsrsr.
Por volta das 17h00 chegamos em Salvador, cansados, mas satisfeitos por mais esse caminho que percorremos, lugares que conhecemos e pessoas que compartilhamos momentos de alegria... Mas, nada como chegar em casa e chegar bem! ("Ah! Que bom você chegou... Bem-vindo a Salvador, coração do Brasil...").

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