terça-feira, 9 de agosto de 2011

MAIRI/BA - 5 A 7/8/11

Na estrada vivenciamos muitos prazeres e decerto um deles é o pôr do sol... É encantador quando ele inicia sua despedida no horizonte... Mesmo correndo o risco de chegar à noite em Mairi/BA, foi mesmo impossível não parar! Aquela sexta-feira se despedia com aplausos pelo espetáculo que nos oferecia.

Mairi/BA está a 264 km de Salvador/BA. Pegamos a Estrada do Feijão, a BA 52, que tem esse nome por ali escoar grande parte da cultura de feijão..., o nosso feijão maravilha! Uma estrada boa, com pouco fluxo de veículos que nos deu tranquilidade para dar nossa paradinha e seguir os últimos 32 km a noite. Ao chegarmos fomos logo recepcionados por Ferreira e Alda, Motriz - Salvador/BA que nos levou ao camping e ao encontro de Clézio, Amantes do Motociclismo - Mairi/BA.
Era a primeira vez que íamos a Mairi/BA e muitos eram os nossos motivos para estar lá: nossos amigos Clézio e Serjane, a pequena e aconchegante cidade, outros amigos que iríamos certamente encontrar e o III Moto Fest de Mairi. Quando nos necontramos com Clézio estava rolando um 0800 de cerveja entre amigos e estavam lá Flávio - Cruz das Almas/BA, Jaldo e Evilásio - Paulo Afonso/BA. Carmen que não bebe nada alcoólico reclamou e ganhou uma Coca-Cola do nosso amigo... Que moral!!!

O frio tava que tava e a praça pegando fogo... de gente! O primeiro dia do encontro coincidia com o aniversário da cidade, Mairi/BA completava 114 anos. A aniversariante era a cidade mas quem ganhou presente foi Cheldon, Cabras de Aço - Cabrobó/PE, que recebeu de Rogério um capacete tipo soldado alemão... rsrsrs, mais parecia um boneco playmobil, mas ficou bonito, ele merece!!!


Fizemos a inscrição, deixamos marcas e recebemos o troféu, tudo como manda o figurino.


No palco uma banda de pagode fazia a alegria da cidade, na comemoração do aniversário. No vai e vem de pessoas encontramos com Dodó, de Santo Amaro/BA. O frio não afastava ninguém da praça e uma noite fria pedia? Pizzaaaaaaaaaaa..., pra esquentar o estômago e diminuir o frio... rsrsr

Sábado de manhã uma chuva fina insistia em cair e tentava impedir os nossos passeios. Não conseguiu, nem o nosso e nem o de nossos amigos.

Como fazemos sempre, fomos passear na feira. Cabelos molhados, vento frio batendo no rosto, chão escorregadio, fizemos umas gracinhas e aos poucos vimos o sol também mostrar a sua graça e espantar a chuva.






O tempo ajudou e nos animamos para o maior desafio em Mairi/BA: a subida até a Capela de Santa Cruz do Monte Alegre. Quando saíamos o pessoal do churrasco já estava arrumando a área, muito bom.

A chuva deixou o caminho um pouco lamacento e escorregadio. Alguns amigos que iriam a pé, desistiram e nos alertaram que até mesmo moto estava difícil passar. Mas, decididos, nós estávamos com nossa brava Azuleica que adora esse tipo de aventura. No caminho encontramos com Ferreira e Alda que também decidiram ir até a capela, mas eles foram a pé... Que disposição!

Por mais controle que tivesse, Rogério por muitas vezes se viu obrigado a colocar o pé no barro pra equilibrar melhor a moto. De bem distante já avistávamos a ponta da capela no alto, aos poucos a beleza mística do monte se descortinava a nossa frente.



A gente pensava que todo sacrifício era aquele, ledo engano, a maior penitência estava pra começar... A subida pode ser dividida em três etapas, vamos por parte. A primeira etapa são 180 degraus, ainda que sejam compridos, são de pouca altura, vc anda e sobe, anda e sobe..., dá uma canseira... aff!


Segunda parte da subida: uns 500 m entre pedras... Carmen mal acreditava e não sabia se era melhor descer ou subir, na dúvida, Rogério sempre a animava de que estava faltando pouco..., vai vendo, vai subindo... Aos mais desavisados como nós, não levar uma garrafa de água é quase um sacrilégio, ao final da subida fica-se de língua pra fora!



A essa altura o sol resolveu aparecer de vez e nenhuma brisa aliviou o nosso cansaço. Os cabelos molhados de suor, as frontes molhadas e as camisas suadas, nada mais, nada menos, chegamos a exaustão, mas não era o final ainda. Por fim, terceira e última parte da subida: 80 degraus. A medida que vamos subindo a natureza tranquila e soberana nos enobrece os olhos e a mística capela se vê ao alto.


A subida te desestimula, mas a vontade de chegar ao alto te motiva e ver do alto todo o extenso e vasto panorama de Mairi/BA alegra a nossa alma e rapidamente esquecemos o quão difícil fora a subida.


Quando já íamos descendo, Ferreira, primeiro e depois Alda, chegavam também.


Se demoramos pra subir, pra descer todo santo ajuda e rapidamente chegamos na moto. Missão cumprida e com louvor pelos bravos motociclistas.

A nossa esperança era de que o sol havia secado mais o caminho e a volta seria mais fácil. Nadica de nada!!! O chão ainda molhado fazia a moto patinar o tempo todo e na subida mais difícil foi necessário sairmos da moto e dar uma mãozinha, ou melhor duas, pra Azuleica subir, foi barro pra todo lado.


Tudo que é bom duara pouco e logo já estávamos na praça que só fazia receber mais e mais motociclistas.
Da praça para o churrasco lá no camping, no Clube da AABB. A galera já estava se reunindo e encontramos muitos amigos. O churrasco foi nota dez!!! A música no volume certo, um locutor entrevistando os participantes, um atendimento super dos churrasqueiros e do pessoal da AABB (valeu, Besouro!) e o que é melhor, tudo uma delícia.





A alegria era geral e do nosso jeito todo mundo se divertiu.





A noite fizemos nosso social e fomos até a "Casa Branca", de Clézio e Serjane que fez questão de nos mostrar o seu varandão refrescante. Bom lugar pra se jogar conversa fora... Parabéns!!!

Uma bonita festa se faz com a colaboração de todos e nosso amigo, como outros, fez a parte dele. Enquanto as bandas de música pop esquentavam o som a gente passeava na praça. O frio não deu trégua e o vento deixava os cabelos frios e a pele congelada. O jeito mesmo era se aquecer e conversar muito pra o tempo passar.


Domingo, dia de cair fora, voltar pra casa, fazer rastro de volta...
As ruas de Mairi/BA são de pedra e ladeadas de casarios antigos, em um deles a data era de janeiro de 1924, mês e ano de nascimento de D Waldé, mãe de Carmen, ela ficou emocionada.
Dessa vez não saímos muito cedo porque estávamos perto de casa, assim pudemos desfrutar um pouco mais do convívio com nossos amigos e compartilhar o café da manhã. Café da manhã nota dez! Uma variedade e fartura de encher os olhos, nessas horas nem dá pra pensar em dieta... rsrsr. Mais uma vez a organização foi o ponto forte da festa, a equipe feminina deu um show de atendimento no café. Todos estão de parabéns, foi um show de equipe do MC Anti Stress!


Chegamos em Mairi/BA com a noite iniciando e saímos com o sol já raiando forte. Foi um show de viagem, um show de evento, um show de emoções, é disso que vivemos, até a próxima...

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