quinta-feira, 4 de agosto de 2011

BRASÍLIA/DF - 26/7 A 01/8/11

"O jeito é dar uma fugidinha com você...". Foi meio que dando uma fugidinha que saímos pra Brasília/DF e fazer o que todo motociclista quer fazer um dia em se falando de encontros motociclísticos: ir ao Moto Capital. Para ganhar vantagem com o tempo e a distância, atravessamos a Baía de Todos os Santos (amargamos 1h30 de espera do Ferry) e pernoitamos em Camassandi/BA.


Ainda estava escuro quando saímos de Camassandi/BA na madrugada fria de quarta-feira. A chuva nos pegou logo cedo quando passamos por Lage/BA e nos acompanhou até o entrocamento de Jaguaquara/BA.



Dali em diante a chuva nos deixou,mas o frio se manteve azucrinando o juízo da gente..., em compensação as boas condições da estrada era um alento para nós e as paisagens alternando entre seca e um verde resistente e insistente nos fazia registrar na memória belos cenários.


A despeito de toda tranquilidade da viagem Azuleica resolveu fazer uma gracinha e quebrar a corrente... rsrsrs. E para os que gostam de sinais, apesar de não sermos supersticiosos, há de considerá-los: um arco-íris completo, a corrente quebrou no km 777, na rodovia BR 349 (a soma é igual a 7), dormimos na cidade de Correntina/BA, no Hotel Corrente, pode?

Rogério, sem perder tempo, já sabendo do diagnóstico logo se prontificou a fazer a troca com a reserva..., isso é experiência, afinal já é a terceira no ano. Afff, essa Azuleica!!!


Após um bom café da manhã, seguimos numa manhã de sol frio para o nosso segundo dia de viagem e ir direto para Brasília/DF.


Saindo da Bahia e pegando a divisa com Goiás nos encantamos ora com o "deserto" de áreas de plantação, ora com a plantação de algodão.



Faltando uns 200 km para Brasília/DF, estranhando não ter cruzado com um só motociclista, o destino mais uma vez conspira, ainda bem que a nosso favor... Um motociclista numa Ténéré 250 nos ultrapassa e no posto mais próximo quando nos apresentamos descobrimos ser ele um irmão que havia pedido apoio na sua passagem por Salvador/BA e que tinha sumido, literalmente. Depois da apresentação, Ronaldo/Arcanjos, do Rio de Janeiro/RJ e de um bom puxão de orelhar, rsrsr, ele se desculpou e justificou o celular sem carga... Seguimos juntos até Brasília/DF.




Chegamos por volta das 14h30 no tão badalado Moto Capital 2011. As expectativas eram muitas: ver de perto o mega evento, encontrar amigos que também foram, conhecer amigos virtuais, enfim, participar dessa grande festa! Na entrada nos surpreendemos pelo ingresso de R$5,00 cobrado para as garupas (muito mais pela prática ainda não vista em outros encontros do que pelo valor), segundo o que nos informou mais tarde Patolino/Infinito, nosso ex-amigo virtual agora real, foi uma atitude tomada para coibir uns espertinhos que estavam fazendo transportes para dentro do evento.
De cara, nossa recepção foi feita por Paulo Barros/Aranhas do Asfalto/BA que nos levou até uma das baias reservadas por moto clubes para receber motociclistas de outros estados que acampam. No acampamento dos Pregadores de Cristo, o anfitrião Falcão nos deixou muito a vontade nos convidando a compartilhar das benesses do acampamento, uma super estrutura montada. Por lá encontramos também Tuninho/Santo Amaro/BA e Alberto/Tuparetama/PE.
A área do Moto Capital é composta por outras diversas áreas distribuídas por todo o Parque de Exposições. Uma delas é a área destinada aos stands de artigos motociclísticos e o stand da inscrição.

Fiéis usuário de camping, dessa vez nos demos ao luxo de ter familiares em Brasília/DF. Os pais de Rogério moram lá e, portanto, desfrutamos do aconchego familiar durante nossa passagem de 3 dias. Antes de ir para casa passamos na Feira da Torre para fazer uma surpresa a D Célia, artesã e Sr Jorge, flamenguista todo orgulhoso pela fabulosa vitória em cima do Santos...

Já devidamente instalados e descansados, no dia seguinte voltamos ao convívio com nossos amigos e lá colocamos a bandeira do Vírus da Liberdade MC, que juntamente com outras bandeiras-irmãs tremularam no Moto Capital.
O café da manhã ocorreu todos os dias para os campistas e para os que chegassem. Uma organização e uma grandiosidade de dar água na boca e muito trabalho.

Antes de viajarmos para Brasília, "marcamos" encontros com alguns amigos virtuais. O primeiro que conhecemos foi Beto Sampa, nosso amigo do Brazil Rider's. Depois de rodarmos um pouco pela área, saímos, nós e Tuninho, para turismar pela capital federal. Não poderíamos ter melhor guia do que Rogério que ali morou por 20 anos.

A primeira vista Brasília é uma cidade fria, rodeada de concretos, planejada, a medida que a percorremos pelas suas asas e plano piloto descobrimos uma cidade arborizada com várias espécies do cerrado e de grande beleza e diversidade arquitetônica. Nossa primeira parada foi no Memorial JK e na Catedral e os Evangelistas. ("Cheguei a te encontrar, no Plano Central do meu país. Tu és uma cidade linda...").


Entre a primeira e a segunda parada Azuleica resolveu parar, dar um piti, o arranque parou de funcionar.

A caminho da segunda parada passamos pela espetacularmente bem distribuída Esplanada dos Ministérios,o Congresso Nacional, a Praça dos Três Poderes, tudo no centro do plano piloto.



Terceira parada: Palácio da Alvorada, residência oficial presidencial, que recebeu esse nome de JK ("Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia?").

Por fim a Ponte JK, atravessamos o Lago Paranoá e passamos pela Ponte Costa e Silva finalizando nosso turismo pelas asas de Brasília.
Quando voltamos ao evento outro amigo nosso já havia chegado, Marilson, do MG Sebastianense - São Sebastião do Passé/BA. Depois da canseira, almoçamos e fomos descansar porque a noite ainda tinha mais!


À noite a arena do evento estava apinhada de gente e de motos. Os shows já estavam sendo apresentados e as tendas dos moto clubes eram também as grandes atrações: Infinito, Dragões do Cerrado, Esquadrão de Cristo, entre outros. Nelas conhecemos vários motociclistas,um deles Patolino/Infinito, amigo nosso virtual do 2 Rodas. Outra curiosidade é que em todas elas, além de boas vindas, os anfitriões de cada uma nos convidavam a saborear churrascos, peixe, cachorros-quentes e bebidas e trocamos muitos adesivos.





Manhã de sábado, o sol frio em um céu de brigadeiro mantinha um clima também frio. Nosso turismo do dia era um pouco mais longe, a 105 km, já no Estado de Goiás, na cidade de Formosa: o Salto de Itiquira. Da estrada faltando alguns quilômetros já dava para avistar ao longe a queda d'água.

Pagando R$15,00 por pessoa, você pode ter o privilégio de ver e sentir de muito perto as águas do Rio Itiquira, numa queda livre de 168 m. Durante a caminhada o rio desce calmamente entre as pedras formando piscinas naturais permitida para o banho. A caminhada é ladeada de diversas espécies de árvores nativas. Itiquira significa água em abundância..., sem comentários!!

A medida que nos aproximamos da queda d'água já sentíamos a brisa a nos respingar a pele, nos oferecendo as primeiras gotas de energia. Não há como não se encantar e se emocionar diante de um presente divino. Uma caminhada de 15 minutos em que você se sente próximo de Deus, num cenário incrível! Por causa das gotas que nos atingem é quase impossível registrar toda a beleza, força e emoção que emanam nesse momento, é um espetáculo dos mais bonitos.




Enquanto isso, o evento fervilhava no vai e vem de pessoas e motos. O evento não para dia e noite, mas a gente deu uma paradinha e fomos descansar.


A noite de sábado estava ainda mais fria... aff! No evento, entre as atrações, o show de luta atraía adultos e crianças. As tendas continuava muito bem visitadas e numa dessas visitas na do Steel Goose conhecemos nosso amigo virtual, agora real, Olímpio, que de cara nos reconheceu. Foi uma simpatia mútua!

Já pensando em nos despedir tiramos a bandeira do Vírus da Liberdade MC. Foi uma despedida com sabor de "ano que vem estamos de volta"!

Da mesma forma que na vinda, cedo já estávamos abastecendo as motos. Não voltamos sós, Tuninho nos acompanhou. Na terceira parte dessa viagem seguimos até Brumado/BA, onde pernoitamos na Pousada Modelo, na entrada da cidade. A cada parada verificávamos o óleo, abastecíamos e dávamos umas apertadas nas motos.




Segunda-feira, 01/8/11, faltava pouco para chegarmos. Fomos juntos até Santo Antonio de Jesus/BA, Tuninho seguiu para Santo Amaro/BA e nós para Salvador/BA, via ferry boat.


Cumprindo o nosso planejamento numa tática 2-2-2: dois dias pra ir, dois pra ficar e dois pra voltar... rsrsr, nos sentimos realizados e felizes. Vimos familiares, amigos e belezas naturais; compartilhamos alegrias e firmamos amizades; desfrutamos da alegria de estar entre iguais; participamos de um grande evento. Nós fomos e ano que vem tem mais!!!!

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